2146. Bridger é uma das poucas pessoas com a habilidade de viajar de volta ao passado. Uma habilidade que lhe foi passada pelo pai, cuja morte – envolta em mistério – o garoto tenta superar. Aos poucos, sua vida parece voltar ao normal... Até que o garoto encontra o pai em uma de suas viagens no tempo com a turma. Ele só tem tempo de lhe passar uma mensagem: Salve Alora. Bridger não tem ideia de quem seja a garota, nem de onde ela está ou em que tempo vive, mas está determinado a realizar o último pedido do pai.
2013. Alora Walker tem apagões inexplicáveis. Ela acorda toda vez em um lugar diferente, e não tem ideia de como chegou lá. A única coisa de que tem certeza é que está sendo seguida. Mas por quem?
Eu peguei À Beira da Eternidade pra ler totalmente às cegas, eu não sabia nada dele além do nome e que tinha uma capa feia. Este é o primeiro livro da autora, e aborda viagens no tempo que é um assunto que eu amo e já passei horas e horas imaginando como seria possuir essa habilidade e quais as consequências de tê-la. Enfim, é um livro com um enredo simples que no fim acabou tornando o livro mediano.
Quando o pai de Bridger desaparece/morre o jovem tenta lidar com isso, no ano de 2146 seu dom de viajar no tempo é muito precioso. E numa dessas viagens ele encontra o pai, que sem tempo lhe faz um último pedido: Proteja Alora. Seria fácil de cumprir esse desejo se por acaso o jovem soubesse quem é Alora, além de só saber que ela está em 2013.
“Tenho meu futuro inteiro à frente.
É hora de ir para casa.”
Bridger é um estudante e possui um talento herdado de seu pai que é o de conseguir viajar no tempo, mas pra isso ele tem que treinar muito e tem a vantagem dos equipamento que 2146 podem lhe oferecer. Por sinal essa sociedade é bem evoluída tecnologicamente falando, mas as relações interpessoais meio que se tornaram bem inferiores. Num desses momentos ele encontra com seu pai, que faleceu tem dois meses, e o homem lhe passa uma missão lhe dizendo que ele precisa salvar uma garota chamada Alora em 2013. E caso ele decida cumprir com o pedido de seu pai ele iria quebrar as regras, se for pego as punições são enormes, com ele acabando com seu futuro e se tornando um nulo. Ser um nulo é basicamente se tornar um vegetal. Mas ao mesmo tempo não é como se ele pudesse não cumprir com o desejo do seu pai falecido. E por isso ele acaba indo de fato para 2013 e tentará salvar Alora.
“Bridger, confie em mim. Farei tudo o que puder para ajudá-lo. Deixe que continuem pensando que você vai resistir. Assim ganho algum tempo para tomar providências.”
Alora é uma garota de boa, mas está numa enorme maré de azar. Sério, o mundo tem conspirado totalmente contra ela e isso engloba o cara mais popular do colégio obcecado com ela, as outras garotas perseguindo-a sem qualquer motivo real, a sua tia (com quem mora desde os 6 anos após seu pai tê-la entregado, pai esse que ela não se lembra) passando por sérios apertos financeiros e, mesmo que não saiba, ela vai morrer em breve. É nessa situação que a vida dela e do Bridger se juntam. O rapaz acaba sendo visto, o que não deveria porque ver o passado só vai complicar sua missão e gerar problemas já que ele não deveria existir em 2013, e diversos problemas vão surgindo mais e mais. Mesmo que algumas respostas sejam encontradas, muitas outras perguntas vão surgindo o que torna a história de ambos cada vez mais perigosa e misteriosa. Certo, a história é sobre Bridger entender porque precisa salvar Alora, e por parte da Alora é sobre descobrir quem ela é e por isso precisa saber sobre suas raízes, ou seja, seus pais que a abandonaram. Enquanto isso ela ainda está na escola e temos um típico romance YA que se passa no colégio.
“Os minutos se arrastam. Tão lentos. Minha boca já perdeu completamente a umidade.
— Levanta — ordena a Manipuladora de Espaço quando acho que estou prestes a surtar de vez.”
Meu grande problema com o livro são os personagens, eu realmente não gostei de nenhum deles. Bridger é um personagem bem genérico, ele tem aquele grande conflito em saber se o que está fazendo é certo ou não, se é um vilão ou o mocinho, aquelas coisas que já lemos diversas e diversas vezes. Já a Alora é igualmente como qualquer outra protagonista adolescente no colégio que se acha diferente, mas é igualzinha aos outros. O meu problema com o basicão aqui foi que a proposta da autora vinha com tantas possibilidades que me frustrou quando morreu sem nem chegar na praia, ela meio que dá a entender que vamos pro épico, daí quando recebo o normal fico chateada. O livro tinha um enorme potencial, porque afinal viagens no tempo e super poderes são o máximo e daí me deparo com um livro que tinha basicamente todos os clichês mais bobos de YA enfileirados uns após o outro e só foi frustrante. As explicações foram rasas, a ambientação rasa, os personagens rasos e a trama rasa, o que não seria problema se o que o livro dá a entender não fosse que seria mais. Em mérito a autora escreve bem, o problema foi o livro ser simplista demais ao meu ver. Outro ponto positivo é que apesar de a autora dar indícios do romance, não forçou a história nesse caminho apenas.
“— Tudo bem? — pergunta ele.
— Acho que sim. E com você?
— Não sei. Vou ter que dar muitas explicações quando voltar. E não sei mais em quem posso confiar.”
Dito isso eu achei o livro mediano, parece ser ruim, mas tem seus méritos ao seguir o básico do YA. Se você não procurar pela profundidade dos scifis normais a leitura pode ser super okay, especialmente se você for mais jovem. O final foi bom, e ficou uma boa brecha pro próximo que é onde eu espero que melhore. Quero deixar claro que em diversos livros eu não gostei do primeiro e me apaixonei no segundo, Trono de Vidro tá aí pra provar isso, então vou acreditar nessa possibilidade porque a autora tem um enorme potencial. Se você gosta de uma história com uma premissa imaginativa conduzida por adolescentes e ainda com super poderes, viagens no tempo, psicopatas, clones, itens futuristas e muitos segredos você é um forte candidato pra gostar desta leitura aqui. Recomendo, se você estiver de bobeira e querendo ler um livro bem simples que te deixa levemente pensativo e que tem potencial pra melhorar no próximo. E vamos aguardar a continuação.
OI, pena que foi um livro mediano, o tema das viagens no tempo me pareceu ter mesmo muito potencial pela premissa da obra descrita na resenha. Eu gosto da combinação de YA com ficção científica, uma lástima que não tenha superado suas expectativas.
Oi, Angel.
Estou com esse livro aqui e, mesmo depois de ver a sua decepção, ainda pretendo fazer a leitura. O bom é que vou manter minhas expectativas bem baixas!! Rs…
beijos
Camis – blog Leitora Compulsiva