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31 mar 2013

A Culpa é Das Estrelas – John Green

comentando sobre Livros Resenhas Resenhas de Livros Tags4 estrelas, Editora Intrínseca, John Green, Juvenil, sick lit

Autor(a): John Green
Editora: Intrínseca
Nº de Páginas: 288
Comprar: Amazon

CURTI

    • Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam.

A Culpa é Das Estrelas é um livro não sobre doença, e sim sobre pessoas doentes, amores, pessoas e o mundo em que vivem. Não vou dizer que é um livro épico ou um livro ruim, sabe por quê? Simplesmente porque depende da sua vibe no momento em que estiver lendo. O livro fala de câncer, não só disso mas a vida com isso, e pessoalmente perdi uma pessoa muito querida por essa mesma doença, portanto, para mim foi muito íntimo e doloroso reviver certas coisas através do livro.
O livro é bom, porém não faça como muitas pessoas que endeusaram o livro sem lê-lo e acabaram se decepcionando no final. No fim tudo uma questão de perspectiva.

“Alguns infinitos são maiores que outros”

“A Culpa é Das Estrelas” não trata de esperanças, ele é muito sincero em relação à doença, o dia a dia e sobre quem está doente. Ele não te dá a ideia de que teremos uma cura milagrosa ou uma luta pela vida que corrói a todos os envolvidos enquanto o final se aproxima e você sabe que a personagem vai morrer. É apenas uma história onde as pessoas são doentes. E demonstra que mesmo as pessoas doentes tem vida, elas sentem além da doença, e isso pra mim já foi o suficiente para me tocar. Não é um drama, ainda que o drama esteja ali.

“- A minha sensualidade meio que pode cegar – ele disse.
– Como de fato cegou nosso amigo Isaac- falei.
– Uma tragédia sem precedentes, aquela. Mas não dá para eu conter minha beleza mortal?
– Não, não dá.”

A personagem principal Hazel é muito irônica e divertida, você logo se afeiçoa a ela. É como se mesmo que você tentasse, fosse impossível não ser atraído para o mundo dela. Eu gosto pelo fato dela ser pé no chão em relação à vida dela e sinto um pouco de pena por tudo que ela perdeu por causa da doença. E por tudo que ela vai deixar de ver, ter e sentir. Ela tem uma perspectiva muito realista, e eu me peguei desejando algumas vezes que ela sonhasse mais. Porém isso ia fazer bem para quem além de mim? A Hazel com certeza não se beneficiária com essa ideia, talvez tornasse só a dor ainda maior.

“- Estamos literalmente no coração de Jesus… Achei que estivéssemos no porão de uma igreja, mas estamos literalmente no coração de Jesus.
– Alguém deveria contar isso para Jesus – falei. – Quero dizer, deve ser perigoso ficar guardando crianças com câncer no coração.”

O segundo personagem destaque é Augustus que adora metáforas e que, tal como Hazel, usa a ironia de forma genial. Eu me diverti com a forma dele de fazer as coisas e de pensar. Ele sabe o que quer e faz o que tem que fazer, porém uma das coisas que mais me familiarizei foi com a sua vontade de deixar um legado, de ser eterno.
Eu também tenho essa vontade de deixar algo além da minha vida terrena. Gus estamos juntos nessa! O problema é que a eternidade é relativa, o que é ser eterno?! Essa resposta será diferente para cada pessoa que for questionada sobre o assunto.

“– Você não é uma granada. Não para nós. Pensar na sua morte nos deixa tristes, Hazel, mas você não é uma granada. Você é incrível. Você não tem como saber, querida, porque nunca teve um bebê que cresceu e se tornou uma jovem leitora genial com um interesse incidental em programas de televisão detestáveis, mas a alegria que você nos dá é muito maior que a tristeza que sentimos com a sua doença.”

Os personagens secundários são interessantes e divertidos de se conhecer. Isaac que também possui uma doença, os pais da Hazel e os pais de Gus são muito importantes. Além disso tem o Van Houten que nos mostra a forma que cada um lida com seus problemas e eu não desgosto dele, de uma forma estranha ele me atrai. A dor dele ainda está ali, palpável e eu gostaria de ler o livro que ele escreveu e ter as minhas próprias conclusões sobre o todo. Kaitlyn serviu para demonstrar certas diferenças e esclarecer certas coisas. O cenário completo era como geralmente é com pessoas com doenças terminais, um mundo de vidro que pode quebrar a qualquer momento. Hazel e Gus eram mais livres que o normal, vi algumas reclamações de que os principais são muito maduros, porém não sei se vocês conviveram ou conheceram pessoas que possuem seus dias contados. Você recebe uma liberdade tácita de poder fazer o que quiser, simplesmente porque você pode/vai morrer em breve e se não fizer agora não fará nunca mais, os tais privilégios do câncer. Isso acontece com qualquer doença de risco, e acreditando isso o tempo todo você acaba crescendo rápido. Isso porque tem que aproveitar o pouco tempo que se tem, triste? Sim, porém verdadeiro.

“As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes.”

“A Culpa é Das Estrelas” tem seus defeitos, tal como o romance não convence plenamente, mas eu aceito. O material do livro é muito bom e eu adorei a capa. Por fim para mim é um livro que me agradou, cumpriu o prometido e, ainda que não me fizesse chorar, me fez sentir a história e dar um nó em alguns momentos. A Culpa é Das Estrelas é um livro que facilmente pode te marcar, como também pode não preencher suas expectativas e frustrar você. No fundo é como eu disse no início é importante a sua vibe. A Hazel abriu a vida dela para nós agora temos que nós abrir a nossa vida para a Hazel.

“Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem.”

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• Postado por Angel Sakura
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em abril 1, 2013 às 9:29 am
    autor: Carolina

    Nunca li nada do John Green por causa da expectativa. Tenho Looking For Alaska aqui há mais de um ano, mas ainda não tive coragem de ler por medo de me decepcionar. A mesma coisa acontece com A Culpa é das Estrelas.

    Beijão
    Sun Rises Here

    Responder
    • postado em abril 1, 2013 às 6:34 pm
      autor: Angel Sakura

      Alaska não me chamou muito atenção, o tema em si, porém se tivesse na mão eu leria rs.
      A culpa é das estrelas é um bom livro, dê uma chance pra conhecer. Tipo, o autor escreve muito bem, então no minimo vai ser uma boa leitura.

      Responder
  2. postado em abril 1, 2013 às 1:34 pm
    autor: Jéssica Sales

    Já ouvi falar desse livro… Queria ler…

    Diamante Negro

    Responder
    • postado em abril 1, 2013 às 6:36 pm
      autor: Angel Sakura

      Leia, vale super a pena!^^

      Responder
  3. postado em abril 1, 2013 às 4:01 pm
    autor: Laris

    Posha, tô louca pra lê esse livro, li a sinopse dele na livraria, mas na hora nao tinha dinheiro suficiente pra comprar.

    Beijos, Laris.
    opstendenciablog.blogspot.com

    Responder
    • postado em abril 1, 2013 às 6:37 pm
      autor: Angel Sakura

      Ele vive tendo promos legais, então embarca numa promo e lê com baixo custo!^^

      Responder
  4. postado em abril 19, 2013 às 7:09 pm
    autor: Noeli

    não conheço, saco cheia de livros sobre sofrimento. a vida já é triste, prefiro ler para me animar

    Responder
    • postado em outubro 22, 2013 às 10:27 am
      autor: Angel Sakura

      Cada um na sua vibe^^
      Porém eu acho esse livro muito bom, e não é triste no sentido de ser depressivo

      Responder
  5. postado em abril 24, 2013 às 2:36 pm
    autor: Cecília

    Gostaria de uma ajuda, li o livro e adorei. Precisava saber qual é o tema central e o tema secundário do livro
    Muito obrigada.

    Responder
    • postado em abril 24, 2013 às 3:30 pm
      autor: Angel Sakura

      Tema central, na minha visão é o romance entre os dois jovens que são doentes.
      É a beleza do amor, porém esse tem um praazo de validade “Alguns infinitos são maiores que outros” foi dito no livro.

      O tema secundário acredito que seja a superação. A superação da doença, a superação da dor que se causa, a superação da dor que se recebe, superação da vida, superação da morte.
      Hazel quer viver da melhor forma possível, causando menos estragos. Augustos quer deixar a sua marca, continuar vivendo mesmo depois de morrer. Isaac, Van Houten, pais da Hazel, todo mundo em algum momento tem que superar algo, tem que seguir em frente. Acredito que cada um tenha uma batalha diária para continuar vivendo, algumas mais obvias como a doença que a Hazel tem, outras menos obvias como o Van Houten.

      Minha opinião é claro!^^

      Responder
  6. postado em maio 23, 2013 às 9:51 pm
    autor: Talita

    Ahhh eu gostei da resenha. Me recomendaram esse livro, mas eu enrolei e continuo enrolando. Quando pensei em começar não me senti bem para algo novo, e sabia que poderia julgar um livro de forma errada então esperei. Mas eu li um livro de John Green: O Teorema Katherine e amei muito, então acho que lerei A culpa é das estrelas. E após ver um pouco das personalidades dos personagens aqui na resenha me animei mais a ler! Agora só preciso arranjar um tempo.
    Kisses

    Responder
  7. postado em outubro 1, 2013 às 7:57 am
    autor: Vitor

    esse não é meu tipo de morte, muito doce.

    Responder
    • postado em outubro 13, 2013 às 11:59 am
      autor: Angel Sakura

      ahuahuahauuahua! Entendo, sanguinário temos outros livros rs.

      Responder
  8. postado em setembro 26, 2016 às 12:04 pm
    autor: Kátia

    Eu li o livro e gostei muito. Não achei deprimente, pelo contrário, achei bem encorajador. Os personagens principais: Hazel e Augustus tinham muita vontade de viver. Adorei a resenha!

    https://poesiasdakah.wordpress.com/

    Responder
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