Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.
Este livro trata de uma maldição, dã o título, e a ideia da história é bem legal utilizando a mitologia da Índia. Eu não ia ler esse livro, estava no meu limite de fantasia. Então começaram a recomendar e recomendar então ganhei o livro e decidi dar uma chance. A história é bem trabalhada (o que não quer dizer que não existam brechas que você tem que ignorar para a história correr bem), a protagonista mesmo com os defeitos clássicos é bem interessante e o protagonista tem uma descrição muito interessante. O livro é fantasia e romance, não necessariamente nesta ordem. O legal mesmo do livro é fugir do óbvio em relação ao ambiente, ainda é a mesmice do amor-louco-maníaco que temos em muitos livros.
“- Então o que você é? Um homem que se tornou tigre ou um tigre que se transformou em homem? Ou você é um lobisomem? Se me morder eu também vou virar tigre?”
Kelsey consegue um emprego temporário num circo onde dentre as suas obrigações ela deve alimentar o tigre que trabalha lá. Ela acaba gostando muito da companhia do animal e passa seu tempo livre conversando com o tigre de olhos azuis intensos. Se tornam amigos e mesmo que seus dias sejam corridos ela arruma tempo para ficar com Ren, o tigre. Antes do final do contrato de Kelsey um homem indiano acaba comprando o tigre Ren, e Kelsey é contratada para ajudar na adaptação do tigre em seu novo habitat… Na Índia.
“Virando-me lentamente, deparei com um rapaz bonito de pé bem á minha frente. parecia jovem, com 20 e poucos anos. Era uns 30 centímetros mais alto que eu e tinha o corpo forte e esbelto, vestido em roupas largas de algodão branco. (…) Aqueles eram os olhos do meu tigre, o mesmo tom cobalto profundo. Estendendo a mão, ele falou:
– Oi, Kelsey. Sou eu, Ren.”
Com tudo acertado a trama tem seu desenvolvimento na Índia e é um cenário reconfortante, é diferente, exótico e excitante. Ren conta para Kelsey seu segredo: o tigre é um lindo homem indiano. E Kelsey decide ajudá-lo a quebrar a maldição, o que é esperado uma vez que ela já tinha um vínculo com seu tigre e acaba perdendo seu coração no meio do caminho. É bonitinha a forma que o amor deles vai crescendo e toda a sensualidade do jogo de sedução que o Ren faz com a nossa boba protagonista. No decorrer do livro encontramos um outro tigre que é o irmão de Ren, Kishan, e assim formamos um triângulo amoroso. Um tigre branco e outro negro quem descobre o “bom” e o “mau”?
“Fiquei paralisada quando ele levou minha mão lentamente aos lábios e beijou sua palma. Minha mão formigava.”
Eu gostei do livro, gostei da vibe de Indiana Jones e adorei a ligação da Kelsey com o tigre, amantes de animais aprovam, porém o que eu não gostei é dessa coisa de mocinho que aceita ter um concorrente sem se estressar. Fala sério, onde está a TESTOSTERONA? Eu não engulo esse negócio de “eu te amo e aceito você fazer outras coisas da sua vida mesmo que isso inclua beijar meu irmão”. Não! Não! Homens sejam homens! Eu gostaria de pessoas agindo como a vida real é de verdade. A traição anda perdendo tanto seu valor ultimamente, quase como se fosse aceitável porque eu te amo.
“- Garotas precisam ser arrebatadas – balbuciei – e pedir permissão é tão… tão… antiquado. Não é espontâneo. Não combina com paixão. Se você tem que pedir, então a resposta é… não.”
Apesar disso eu ainda recomendo o livro, é uma leiturinha divertida e agradável. O livro tem muitos clichês, contudo ainda é cativante e por utilizar a mitologia indiana dá um ar fresco. A capa é linda e o material do livro é de qualidade.
Portanto se você não tem mais nada o que ler ou procura um romance água com açúcar e pitadas de aventura essa deve ser sua escolha.
Sei não, não empolga muito a ler, da impressão de ser só mais um do mesmo, romance sem sal já tem muito por ai.
Esse macete de pegar culturas e assuntos mais “exóticos” para se trabalhar tem sido bem sucedido, atrai justamente pelo ar de mistério, mas pode ser muito ruim quando não se tem o cuidado de pesquisar e tratar de forma correta o tema. Espero q não seja o caso desse livro com a cultura indiana.
E só pra terminar de ser chato = P
Acho que você poderia tomar mais cuidado na resenha em relação a possíveis spoilers, embora a intenção fosse esclarecer certos pontos (ou assim me pareceu = P) acredito que você revelou fatos que se tivessem sido omitidos, daria uma surpresa a mais ao ler sabe.
Eu goistei muito da resenha, e o livri é bem isso mesmo. Concordo totalmente com o ponto de vista, e não achei que a resenha deu spoiler, é quase o conteúdo que tem no resumo.
Acho a capa maravilhosa e, pela sua e outas resenhas que já li, a história parece ser bem interessante, mas não desperta meu interesse.
Beijão
Sun Rises Here
Parece crepusculo, não me representa
Essa resenha me soou meio, hm, patriarcal? “homens sejam homens” estereótipos e mais estereótipos sobre como homens e mulheres devem se comportar pra serem aceitos dentro de um gênero como tal se “deve” ser e não como a pessoa é. E sim, o mundo real também pode ser assim porque pessoas são diferentes de todas as maneiras possíveis e processam isso com julgamentos diferentes.