O pequeno Jack nasce na noite mais fria do mundo e seu frágil coração está irremediavelmente congelado. Salvo pelas mãos de uma experiente parteira, ele é submetido a uma operação de emergência. Seu órgão é substituído por um relógio de madeira, um pequeno cuco que o ajudará a manter o ritmo das batidas e a bombear o sangue normalmente. A delicada prótese garantirá que Jack leve uma vida igual à de todos os outros garotos. Ou quase igual. Jack sabe que não pode se expor às sensações comuns, como a raiva e o desespero, a frustração e o amor. O menor sinal deste último sentimento pode fazer com que o pleno funcionamento de Jack entre em colapso.
Venho aqui para uma resenha (não vou falar que é curta… afinal, já tô parecendo político, prometo e não cumpro) de A Mecânica do Coração, livro fininho… muito fininho. Ainda assim, me conquistou tremendamente. Quer um livro filosófico, poético, cheio de metáforas e ainda assim bem divertido? Sem contar no estilo meio “steampunk” ou gótico ou uma mistura de tudo, enfim… (Me deixem! Eu não sei catalogar livros ¬¬) Eis que esse pedacinho de livro se tornou uma eterna leitura de bom gosto, pra mim.
Resenha em áudio para quem prefere ouvir minha voz fanha à ler meus posts imensos XD
“Hoje à noite, vou escalar a lua, me instalar no crescente como se fosse uma rede e não terei nenhuma necessidade de dormir para sonhar.”
Li esse livro faz uma cota já, mas lembro do principal da história e das coisas que me fizeram amar. É muito curto, como já disse, então não adianta falar tanto sobre a história em si, pois vou acabar contando tudo.
Resumindo, Jack é um ruivinho que nasceu num dia frio pra caramba e, para sobreviver, precisaram fazer uma geringonça que ajudaria seu coração a não parar. Essa tal bugiganga é um relógio, instalado em seu coração. Um cuco, ainda por cima! Vê se pode.
Desde então ele vive isolado na casa de Madeleine, uma mulher que “adotou” o garoto e administra sua vida o tempo todo, com medo de que o menino desobedeça suas “ordens”. Simples, ele basicamente não deve viver (#oloko). Digo isso pelo fato de que a mulher o adverte de determinados sentimentos que ele não deve ter, para que seu coração não entre em pane.
“- O que é isso?
– Um buquê de óculos.
– Não são minhas flores preferidas.”
O sentimento principal que o garoto deve evitar é o amor, afinal, é daí que surgem a maioria das discórdias… Seja amor carnal, amor fraterno ou amor blá blá blá… tem sempre isso no meio.
Jack vive uma boa parte de sua vida isolado, até que pede para Madeleine para conhecer a cidade. Ela permite. E é então que ele vê Miss Acácia pela primeira vez. Ambos ainda crianças.
Aí… já viu.
A história toda de A Mecânica do Coração gira em torno desse amor furtivo de Jack por Miss Acácia. Madeleine tentando protegê-lo e outras diversos acontecimentos na vida do protagonista. Inclusive quando ele vai trabalhar num parque, naqueles brinquedos tipo “trem do terror”. Muito doido!
Já deixo gravado aqui, para a eternidade, que não gosto da Miss Acácia. Por motivos de “leiam o livro”.
“- Você passa o tempo todo consertando as pessoas, mas afoga suas mágoas no álcool de suas próprias lágrimas, por quê?“
Enfim, o que mais me chamou atenção em A Mecânica do Coração foi a forma poética da prosa. O enredo, ao contrário do que vocês devem imaginar, é super dinâmico. Porém nota-se muitas metáforas e frases lindas, daquelas que geram bons quotes. Mesmo que entre um diálogo ou outro dos personagens.
A forma com que o autor fala do coração do ser humano utilizando o cuco pra expressar É FANTÁSTICA. A perda da inocência, o medo e a insegurança, a raiva, o amadurecimento, a aceitação, dentre outros sentimentos são mostrados como uma simples mecânica. O leitor consegue perceber e até se colocar no lugar do protagonista, mesmo sem ter um relógio no coração. Não realmente.
Simplesmente divino. Aconselho a leitura. O livro é tão fino que deu até desgosto de não ter mais páginas. Então gaste umas 3 horinhas para se encher de poesia numa prosa muito bem construída.
Beijos da tia Nana, coroquitos!!!
O livro tem uma animação muito bonita !!!!!
Essa é a música tema do filme, cantada pelo próprio autor D: Bom, hein?
Eu queeeeeeeero ♥
Gente, o que me chamou logo de cara foi a ilustração do livro, me lembrou a de A Menina que navegou ao Reino Encantado (no barco que ela mesma fez) – que, sim, tem um título enorme e eu amo de paixão.
Eu adoooro esse tipo de prosa poética, cheia de metáforas e quotes lindos, já apaixonei pelo livro e nem li ainda. Ele tem essas ilustrações no meio também?
Adorei, adorei, lá vou eu quebrar promessa de não comprar mais livros esse ano ♥
Beijitos
Gabiii! Não tem outras ilustrações, mas não se preocupe que o livro é tão poético que a gente sai imaginando tudo. Compre, pois vale a pena. É lindo demais *—*
Beijos e obrigada por ler ;]
Adorei a resenha, sério esse livro parece ser fofo e faz meu estilo. Amo steampuk <3
Quero conhecer o Litle Jack <3
Vale a pena! Jack é um fofo =]
Qual o nome da musica q toca no final do filme??
o nome da última música do filme é Hamac of clouds, do Dionysos com a Olivia Ruiz.