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27 out 2014

A Menina Mais Fria de ColdTown – Holly Black

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags4 estrelas, Editora Novo Conceito, Holly Black, sobrenatural

Autor(a): Holly Black
Editora: Novo Conceito
Nº de Páginas: 382
Comprar: Amazon

CURTI

    • No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.

A Menina Mais Fria de ColdTown superou as minhas expectativas! Sério, estou numa sequência muito boa de leituras foi divertido e, à sua maneira, intenso. O livro trata de vampiros e, pasmem, eles são malvados! Tem aquela essência de vampiros a la Conde Drácula, tanto pela breguice quanto pela maldade, amei muito. Claro que eu já comecei o livro com boas expectativas já que a Nathy quem me indicou (e na verdade quase brigamos sobre quem ia fazer essa resenha haha).
Sinceramente eu estou feliz de ter lido um livro com uma protagonista forte, decidida e divertida. E daí que ela tem defeitos? Na verdade eu gostei mais dela por causa disso. Nada de ser perfeitinha e só, além disso ela era boa, mas ao mesmo tempo ela era inteligente. Viu mundo, uma coisa não exclui a outra. Chega de protagonistas bobinhas que esperam para serem salvas. Tana daria um chute na bunda delas e falaria que elas devem ser capazes de se salvarem sozinhas. E por essa vibe eu fui conquistada. Vamos com a Tana chutar umas bundas e fazer algumas decisões boas e outras bem ruins.

“O carpete marrom-amarelado estava duro e negro com faixas de sangue seco, respingado como em um quadro de Jackson Pollock. Havia faixas de sangue nas paredes, e marcas de mãos com sangue manchavam as encardidas superfícies bege. E os corpos. Dúzias de corpos. Pessoas que ela via todos os dias desde o jardim da infância, pessoas com quem havia brincado de pega-pega, por quem havia chorado e que havia beijado, jaziam em ângulos estranhos, com aqueles olhares fixos como se fossem fileiras de bonecas na vitrine de uma loja.”

A história se passa num futuro onde os vampiros são públicos, e é um tapa na cara da Holly Black provar que o mercado de vampiros nunca está saturado quando você é boa o suficiente para escrever. Então a autora nos ganha com uma história especial, divertida, sangrenta, emocionante e um pouquinho pós-apocalíptica. No livro em algum ponto da história de tanto romantizarem os vampiros um deles acreditou que, de fato, ele era esse ser maravilhoso que as histórias descreviam. E se todos amavam os vampiros nos livros é obvio que amariam mais ainda na vida real, certo?
Levando em conta que é uma história sobre vampiros menos brilhantes e mais assustadores é bem óbvio que teríamos sangue e mortes, o que dá uma certa veracidade ao livro. Já pensaram se os vampiros decidissem se revelar ao mundo agora? Quantas pessoas não se ofereceriam para eles sonhando com a vida eterna e o glamour?
Os vampiros são “confinados” em cidades especiais chamadas de Coldtowns, mas é obvio que isso não impede o aparecimento deles em qualquer lugar. Tana, a nossa protagonista, já lida com isso nas primeiras páginas do livro quando acorda de uma festa na casa de uns amigos, a casa agora estava cheia de cadáveres. E isso é parte do que torna o livro tão bom, seu começo impactante.
E então com as reações bizarras e risadas em momentos inapropriados Tana nos ganha e é impossível não seguir com ela até o final do livro nessa corrida bizarra de acontecimentos loucos.

“Em toda a minha longa vida, embora houvesse muitas vezes que eu implorei por isso, ninguém nunca me salvou. Ninguém além de você.”

Parte do charme de Tana é justamente o quanto ela está assustada e destruída com a sequencia dos acontecimentos, mas ao mesmo tempo ela está determinada a seguir em frente e fazer o que ela acha que é certo. E se não for o certo, tudo bem ela ainda assim vai ir até o final. No decorrer do livro Tana acaba juntando uma trupe de pessoas bizarras com ela, e cada um dos personagens adiciona sua cota para a história. Seu ex namorado maluco (que você não vai conseguir não gostar dele), os irmãos blogueiros obcecados pelo glamour dos vampiros, o vampiro Gavriel que ela salva da morte certa, todos adicionam seu charme ao grupo. Ninguém é um acréscimo inútil, todos cumprem a sua função e isso faz eu gostar muito deles. E sobre os vilões, ahhh o que dizer? São pessoas/vampiros repulsivos e doentes, tem como amar não torcer contra? Um enredo onde os vilões são de verdade escrotos e você quer a morte para todos eles não te faz feliz? É claro que não estou falando muito porque é um livro único e todo e qualquer spoiler tira a sua chance de descobrir sozinho. Então acredite em mim e siga em frente, vale a pena.

“Contemplando-a por um bom tempo com algo semelhante a horror, como se a estivesse vendo pela primeira vez, ele disse: – Você é mais perigosa que o nascer do sol.”

Sobre o romance quero deixar bem claro uma coisa: NÃO EXISTE UM TRIÂNGULO AMOROSO! É pra glorificar de pé, mas além disso tem pouco romance. Estamos num momento de crise e o romance não é a prioridade da Tana, ela meio que está ocupada com uma coisa simples chamada sobrevivência. O início do livro é corrido e frenético, a segunda parte vem mais lenta porém não menos interessante. O livro é quase todo em primeira pessoa com a Tana, mas alguns pontos são pelo olhar da irmã dela. E temos também flashbacks do passado das meninas e a sua infância perturbada.
Temos alguns pontos bem interessantes da história que é sobre o vampiro louco que se mostrou ao mundo e o seu surto de vampirismo pelo mundo, o que foi o motivo da criação das Coldtowns. Que é outro ponto de interesse pra mim, as tais cidades de vampiros e a bizarra fascinação dos humanos por eles. É assustador de pensar em quanto as pessoas decidiam simplesmente largar tudo e ir viver nelas, tudo pelo mistério, pela possibilidade de serem vampiros, pelo poder e pela fama. Por que somos atraídos para esse tipo de coisa? Não sei, mas eu definitivamente ia era ter medo e não vontade de ir lá brincar de ser refeição dos outros. Porém, essa sou eu rs. Além disso temos a glorificação nesse livro de dois opostos, os vampiros são tratados como celebridades, assim como os caçadores de vampiros. Surreal né? Mas assim somos, seres humanos coerentes e tal.

“Ela havia gritado, gritos agudos, chamando a mãe, contudo a mãe estava lá. A mãe era o monstro.”

Sobre a parte ruim, tenho que dizer que o final foi meio zuado, não é que tenha sido ruim é só que foi… meio “forçado”? Eu curti porque achei fodona a evolução da personagem principal, mas enquanto aceito eu também reconheço que foi meio mentiroso. E mesmo que eu adore a Tana impulsiva, algumas vezes ela beira o estúpido irracional com suas ações e decisões, mas nada se comparada com a irmã dela. Eu sei que ela é criança/adolescente (a irmã), mas de tudo aquele final dela foi meio WTF?!, sério espero que vocês leiam e me digam como se sentiram depois que deu aquela porcaria toda e ao invés de se preocupar com a Tana ela faz o que faz se comportando como uma retardada rs (juro que queria comentar mas não vou spoilar <3). Foi super surreal. Mas no geral eu gostei muito do conjunto da obra e sobre ser responsável por seus próprios problemas, bem como solucionar eles mesmo que você seja uma mulher. Porque vamos combinar mulheres normalmente esperam o príncipe salvador, aqui não!

“- Por que eles não fazem isso, então?
– Ah, eles fazem isso, menina – disse a conferencista – Eles comem uns aos outros. Comem a nós. Comem todas as porcarias de coisas. Eles beberiam o sangue do mundo inteiro se nós deixássemos.”

Minha conclusão sobre o livro é que se você está procurando uma doce e gentil história de amor, não é esse o livro. Temos romance? Sim, mas não é o prato principal. Acho que a verdade é que a história aqui trata sobre decisões e consequências. Sobre fazer o que é certo sem romantizar a situação, é sobre ter a coragem de fazer o que você precisa mesmo que isso seja abandonar. É saber que o certo é um caminho obscuro e ainda assim seguir por ele. Eu também acho interessante que eles tratem sobre aparências, quantas vezes na vida você não quis viver a vida de outra pessoa porque era tão melhor que a sua? Só que a verdade é que você não sabe se de fato aquilo é real, se aquela vida é tão boa assim. Vender sonhos é algo simples, e as pessoas acreditam. Vejo aos montes desses no meu instagram e facebook com suas vidas de aparências mentirosas. Algumas pessoas acreditam e invejam quando a realidade é bem diferente do que realmente é postado nas redes sociais daquela pessoa. E esse livro trata disso, sobre deslumbrar com uma realidade que não é glamourosa. Por isso eu gostei ainda mais do livro.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Novo Conceito, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

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• Postado por Angel Sakura
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em outubro 28, 2014 às 9:06 am
    autor: jose

    Parece bom, eu vi algumas resenhas reclamando deste livros, justamente pelo excesso de sangue. Irei com a sua opinião e será uma das compras próximas.
    Sangue nunca é demais.

    Responder
  2. postado em outubro 29, 2014 às 10:09 am
    autor: Gabi

    “Um enredo onde os vilões são de verdade escrotos e você quer a morte para todos eles não te faz feliz?”
    Sakura, você me entende. <3

    Eu já estava querendo ler o livro, mas agora fiquei fascinada. Porém, por mais que eu tenha me empolgado, essa coisa do final também me deixou apreensiva. Sério, me dá uma raiva quando eu leio e amo o livro e chega no final… caga tudo. Foi tipo Estilhaça-Me. Odeio aquele final x-men (apesar de amar x-men).

    Anyway, eu definitivamente vou ler, apesar do medo de o final cagar tudo.

    beijitos

    Responder
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