Todo ano, nove amigos comemoram o réveillon juntos. Desta vez, apenas oito vão voltar para a casa depois da festa.
Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas.
No entanto, as tensões começam já na viagem de trem — o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos.
E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino.
Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A Última Festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?
A Última Festa tem toda essa sinopse que me atraiu por ser um livro thriller, daqueles tipo: foi alguém que a gente conhece, todos são suspeitos e precisamos descobrir o culpado. E eu gosto deste tipo de livro, meu maior problema é que fiquei na expectativa de algo acontecer, mas as coisas não aconteciam, e isso me entediou um pouco. Oh, o problema das expectativas.
Nove amigos sempre passam juntos a virada de ano, já é um costume, e mesmo que algumas pessoas estejam em fases diferentes de sua vida é praticamente uma tradição deles. Então a festa dessa vez será em um lugar nas montanhas, porém depois que um deles morre todos parecem suspeitos, mesmo que sejam amigos a tanto tempo.
“E, de repente, a paisagem, com toda a sua amplidão, parece se encolher em torno de nós.”
Emma é uma das mais recentes a entrar no grupo de amigos, por conta de ser namorada de Mark. Já Miranda, Katie, Mark, Julien, Samira, Giles, Nick e Bo, se conheceram na faculdade. O que já faz mais de 10 anos. Atualmente Julien é marido de Miranda, sendo Katie amiga de infância dela. Samira e Giles são casados e também levaram a sua bebê na viagem. E Nick e Bo são um casal também. Katie é a única solteira da viagem.
A festa da virada de ano novo será nas terras altas da Escócia, em um lugar bem isolado cercado por neve, em chalés na montanha. Emma quer que tudo seja perfeito, ela é uma ótima cozinheira e pretende fazer um grande banquete a todos. Os outros parecem ter sido levados pelo momento, em algumas situações parecem estar aproveitando e em outras parecem estar ali por uma obrigação de amizade.
Além dos nove amigos, há também um jovem casal de irlandeses (mochileiros), que parecem viver uma vida mais despreocupada. Heather é quem cuida de receber os hóspedes, Doug o guarda-caça que parece esconder algum segredo e é um trabalhador ocasional, com exceção dele, os outros dois moram lá.
Era para ser somente alguns dias de viagem entre velhos amigos para aproveitar a virada do ano, e então um deles morre. Por conta da neve dificilmente alguém chegaria lá, então só pode ter sido um deles.
“Até conseguia se imaginar completamente sozinho ali, na maior parte do tempo. Seria melhor se estivesse mesmo sozinho. Para o próprio bem e para o bem dos outros.”
Quem já leu Agatha Christie ou qualquer outro tipo de thriller, sabe que este é um enredo meio básico. Uma pessoa morre, o suspeito está entre eles, temos que descobrir quem é, e coisas assim. Por mais que eu tenha lido muitos livros deste tema, ainda é algo que gosto de ler. E nem é tanto para descobrir o culpado, sinceramente não fico pensando muito nisso, o que gosto mesmo de saber é os motivos, como aconteceu, os personagens envolvidos. Se isso for bom, já é um bom livro para mim. Não aconteceu isso aqui.
A história no livro é contada em dois momentos, no presente, e três dias atrás. Os capítulos variam entre alguns personagens: Emma, Katie, Miranda, Doug e Heather. Alguns em primeira pessoa e outros não.
Emma é a típica boa moça que quer que todos estejam se divertindo o tempo todo, e mesmo conhecendo o grupo a uns anos ainda se sente por fora de algumas coisas, ela tenta ao máximo principalmente agradar Miranda. Katie por conhecer Miranda a muitos anos a tolera, mas dá pra perceber que ela não queria estar ali. Doug e Heather moram na propriedade, tanto ele quanto ela parecem ter algo no passado que os fez se isolarem ali naquelas montanhas, mesmo trabalhando juntos não são tão familiarizados um com o outro. Doug por muitas vezes parece ter um lado obscuro.
Mas a estrela do nosso show é Miranda. Essa mulher se destaca, tanto por parecer sempre ser o centro de tudo claramente ela pensa que é o centro do universo e a personalidade se sobrepõe a de qualquer pessoa, praticamente ela consegue ter o que quer de qualquer jeito. Miranda me irritou tanto, desde o início dava pra perceber o quão tóxica ela era com qualquer um, mesmo que na cabeça dela ela não percebesse e isso me dava mais raiva, mas mesmo ela sendo péssima as pessoas faziam o que ela queria… e eu acho que isso deva acontecer bastante na vida real. Ela era o tipo de pessoa que você não contrariava porque era mais fácil e menos problemático. E juntando a isso ao fato de que nenhum deles eram realmente próximo um do outro, temos esse grupo de amigos.
A estadia de todos ali parece algo tão forçado que sinceramente quem se espanta que alguém morreu? hahahaha.
“- Não acredito que isso aconteceu.
– Eu sei. Vamos… Vamos só fingir que não aconteceu.”
Um dos grandes pontos negativos para mim é que a narração em primeira pessoa não funcionou para mim (em alguns capítulos estava em terceira pessoa, esses eram melhores). Vamos pensar assim narrações em primeira pessoa são de algo que aconteceu ou está acontecendo no momento, e a autora meio que distou para mim, não fazia sentido por exemplo eles falarem algumas coisas de si mesmos daquele jeito. Não fez muito sentido para mim, eu teria aproveitado mais o livro se ele tivesse sido inteiro em terceira pessoa. E outra coisa foi que o livro não fluiu, para mim foi um eterno ‘vem aí’ e acontecer mesmo se resumiu a poucos momentos, e muitos flashbacks, o que poderia ter sido em menor quantidade.
Mas estas são pequenas ressalvas, eu continuo achando que a autora tem um grande potencial. mas ainda não foi neste livro que ela me ganhou. Em mérito da história acho que ela funcionaria em formato de filme, acho que ficaria bom para assistir ou se tivesse sido 100% em terceira pessoa. Recomendado para você que lê poucos thriller, acho que seria uma boa pedida pra começar. E com isso, tenha cuidado ao fazer amizade, se agasalhe bem e fique vivo.
Oi Deby.
Eu estou com este livro na meta de leitura para ler, mas com a sua opinião dizendo você ficou na expectativa de algo acontecer, mas as coisas não aconteciam, deixou uma pulguinha atrás da orelha. Ainda quero muito ler essa história, mas vou encarar a história com pouca expectativa.
Bjos
E não é que eu também fui atraída pela sinopse? Dificilmente leio sinopses, mas quando vi que saiu pela intrínsecos, fiquei curiosa e querendo mais detalhes hahaha, já que não assino. Então, acredito que eu também me incomodaria com essa narrativa em 1 pessoa – adoro, mas nem sempre me prendo ao narrador. Apesar das ressalvas, acho que daria uma chance pra essa história sim, já que a premissa me atraiu =)
Beijos
É muito decepcionante quando a sinopse nos encanta mas descobrimos que o livro não é nada daquilo!
Acredito que a história teria um bom potencial se não fosse essa troca de primeira e terceira pessoa narrando… Eu adoro essas tramas justamente para descobrir quem foi o assassino!! Pela resenha o livro daria um bom filme clichê de terror/suspense.
Oi, tudo bem? Vi algumas vezes esse livro por aí, mas como ainda não dei nenhuma chance a thrillers, este não me convenceu ainda. Mas imagino que seja uma aventura, especialmente porque o que me faria ler é a relação entre as pessoas, goste demais desse desnude. Não entendi direito a sua explicação sobre as escritas em primeira e terceira pessoas, mas eu gosto muito da primeira pessoa, sinto que participo mais da narrativa.
Love, Nina.
http://www.ninaeuma.blogspot.com