Pierce tem dezessete anos de idade e sabe o que acontece quando morremos. É assim que ela conheceu John Hayden, o misterioso estranho que fez ela voltar a vida normal — ao menos a vida que Pierce conhecia antes do acidente — quase inacreditável. Embora ela pense que escapou dele — começando em uma nova escola em um novo lugar — confirma-se que ela estava errada. Ele a encontra. O que John quer dela? Pierce acha que sabe… também acha que ele não é um anjo da guarda, e seu mundo sombrio não é exatamente o céu. Mas ela não consegue ficar longe dele, especialmente porque ele está sempre lá quando ela menos espera, exatamente quando ela mais precisa. Mas se ela deixa cair qualquer coisa, ela pode se ver no lugar que ela mais teme. E quando Pierce descobre uma verdade chocante, sabe de onde John a salvou: o submundo.
Eu sou fã da Meg Cabot, leio tudo dela (sim, eu li diário da princesa… #me julguem) desde suas séries infantis até as adultas (pra quem não sabe ela usa o nome de Patricia Cabot também). Então, não restava dúvida que eu leria esse livro assim que saísse e deste modo o fiz. Sobre o livro… Não é ruim, não é decepcionante ou qualquer coisa desse tipo, é um livro mediano. E enquanto eu aceito isso na maioria dos autores, por ser da Meg isso me incomodou. Esperava mais, eu realmente esperava algo no nível da série a Mediadora, aquele brilho e aquela história. Bons tempos. Os personagens nesse livro não me conquistaram, claro que cada um teve bons momentos, mas nenhum deles me fez ficar ligada na história, enquanto Pierce vivia seu drama eu nem conseguia entender direito sobre o que era o livro de verdade. Enfim, vamos falar do livro e a resenha tem spoiler caros companheiros.
“Tudo pode acontecer num piscar de olhos.Tudo.
Um.
Dois.
Três.
Pisque.
[…]
Portanto, escute meu conselho. Aconteça o que acontecer, não pisque.”
Pierce Oliviera tem 17 anos e passou por uma situação um tanto inusitada, acontece que ela morreu quando tinha 15 anos, entretanto, estranhamente ela ainda está viva. Essa é a premissa do primeiro livro, é justamente sobre como Pierce morreu e, principalmente, sobre como Pierce está viva. Nesse contexto que vemos o que aconteceu com a nossa protagonista e como a mitologia é usada nesta história (Perséfone e Hades), algo que não curti muito. Sinceramente, The Goddess Test (resenha em breve) foi muito melhor em aplicar a mitologia do que Abandono. Além do que Pierce é um tanto mimada e gosta de culpar o mundo pelos seus infortúnios, porém o pior são as longas divagações que levam a lugar nenhum. O livro acabou e eu não entendi aonde ele quis chegar.
“Falando sério, a expressão “esquecer e perdoar” não faz sentido para mim. Perdoar faz com que paremos de insistir no assunto, o que nem sempre é saudável (é só ver o exemplo dos meus pais).
Contudo, se esquecemos, não aprendemos com nossos erros, o que pode ser fatal.”
Vamos falar do John, , ele é uma divindade da morte, controlador e violento. E ele e a Pierce têm um dos amores instantâneos mais surreais que eu já vi, não teve nem um tipo de desenvolvimento amoroso, ele simplesmente aconteceu. Eu não pude sentir nadinha com eles… Isso me matou, porque eu quero torcer pelo casal. Pierce é uma heroína como tantas outras, não foi marcante (ainda que tenha potencial para sê-lo) para mim como as protagonistas da Meg costumam ser. Não consegui entender a história deles, ainda que a história se passe em apenas 36 horas, ficou um tanto cansativo e eu me perdi em meio aos flashbacks (e tem flashbacks dentro de flashbacks). E, devo dizer, eu odeio mocinhos que fazem certas coisas para o seu próprio “bem”, isso não torna os abusos legítimos /fikdik.o meu nome não é John
“Ele colocou o rosto entre meu pescoço e meu ombro e me apertou forte como se estivesse lá nas ondas de novo, abandonado na tempestade. Como se eu fosse a única coisa sólida na qual pudesse se apoiar. Percebi que, em vez de eu encontrar conforto nele, ele é quem estava buscando conforto em mim. Isso me assustou mais do que tudo o que tinha acontecido até então.”
Por fim devo dizer que a história me prendeu ainda assim, e posso estar sendo um tanto critica por ser uma autora que eu realmente admiro. Continuarei acompanhando porque acredito que a série tem potencial e espero que esse primeiro volume confuso faça sentido no todo. Que os personagens se tornem mais complexos e interessantes, e que a mitologia seja mais utilizada e suas sacadas histórias continue (Amei a Maria Antonieta <3). E eu estou curiosa sobre como vai ser a história, agora no submundo. Aguardo ansiosamente pela faísca que vai incendiar Pierce e John.