Oi, Corocows! Quanto tempo, não?
Enfim, vamos falar sobre uma animação MARA que assisti na Netflix estes dias.
Deixo um aviso de gatilho que a história é meio deprê, se você está num dia de fossa, não assista. Ou assista e libere suas mágoas, é isso que eu geralmente faço.
Porém, já digo que não derramei nenhuma lágrima ao ver esse filme. Ele é real, dói, mas não me senti tão apegada aos personagens para chorar.
Essa resenha vai ser simples, pois o filme é curto e não quero dar spoliers. Resumindo a trama da história, temos os personagens Takaki e Akari que são amigos de infância. Porém Takaki precisa se mudar para longe e fica aquela sensação de que a amizade irá se apagar com a distância.
Era uma época sem celulares ainda, então ambos mandam cartas para tentar manter contato, até que um dia – um ano depois, acho – Takaki resolve visitar a amiga.
A história é muito bonita e remete ao esforço que fazemos para manter aquele sentimento quentinho da infância conosco. A vontade de não deixar aquela pureza da amizade verdadeira se esvair com o tempo e o quanto podemos nos apegar a um único ser, desejando para sempre ter aquela mesma sensação de antes. Que geralmente não volta…
Em si, o enredo me atraía muito e esperava chorar horrores. O motivo de eu me manter um pouco neutra sobre essa animação é que senti falta de mais abertura nos personagens, no sentido de me deixar mais apegada com o que eles passavam. A situação em si foi bem colocada, mas eu via tudo como a um documentário do qual eu só tinha curiosidade para saber o final da história, não importando qual seria (mentira, eu tinha esperanças boas).
Porém isso não torna o filme ruim em nada. Na verdade ele deixou diversas lições bem filosóficas a cerca de situações que ocorrem na vida de todos nós.
Não sei se foi algo da minha cabeça, mas senti que a história mostrou muito a respeito do quanto engolimos nossas palavras por medo de expor sentimentos, ou por motivos banais tais como: falta de tempo, preguiça… (além de motivos psicológicos, claro)
Senti que Takaki e Akari deixaram coisas importantes de lado por receio ou por considerá-las não tão importantes assim. E isso torna a história um pouco mais pesada, afinal, acho que todos nós já fizemos isso.
Outro aspecto perfeito dessa animação é o quanto ela é linda. GENTE… que desenho magnífico. Junto dessa arte assisti mais duas animações parecidas em teor filosófico, que por acaso descobri serem do mesmo produtor, Makoto Shinkai. Esse cara tem o dom de fazer coisa bonita e que todos choram (menos eu). Aliás, a animação Kimi no na wa (Your Name), que está bombando no mundo, foi feita por ele e, não a toa, eu assisti 5 centímetros por segundo pensando que era Kimi no na Wa (hahaha eu procurei antes e vi que não era o mesmo filme, mas assisti mesmo assim). E um adendo, esses dois filmes se parecem bastante. E digo mais, quando assisti Kimi no na Wa, não sei se fui só eu, mas notei o quanto os buracos de 5 Centímetros por Segundo foram tapados nessa nova animação.
A cena final de 5 centímetros, junto a uma música muito bonita, deram uma travadinha na minha garganta, pois foi mostrando muito bem as ações do tempo. Achei muito lindo mesmo. Mas por dentro eu tava meio: “Ah, véio… Não vai me dizer que o filme tá acabando?”.
REPITO: Eu não me emocionar não torna a animação menos emocionante. Isso varia de pessoa para pessoa. E pese também que sou muito chorona e leio ou assisto muitos enredos pesados. Às vezes eu só não choro por ter visto algo que já esperava. Existem muitos motivos para pessoas não sentirem o mesmo com conteúdos idênticos, né?
Quer um exemplo? Li o mangá que foi feito de 5 Centímetros por Segundo e nele eu chorei… olha só que coisa? E o motivo é fácil de explicar: no mangá eu senti empatia pelos personagens. Ambos foram melhor explorados e teve uma cena no final que me deu uma angústia, pois mostrou exatamente o que estava ocorrendo naquela típica cena (que existe no filme e no mangá, porém com um frame diferente).
Então, está aqui uma recomendação maravilhosa. Todas as animações do Shinkai são lindas e algumas já estão disponíveis na Netflix (essa que falei agora, The voices of a Distant Star e Garden of Words).
Beijos da Coroca!
me interessei, vou assistir. nunca vi um filme em animação que não fosse disney. espero gostar tanto quanto vc
Hey, Nana!
Eu não sou fã de animes/mangás, mas fiquei encantada com a sua dica e bem curiosa. Você conseguiu o impossível! ahahahaha
Vou procurar pra assistir. 🙂
Beijos!