Oiê, meus pequerruchos!
Tô num hiato muito louco, pessoal! Me perdoem. Estou usando as férias para fechar meu livro e correr pras editoras :/
Sendo assim, deixo um post sobre o filme Cisne Negro (que é polêmico e super minha cara xD huá!).
Na época que eu assisti ao filme ainda estava na faculdade de Letras. Amei tanto que fiz uma crítica para um trabalho da facul e vou deixa-la aqui. Só pelo simples fato de que tenho muito orgulho dela e nem parece que fui eu que a escrevi D: (momento Chico Xavier).
Houve todo um debate na época da estreia e, inclusive, morri de rir com os ocorridos no cinema. Altas histórias. Eu fui uma das que presenciou pais levando crianças para ver o filme. E rachei o bico de vê-los tapando os olhos das pobres almas curiosas.
#PRAQUÊ?
Tipo assim, no pôster geralmente indica a faixa etária, mas como se trata da tal história do “Lago dos Cisnes” e tem balé e sapatilhas… Bom, quem precisa prestar atenção aos detalhes? Eis que é exatamente isso que o filme procura mostrar (na minha opinião, claro), o quanto as pessoas são tão presas ao imaginário de determinadas coisas. Balé é bonito, é fofo, é perfeito.
Eu senti… perfeito. Foi perfeito!
Pra quem quer ouvir minha voz e não ter que ler meus imensos posts, olha só! Tem áudio! Só apertar o play!
Jura? E todo aquele negócio dos dois lados da moeda? (Inclusive eu dei o título da minha crítica nesse sentido xD). Por essas e outras o filme foi, pra mim, fantástico. Mostrou como são os bastidores de uma apresentação que tende a ser perfeita, mas que esconde todo um lado negro (tanto quanto todas as outras coisas do mundo).
OBS: Amei o fato de ter tanta doideira no filme, afinal, eu que fiquei me sentindo doida ao tentar saber o que foi real ou não. Essa síndrome da perfeição é assustadora e veja que não está só nos bastidores, mas no público, nos amigos, nos familiares. Em tudo. Qualquer um fica louco. Note que existem países com altos índices de suicídio (inclusive coletivos #asideia) por conta de desilusões causadas por muita pressão e expectativa. Não conseguir tal emprego, não passar em tal prova, não ter aumento… Então é melhor morrer. Xé, se fosse no Brasil, tava todo mundo morto. Qué qué.
Sem mais delongas. Espero que apreciem a crítica que está nos padrões de alguém que não quer dar spoilers.
A Cara e A Coroa
Versão do conhecido “O lago dos Cisnes” propõe mudanças começando pelo título
O balé costuma ser uma dança tipicamente feminina e idolatrada, para não dizer idealizada, pelo público em geral. A arte que geralmente se expressa através de coreografias “perfeitas”, roupas angelicais e atuações inspiradoras é desafiada diante da perspectiva que o diretor Darren Aronofsky impõe ao filme.
Procurando ultrapassar a visão do balé e da tradicional história do cisne branco, o diretor reconta a história da perspectiva negra, buscando deixar de lado toda a pureza e restrição que as pessoas costumam ter quanto às sapatilhas e collants.
Nina Sayers, interpretada pela atriz Natalie Portman, transparece as neuroses de uma bailarina que procura a perfeição para conseguir o papel principal em uma apresentação. Longe do “glamour” que muitos podem esperar neste filme, a personagem não só mostra a dificuldade em conseguir atingir a perfeição na dança, na atuação, como na burocracia da instituição, transmitindo uma ideia contrária ao estigma que os bailarinos geralmente demonstram. A disputa entre bailarinos, a inveja, a exclusão, o possível assédio sexual, a pressão familiar e moral e o anonimato ao final de tudo são apresentados dentre outros fatores como peças que se encaixam em um distúrbio que, no final, não se sabe se está na cabeça da personagem, ou na do espectador.[/box]