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24 set 2014

Desafio #1 – C.J. Redwine

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags3 estrelas, C.J. Redwine, distopia, Editora Novo Conceito, Trilogia Desafio

Autor(a): C. J. Redwine
Editora: Novo Conceito
Nº de Páginas: 368
Comprar: Buscapé

CURTI

    • No interior das muralhas de Baalboden, à sombra do brutal Comandante da cidade, Rachel Adams guarda um segredo. Enquanto as outras garotas fazem vestidos e obedecem a seus Protetores, Rachel é capaz de sobreviver nas florestas e de manejar uma espada com destreza. Quando seu pai, Jared, é declarado morto em uma missão, o Comandante designa para Rachel um novo Protetor: Logan, o aprendiz de seu pai, o mesmo rapaz a quem Rachel declarou o seu amor há dois anos, e o mesmo que a rejeitou. Com nada além da forte convicção de que seu pai está vivo, Rachel decide fugir e encontrá-lo por conta própria. Mas uma traição contra o Comandante tem um preço alto, e o destino que a aguarda nas Terras Ermas pode destruí-la.

Sobre este livro eu tenho sentimentos conflitantes. Ainda que eu sinta que este livro não me agradou, não acho que ele seja ruim. Apenas pela capa me enganei em esperar mais ação do que romance. E existe nele um grande potencial, eu consigo acreditar que a história vai melhorar e isso me motiva para continuar com a série.
Desafio se inicia com a possível morte do pai da protagonista, e já somos jogados no meio da cultura deste mundo. Preciso dizer que eu odeio essas culturas onde o homem é o responsável pela mulher, sendo ela tratada como um cachorro que deve ser servil e dócil, não né? Mas eu adoro quando esses paradigmas são quebrados e a sociedade evolui, então é isso que espero no livro. Continuando, Rachel não compartilha da opinião da maioria sobre a morte do seu pai, ela acredita totalmente que seu pai está vivo. E você tem alguma dúvida de que ela vai fazer o impossível para provar isso?

“Não sou mais uma filha. Não sou mais uma neta. Não sou mais uma garota com sonhos. Nem com esperanças. Sou uma arma, agora.”

Vamos fazer uma pausa para explicar este mundo, é um pouco complicado de entender, mas farei o possível para facilitar. Em um certo momento os combustíveis estavam perto de acabarem, alguém com muito dinheiro e pouco cérebro decidiu que poderia cavar até o centro da Terra, ou perto dele, e que lá teria o que ele precisava para ficar mais rico. É claro que ele não encontrou bem o que procurava, já que no centro da Terra viviam monstrinhos dóceis e gentis que através desse buracos saíram das suas casinhas e vieram para o nosso ambiente, e como o nosso barulho os irritava eles decidiram matar todos os humanos. Linda história né? Em um último esforço para garantir a sobrevivência humana eles enviam seu último exército para tentar tampar o buraco e eliminar a ameaça que lembra muito os monstros do Godzila, só que em formato de cobra do mal. Esse grupo foi quase todo dizimado, os poucos que voltaram com vida deram inicio a fortificações e, sem qualquer motivo plausível, eles conseguem afastar os monstros. Esses monstros são gentilmente chamados de Malditos, portanto o único lugar seguro no mundo é dentro dessas vilas.

“- As coisas precisam mudar. Alguém precisa liderar a mudança. Achamos que será você.”

Mas é claro que o Comandante, nome do ditador da vila, não ia oferecer sua proteção de graça. Em troca da segurança as pessoas tem que se submeter as suas regras. Só coisa fácil como lealdade cega, pena de morte por motivos idiotas e o tratamento desumanizado oferecido para as mulheres. Contudo as pessoas estão vivas, pra que dignidade? Ela é super valorizada mesmo. Nesse mundo Rachel foi criada pelo sue pai da forma que ele achou ser melhor, ele criou a sua filha para ser uma lutadora. Ele a a ensinou a pensar e lutar, ele a ensinou a não se ver como inferior e, principalmente, a pensar por si mesma. Como sua mãe morreu cedo, Rachel foi criada apenas por seu pai, seu avô de criação e Logan, um órfão que eles ajudavam. Com o pai de Rachel desaparecido, e ela sendo apenas uma mulher, lhe foi designado um novo protetor (responsável) que, mesmo com a surpresa, foi Logan. Eles terão agora que trabalhar juntos, além da convivência o resgate do pai de Rachel. Mas, acontece que o Comandante não pretende facilitar em nenhuma das duas coisas.

“Mas, de alguma maneira… é como se uma parte importante de você vivesse dentro da parte importante de mim. E eu não sei como separar as duas.”

Esse início do livro me deixou bem feliz, porque a trama era interessante e a protagonista me fez curiosa sobre ela. O livro foi escrito em 1º pessoa alternando os capítulos entre Logan e Rachel, o que nos faz conhecer toda a situação em pontos de vistas diferentes. E mesmo que a gente saiba do que ambos estão pensando, dá uma vontade insana de dar umas boas porradas neles. Enquanto Rachel é teimosa e impulsiva, Logan é prático e calculista. De certa forma dois opostos que bastava conversarem pra se resolver, mas nãooooo ambos tem que guardar as drogas das suas coisas pra si mesmo causando problemas para eles e para os outros.
Sobre o romance, sinceramente achei forçado, rápido e desinteressante. Queria saber muito mais do que estava acontecendo no mundo e não sobre o dilema bobo de eu amo ele, eu acho ela gostosa, eu quero beijar ele e bla bla bla. A droga do mundo está desabando e você está preocupado/a em gostar dele/a? Por Deus né! Não estou dizendo que eles não devam ficar juntos, pelo contrário acho que eles são um excelente casal, mas em algum momento depois da página 80 as coisas desandaram pra mim.

“O vermelho já está entranhado em minha pele. Já penetrou em minhas veias e se tornou parte do que resta de mim. Ele pode esfregar o quanto quiser, mas nunca vai conseguir apagar isso.”

Sobre o Comandante Chase, achei ele um excelente vilão no início. O fato de eu odiá-lo já é suficiente para eu ter gostado do personagem. Odeio vilões ramelões, mas ainda que eu tenha gostado dele no decorrer de todo livro o final foi meio “QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO?”. Por isso, espero por explicações no próximo livro e que, de fato, as coisas não tenham ficado tão patéticas como pareceram no final. Quero saber a profundidade e a história do nosso Comandante Chase, especialmente o seu problema com mulheres.
O lance bom do livro é que abriu um leque de boas possibilidades para o próximo livro, sinceramente espero que a autora consiga mais pulso para manter livro com qualidade do início ao fim no próximo. Estou dando um excelente voto de confiança para essa trilogia.

“— Por que você está machucando meu braço? — A voz de Rachel está pontuada por sua insolência habitual, mas eu percebo a insegurança que há por trás disso.
— Você tem sorte por eu não estar torcendo o seu pescoço.
Ela decide ficar quieta e eu afrouxo a pressão dos dedos.”

Também tenho que ressaltar que na maioria dos casos os protagonistas aprendem com seus erros e evoluem um pouco, eu acho isso importante de ser dito. Eu tenho altas expectativas para o segundo livro, se você considerar este apenas como introdução do mundo vai gostar da leitura. É bem descritivo e tem muita ação. E o mais importante é que eu adoro revoluções e tal. Então estou ansiosa para o próximo e espero que a autora acerte a mão. Eu não disse muito sobre o enredo porque é mais agradável descobrirem por si mesmos, já que cada evento está interligado. Eu aconselho que leiam sem grandes expectativas, mas com grande possibilidade de vir um segundo livro baphônico que vai sambar na cara desse primeiro.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Novo Conceito, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

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• Postado por Angel Sakura
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  1. postado em setembro 26, 2014 às 8:45 am
    autor: Ane Reis

    Oie Angel =)

    Confesso que estou enrolando para ler esse livro rs…

    Tipo eu olho para ele, ele olha para mim, mas sempre acabo escolhendo outro livro para ler e deixando ele lá quietinha na estante.

    Aff, eu também odeio essa história que mulher tem que ser submissa e boazinha rs… O bom que pelo menos nesse livro parece que a protagonistas não segue muito esses padrões (adoro quem quebra regras XD).

    Romance “fast” tá meio que virando moda também… tipo o casal principal fica metade de livro de mimimi e depois tudo acontece rápido demais e você fica se perguntando por que enrolaram tanto.

    Gostei de saber que o vilão é odioso rs… faz tempo que não leio um livro que tenha realmente um VILÃO que me deixei com muito raiva dele.

    Adorei a resenha! Me deixou um pouquinho mais curiosa para ler o livro ^^

    Beijos e um ótimo final de semana;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias…
    @mydearlibrary

    Responder
    • postado em setembro 29, 2014 às 8:39 pm
      autor: Angel Sakura

      Amiga o final do vilão é meio muito tosco, já vou avisando rs.
      Mulher submissa é o ó!
      Eu espero que o segundo seja melhor!

      Responder
  2. postado em setembro 26, 2014 às 5:02 pm
    autor: Carla Antoni | Um Doce Dia

    Não tem muito o gênero dos livros que eu gosto. Tenho certeza que sentiria muita raiva ao ler, ainda mais por causa desse negócio de quererem forçar um romance… aff. Prefiro quando parece mais natural, tenho vistos que a maioria dos livros que estão em voga hoje em dia são assim.

    :**

    Responder
    • postado em setembro 29, 2014 às 8:42 pm
      autor: Angel Sakura

      sim, muitos tentam inserir um romance sem menor cabimento, só pq TEM que ter romance .-.

      Responder
  3. postado em setembro 29, 2014 às 10:20 am
    autor: jose

    não entendo qual a necessidade de enfiar romance em tudo, interessante ponto de ganância humana,

    Responder
    • postado em setembro 29, 2014 às 8:43 pm
      autor: Angel Sakura

      exatamente meu pensamento. chega de inserir romance em qq coisa!

      Responder
  4. postado em outubro 3, 2014 às 11:55 am
    autor: Gabi

    O livro tem mesmo uma proposta interessante, mas vai ser daqueles que vou esperar o segundo para decidir se embarco nessa ou não. Tenho tantas séries pra ler que só de pensar em entrar em outra eu já surto. mas concordo com a galerinha que não entende a necessidade de tudo ter romance no meio.
    Larga mão desse mel, minha gente!

    beijitos

    Responder
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