Olás a vocês com saudades dos meus posts melancólicos! (Há alguém? xD)
Hoje vou falar um pouco sobre outro top da minha estante, mas dei preferência ao filme, embora o livro tenha igual valor. O motivo é simples: a versão cinematográfica está fantástica. Linda. Perfeita em tudo! – Tem seus cortes e diferenças do livro, mas não são bruscos. De qualquer forma, deixo os dados do livro aqui! Esse filme é mais conhecido do que o “Não me abandone jamais” e, como de costume, tem uma atriz que amo: Keira Knightley. Não sei vocês, mas tenho a impressão de que ela só faz filme bom (tirando uns e outros de início de carreira xD). Mas isso é gosto pessoal, não vai na minha. Outra curiosidade é que eu vi esse filme sem a mínima vontade. Foi outro que minha mãe me obrigou a ver. Estava no MSN (R.I.P.) enquanto ficava de zóio na tela de vez em quando. E odiei o filme até uns 20 minutos do final, pois não estava entendendo nada. Para quem nunca viu, tem cenas estranhas e que se repetem. Só depois é que dá pra entender. E, na hora que eu percebi, chorei feito uma idiota. Para amantes de livros e, principalmente, escritores (como eu) e imaginativos, essa história é de matar. Na minha visão, ela foca muito mais do que o simples ato de fazer merda e tentar reaver seus atos. Fala também de como é a mente de um escritor e de como, muitas vezes, somos como deuses, no nosso mundinho. Damos vida e a tiramos. Fazemos sofrer ou sorrir. Temos o dom de criar dramas e aventuras épicas que nos arrepiam e que, muitas vezes, parecem ser nossa própria vida. Quantas vezes você já não se pegou triste, alegre, ansioso, por algo que, no fundo, tá só na sua mente? Eu sou um exemplo. Já teve dias que alguém cortou meu raciocínio e fiquei com uma sensação de angústia…como se tivesse esquecido de fazer algo bom. Até lembrar que não tinha nada pra fazer, pois estava inventando tudo. Terrível! Ao mesmo tempo que é brilhante.
Esse filme mostra uma garotinha, Briony (Saoirse Ronan), que é uma escritora nata. Desde nova sempre criativa, fazendo peças de teatro para a família, gosta de coordenar. Quer a perfeição. Caçula de uma família um tanto estranha, mãe sempre com enxequeta, pai ausente, e um irmão que está pra voltar pra casa, ela se apoia apenas em suas aventuras fictícias e na vida de sua irmã mais velha, Cecília (Keira Knightley). Os preparativos da peça de teatro são para receber o irmão e ela aproveita a visita dos primos para ensaiar. A certa altura, percebe-se que a menina não gosta muito do fato de ter uma vida tão pacata e fora dos padrões dramáticos dos livros.
Como toda garotinha sonhadora, Briony tem uma quedinha pelo “jardineiro”, Robbie (James McAvoy) e é bem visível quanto ela tenta criar cenas dramáticas, tentando analisar se ele poderia ser seu par (tipo assim, o cara é bem mais velho…Hue). Ele, logicamente, a rejeita. Não que tenha havido qualquer declaração. É como um irmão mais velho desprezando a birra da irmã caçula. Eis que a menina acaba percebendo algo entre Robbie e Cecília. Curiosa, começa a ficar de olho. E, nessas horas, a imaginação de alguém criativo rola solta. Robbie e Cecília é aquele tipo de casal que não sabe se fica junto ou não. Tem todo o lance de que ele é filho do empregado e tal. Cecília, apesar de parecer um tanto empinada, é louca por ele. Nesse vai e vem, vários acontecimentos constrangedores ocorrem entre ambos, aos quais Briony sempre acaba vendo “sem querer” e criando mil e uma suposições sobre o que na verdade está acontecendo. O que a faz ter certeza de que Robbie na verdade é um safado é uma carta que ele mandou para Cecília. Assim, a anta do Robbie pede para a Briony entregar… Mas é claro que ele, mesmo supondo que ela poderia ler, não achava que havia nada demais na carta. Não fosse o erro que ele cometeu envelopando a carta errada. Isso mesmo, antes de Robbie escrever algo mais fofo, ele tinha desabafado na máquina de escrever tudo o que ele sentia pela Cecília e, tipo, tinha TUDO mesmo (safado). Briony lê. Fica chocada. Mesmo assim, Cecília ainda tem a carta em mãos e chama Robbie para conversar na biblioteca da mansão (casa das meninas). Ele, a essa altura, já havia percebido seu erro e ficou com a maior cara de bosta. Após um tempo, Briony percebe que tem algo ocorrendo por lá e vai atrás. Nem preciso dizer o que ela encontra, né?
Okay. Até aí, normal. Irmão mais velho chega, trazendo um amigo, e todos estão felizes. Briony não se dá muito com seus primos, que são dois menininhos gêmeos e Lola, uma garota muito da abusada. Prefere ficar só e não conta nada sobre o que viu na biblioteca. Mas, em uma fatídica noite, o clímax acontece. Os gêmeos sumiram, todos saem pra procurar, e Briony acaba sendo expectadora de mais uma situação constrangedora: o estupro de sua prima Lola. Estava escuro e ela não poderia identificar quem era a pessoa que estava com a prima, mas assim mesmo Briony diz à polícia que viu Robbie. A partir daí, a história vira uma doideira. Robbie vai preso, Cecília fica injuriada. Briony não sabe se deve se arrepender, pois não tem certeza de quem foi. Deixo aqui até minha dúvida, pois não dá pra saber se Lola viu ou não quem foi. É muito ambíguo. Porém minha opinião é que ela sabe, mas não disse por algum motivo (ela era uma safadinha que curtia seduzir os outros). Briony, então, começa sua jornada para descobrir os fatos e repará-los, se possível. O resto acho que vocês devem assistir. Muitos ficam chateados com o final, mas admito que foi o que mais me chamou atenção. Foi épico. Digno de quem ama escrever e ler. Creio que já dei spoilers demais, não? Para quem está com muita vontade de saber, deixo um resuminho aqui. Anos se passam e Briony continua em busca da solução para seu mistério. Robbie foi para a guerra, para não ter que ficar preso. Cecília virou enfermeira e, antes de ele partir, juram amor eterno. Briony desde sempre queria fazer faculdade, mas, como uma forma de punição, se torna enfermeira e começa a ver todo o tipo de atrocidade nos hospitais. Ela escreve nas horas vagas (vulgo hora de dormir, pois enfermeira não tem hora vaga. Ainda mais na guerra). Enfim, é descoberto o estuprador e, para surpresa de todo mundo, Lola se casou com ele. Ou seja, sem testemunha. Briony está ferrada. Então, faz a única coisa que poderia fazer. Vai atrás de Cecília e Robbie. Que agora moram juntos em uma casinha simples. Conta a verdade e é completamente desprezada por ambos. Anos depois, já em sua velhice, Briony é famosa por seus livros e está para morrer. Sendo entrevistada por um programa de TV, ela conta o motivo de seu primeiro romance ter sido o último a ser lançado. E é aí que ela solta a bomba. (Clique no botão se quiser saber ;P)
Recomendo eternamente essa história. Livro e filme de cabeceira. E saio fora com uma dica, para escritores e criativos de plantão: nosso mundo fantástico é foda, mas tenha certeza de que o seu é muito bom do jeito que tiver de ser, sem que você meta o bedelho em tudo.
Trailer
Não achei trailer legendado :/ Mas tenho certeza de que se você ver, se emociona. Depois de ler a resenha dá pra entender ;]
E um bônus! A música que amo nesse filme, simplesmente por terem feito algo fantástico do barulhinho lindo da máquina de escrever. Quem é escritor ou quem ama esse barulhinho, ouça ;] Ela aparece um pouco no trailer também! Arrepio eterno! <3
Adoro vir aqui porque as resenhas são tão completas, que me deixam com vontade de devorar tudo: livros e filmes! 🙂
Ainda não li/vi esse, mas depois de tudo o que vi aqui, com toda certeza procurarei!
Um beijo,
Fê
http://www.algumasobservacoes.com/
Obrigada!!!! *-*
É da Jane Austen?
Não! É do Ian McEwan! 🙂
Eu amoooooooo <3
Ainda não li o livro, mas já adoro o filme <3 Então quero ter a oportunidade de ler
Obrigada nad, diva!
Eu também amooooo *-* O livro tem muitas outras explicações que eu amo! E o final é um pouco mais emocionante. De nadinha, Amorinha!!!
Adorei a resenha, gostaria de ver esse filme! Mesmo depois da minha curiosidade ter me obrigado a ler o spoiler XD
Menino curiosoooo! A gente vê em casa *-*
Eu não consegui abrir o spoiler =( kkkk E tô curiosa!
Fora isso, adorei o post! Já assisti esse filme mas esqueci como é o final. ”/
Beijos!
Também tive essa impressão da Lola. Acho que ela sabia, mas não quis dizer. E depois casa com o cara, muito suspeito…