A nova edição do romance de estreia da autora vencedora do prêmio RNA com A casa das marés Na noite da Coroação da Rainha Elizabeth II, em 1953, a comunidade de expatriados de Hong Kong se reúne para celebrar o evento com uma festa. Enquanto os convidados tentam ouvir a cerimônia em um rádio antigo, Joy, uma jovem de 21 anos, se apaixona. Menos de vinte e quatro horas depois da festa, ela já está prometida em noivado ao rapaz, mas só tornará a se encontrar com o noivo um ano depois. Em 1980, um ato de rebeldia faz Kate, aos 18 anos, fugir do Condado de Wexford, na Irlanda, com sua filha ilegítima. Quinze anos mais tarde, Sabine deixa Hackney, o elegante bairro onde mora, em Londres, para visitar os avós que jamais conheceu e descobre que Wexford parece ter parado no tempo. Quando Sabine, sua mãe e sua avó voltam a se encontrar, um segredo de família cuidadosamente guardado é descoberto, bem como algumas verdades importantíssimas: o conflito entre o amor e o dever, as escolhas que as mulheres são obrigadas a fazer e o relacionamento entre mães e filhas.
Eu não tinha lido nada da Jojo antes, quando a Bertrand nos enviou o livro fiquei feliz de poder ler o trabalho dela. Todo mundo sempre indica os livros dela, falam tão bem que eu estava ansiosa por isso. Mas, penso que talvez começar por este não tenha sido uma boa escolha ou talvez pela hype da blogosfera literária com a Jojo, eu me decepcionei um pouco. Não é um livro ruim, mas não é o “ai meu Deus” que todo mundo tinha me prometido. Culpa das minhas expectativas? Talvez. Vou desistir da autora? Definitivamente não.
”— Que diferença faz? — perguntou.
— Não faz diferença alguma. Só queria que as pessoas fossem francas comigo.
— Franqueza, bah… Você nunca vai conseguir muita franqueza das pessoas, pode acreditar. “
O livro trata sobre a história de uma avó, mãe e filha, três gerações de uma mesma família: as Ballantyne. E mesmo se tratando de personagens diferentes elas tinham muito em comum e foi fácil me afeiçoar à elas, eu entendo a dificuldade delas de demonstrarem seus verdadeiros sentimentos. É uma história de uma família com problemas como os seus ou os meus, mas também alguns únicos somente delas. E aqui tenho que elogiar a autora, adorei a construção de personagens e os secundários que serviram para aprofundar mais ainda o cenário. As pessoas que eram incluídas no enredo tinham uma função, uma história e um motivo. Isso me atraiu bastante.
“Ela tinha razão, é claro. Mas Kate não estava disposta a admitir que cometera um erro. Porque isso significaria que toda aquela dor, toda aquela confusão, a piora do seu relacionamento já precário com a filha, tudo tinha sido em vão. E significaria que, mais uma vez, apesar de ter trinta e cinco anos e ser uma veterana de só Deus sabe quantos relacionamentos, apesar de ser alguém que achava que sabia o que estava fazendo, Kate errara na escolha de um homem. Novamente. “
Kate decide enviar sua filha, Sabine, para a fazenda de cavalos da sua mãe na Irlanda. A intenção era boa, de fazê-la não sofrer com a separação de seu padrasto, mas de boas intenções o inferno está cheio e nós vemos claramente isso neste livro. As intenções são as melhores, os resultados nem tanto. Sabine detesta tudo que está acontecendo e, especialmente, odeia seu novo lar na Irlanda (sobre a separação da mãe, ela já estava acostumada com isso, para ela era comum). A rebeldia de Sabine e sua repulsa com as regras rígidas da fazenda de sua vó me fizeram sorrir. Quem não é rebelde quando se tem 16 anos? Quem não acha tudo o fim do mundo?
“O tipo de amor sobre o qual as pessoas liam em grandes livros, que inspirava canções e deixava os amantes leves como pássaros, e, no entanto, os mantinha sólidos como monólitos, vastos, abrangentes e resistentes.”
Mas não é apenas Sabine que tem um problema familiar, sua mãe Kate é um exemplo disso tendo um relacionamento afastado da sua família. Sabe a pessoa que parte porque não sabe como ficar? Então, eu penso que a Kate é assim. E quando Kate tem que ir para a fazenda todo esse afastamento é sentido na pele, e seu relacionamento distante com a filha é um claro reflexo do seu relacionamento com sua própria mãe. Joy, Kate e Sabine terão que aprender umas com as outras e entender o que significam seus limites, pra onde foram seus sonhos e como lidar com os problemas que cada uma tem com seus segredos, perdas, dores e sentimentos. Três gerações com problemas bem diferentes, mas ao mesmo tempo muito parecidos.
”— Você deve sentir saudades dela — disse Annie.
— Como disse?
— Da sua mãe. Você deve sentir saudades. Ela estando assim tão longe e tudo o mais.
— Sinto, um pouco — Sabine hesitou e então completou, corajosa. — Nós duas não somos assim tão chegadas, na verdade.
— Mas ela é a sua mãe. Vocês deviam ser chegadas. —
O livro foi fácil de ler, os personagens foram atrativos e os secundários também me agradaram bastante, talvez apenas Kate tenha me irritado um pouquinho com a sua imaturidade e o seu “estou sentindo pena de mim” o tempo todo. O que eu realmente não gostei no livro? Não sei exatamente, só senti que faltava alguma coisa. Talvez tudo tenha sido tão complexo o tempo todo que não me pareceu sincero, real ou as duas coisas. Não foi como eu senti com Os Bons Segredos, que poderia acontecer comigo ou as pessoas próximas à mim, talvez essa sensação tenha me perturbado um pouco. Mas isso também pode se dar ao fato de que moro desde adolescente com apenas meu pai. Relacionamento feminino forte não foi algo que presenciei muito, então talvez seja mais um problema meu do que do livro.
”Estava sendo difícil associar qualquer coisa naquele quarto com as lembranças da infância e adolescência: era como se a casa tivesse envelhecido mais rápido do que as pessoas, e o tempo tivesse apagado todos os símbolos ou marcas familiares enquanto passava e, agora, tudo ali parecia, sinceramente, não ter nada a ver com ela.”
O que eu quero dizer é que o livro é bom, mas não espetacular. Trata de temas intensos de forma delicada, fala sobre perdas que não podem ser recuperadas, sobre traições que, talvez, não possam ser perdoadas, sobre dor, sofrimento, sobre continuar vivendo e seguir em frente. Sobre vidas, mas tem uma lição importante sobre superação, perdão e nada que nada está perdido para sempre. Às vezes vale a pena expor nossas fraquezas, aceitar a si mesma e, assim, poder aceitar os outros, o que nos dá uma mensagem bem positiva como conclusão. Valeu totalmente a leitura, mas não encontrei o maravilhoso mundo de Jojo Moyes que me foi prometido, na próxima leitura dela eu vou partir pro ataque direto e lerei Como eu era antes de você.
Que resenha! Ameiii sua resenha e estou louca por esse livro ele já está na minha lista. Você vai amar Como eu era antes de você, os personagens são uns lindos de bonitos. <3
Acredita que nunca nem tinha visto a capa desse livro? Nem sabia que existia, rs. Sempre quis ler algo dessa autora, mas até agora não tive oportunidade, mas esse livro me parece muito interessante. Adoro esses focos de conflitos familiares. Pela sua resenha o livro me pareceu muito com o filme Greta, já viu? Acho que vou dar uma chance algum dia, rs.
Oi, Agel! Tudo bem?
Não sei se eu leria este livro, pois apesar de eu gostar bastante de histórias de drama, este me pareceu com uma atmosfera dramática muito pesada. Mas sua resenha ficou muito boa e gostei da sua sinceridade para falar sobre a obra. Beijos! ^-^
Oiii, tudo bem?
Eu tenho curiosidade em ler um livro da Jojo, vejo sempre todo mundo gostando e enlouquecendo, espero um dia ter a oportunidade de ler.
Beijos
segredosliterarios-oficial.blogspot.com
Gosto da escrita de Jojo.
Pena você não ter encontrado o maravilhoso mundo de Jojo na leitura.
Tenho “Como Eu Era Antes De Você”, que à propósito será minha próxima leitura.
Beijinhosss…
http://estantedalullys.blogspot.com.br/
Olá, tenho curiosidade para ler esse livro por se tratar de relações familiares, embora pelas resenhas que já vi eu talvez o leia sem muitas expectativas.
Ps.: acho que não entendi muito bem o motivo da escolha de “Aquele 1%”.
Oi! Tudo bem?
Hum… Também já tive essa experiência de ler algo de um autor que causou burburinho no mundo literário e não ser TUDO aquilo que disseram. Mas, estranho esse sentimento de não saber o que faltou! rsrs Nunca me senti assim… Geralmente consigo facilmente identificar o que me incomodou. E sabe que isso me deixou curiosa pra ler esse livro?! Quero ver como irei me sentir.
De fato, não é o melhor livro da autora, mas essa obra nos mostra seu potencial. Achei justas suas observações.
Oie,
Da Jojo eu comecei a ler em pdf Como eu era antes de você e me apaixonei pela escrita da autora, e ainda tenho que concluir esse livro. Acho as capas dos livros dela maravilhosas, eu tenho certeza de vou gostar desse livro de alguma forma, eu gosto de livros que trazem alguma mensagem de superação, e sobre perdoar pessoas.
Amei a sua resenha e vou ficar esperando a resenha de Como eu era antes de você *–*
Bjs
Mayla
http://lendocomamay.blogspot.com.br/
Parabéns pela resenha, já tinha ouvido falar do livro, mas nunca parei para ler nada sobre ele.
A premissa me instigou a realizar a leitura, espero conseguir!!!
Gosto de romances desse estilo.
Porém, não li nenhuma obra da autora ainda, mas sei que todos amam!
Os livros da Jojo costumam mesmo ser fortes e tratar de temas polêmicos. O único que li dela foi o famosíssimos Como eu era antes de você e gostei muito, mesmo não sendo exatamente meu estilo favorito. Daí comprei outro dela e não passei das primeiras páginas. Tenho certeza que vai melhorar, mas não me animei a tentar de novo ainda. Então por ora nem vou adicionar outro da autora na minha lista, ainda mais que você não achou tão bom.
Oi. Eu já lia um livro da autora e não gostei da escrita, apesar de achar o enredo desse bem instigante, não é algo que compraria no momento.
eu não fui rebelde aos 16, na verdade, não fui rebelde em minha adolescência, embora algumas pessoas achem o contrário rs
enfim… sobre o livro, apesar do ‘boom’ da autora nas redes sociais, não me empolguei pra conhecer sua escrita… e essas capas que a bertrand tá lançando não me animam a mudar de ideia… o gênero não faz meu estilo literário… =T
Olá!
Gostei muito da Resenha, que serviu ainda mais para fundamentar minha teoria de que a Jojo é maravilhosa! Até hoje não tive coragem de ler nenhum livro dela. Fico receosa por nunca me dar bem com romances. Queria começar por “Como Eu Era Antes de Você” mas “Em Busca de Abrigo” me chamou a atenção por falar mais de amor familiar.
Beijos
Blog Relicario de Papel
relicariodepapel.wordpress.com
Eu tenho esse livro aqui eu só não sei quando vou ler, espero que ainda esse ano, mas vou tentar ler sem expectativa, pois sera minha primeira experiencia com a autora e não quero que aconteça isso que aconteceu com vc. Pelo menos espero que não.
odiariodoleitor.blogspot.com.br
Olá Angel, o livro parece ser bem legal, um bom drama e mesmo você comentando que não foi tudo que você esperava parece ser uma boa leitura *-* Espero poder lê-lo e conhecer um pouco sobre a escrita dessa autora que todo mundo recomenda *-*
http://meumundo-meuestilo.blogspot.com.br/
Quero ler esse livro pois gosto da escrita da Jojo, e espero que goste de Como Eu Era Antes de Você!
Bjs
http://a-libri.blogspot.com.br
Oiiie
Nossa, sua resenha está ótima e eu adoro essa autora mas não li os últimos livros que sairam dela, esse parece ser bem tocante e espero ter oportunidade de ler em breve
BEIJOS
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Nunca li nada da autora, mas se fosse ler escolheria o que está sendo adaptado… não tenho muitas expectativas pois pode ser que me decepcione assim como vc não achou o livro tão bom qnto falavam…
Mais uma resenha bem escrita! Muito bom! Sempre que venho aqui encontro belas resenhas. Não conhecia a obra e não é meu estilo de leitura. Mas certamente vou contar a algumas amigas sobre. Vai que elas animam ler 🙂
Adorei a resenha, não irei começar a conhecer a autora por este, mas espero gostar dos que eu for ler!
Abraços e até!
lendoferozmente.blogspot.com.br