Alma tem 17 anos, e nada em sua vida difere das meninas de sua idade: escola, programas com seu grupo de amigas, tédio e impaciência na relação com a família. Até o dia em que vê um caderno roxo numa vitrine e, por puro impulso, o compra. A partir daí, acontecimentos horripilantes começam a se suceder. Todos descritos em detalhes nas páginas do caderno…antes de acontecerem. Com a letra dela. Que não se lembra de ter escrito nada. Quem é Alma, na verdade? Quem é Morgan, seu misterioso amigo de escola, que parece ter respostas para o que está acontecendo? E como impedir que as forças do mal se aproximem dela e de quem ela ama?
Eu confesso que odeio a capa desse livro, não sei no mundo o que tinham na cabeça para fazer tal aberração como capa e imaginar que alguém iria querer comprar o livro. Sério, eu o comprei por R$10,00 no submarino e ainda assim pensei duas vezes, a sinopse nem é tão ruim, porém aquela capa é assustadora. Sim, eu julgo um livro pela capa #caradepau. O livro não é um épico, dá pra ler e eu vou seguir pro segundo livro, só que sempre que eu vejo essa capa, brocho. Enfim, vamos falar do livro.
A história trata de uma garota que é confiante em sua beleza e na sua vida, ela sabe seu lugar e sabe tirar o proveito das melhores situações na sua vida. Acontece que quando ela compra um caderno lilás algumas coisas mudam na vida dela, e é uma pena que não pra melhor. Ela também é a única sobrevivente de um acidente em que suas amigas morreram anos atrás e filha de um lar desfeito, já que seu pai se suicidou anos antes. Uma barra atrás de barra, por isso ela aprendeu cedo que deveria ser forte.
“É incrível como as pessoas têm tendência a ver problemas onde não existem. Quem sofre um acidente tem obrigatoriamente que sair ferido.Quem passa por um luto tem que estar arrasado. Não é assim que funciona se você for forte. E eu sou.”
O núcleo deste livro é algo como todos os polos problemáticos do mundo, sério. Aborda quase todos os problemas que os jovens/pessoas podem ter, por exemplo bullying, estupro, drogas, anorexia, violência, roubo, dentre outros e pra mim aí começa a pecar o enredo.
A nossa protagonista tem um seleto grupo de meninas que a seguem e elas são estrelinhas no colégio, quase como se fossem uma seita. Cada uma das meninas possui um comportamento particular e que em teoria as caracteriza como as pessoas que são.
Acontece que, no momento em que elas passam pela primeira dificuldade, tudo acaba rapidamente. Eu acredito que a amizade delas deveria ser mais forte, mais resistente, só que, no fundo, elas não eram amigas de verdade. Para mim, no final do livro, tive essa sensação de que elas não eram mais do que pessoas que se juntaram, e não amigas que juntas construíram um grupo/ambiente juntas.
“Está escuro.
Ando, mas não saio do lugar. Minhas pernas pesam como chumbo e na minha cabeça batem golpes dos passos imóveis que martelam sem parar. Começo a sentir frio. Tremo e não consigo me aquecer. Meus braços também estão paralisados. Doem de uma dor que nunca senti antes, quase como se estivessem sendo arrancados.
Tento gritar, mas não consigo. Emito apenas um fio de voz rouca e desafinada, como o som de um instrumento de sopro que ficasse muito tempo embaixo da água.
Onde estou?”
Alma, que às vezes é má às vezes é inocente, acaba escrevendo em seu novo caderno acontecimentos macabros, antes deles acontecerem de verdade. Assassinatos bem descritivos estão no seu novo caderno lilás escritos com a sua letra mesmo que ela não se lembre de tê-los escrito. Além de lidar com essa situação, nossa protagonista tem que castigar um garoto que passou dos limites com sua amiga, porque é isso que seu grupo faz e ela é a líder. Sem falar com ninguém ela acaba se tornando próxima de um dos rapazes do colégio, o garoto simplesmente misterioso que decide se aproximar dela, só que porque segredo? Sua outra amiga está envolvida com um grupo desconhecido, mas que parecem ser barra pesada e ela terá que intervir e, por fim, seu irmão anda mais isolado do que ele costuma ser, o que é preocupante. Muitos problemas nas pequenas mãos de Alma.
Cabe a Alma solucionar os problemas alheios além de ter que resolver os seus, já que agora ela prevê essas coisas bizarras. E será que ela realmente tem que se envolver com tudo isso mesmo? Ela é, no fim das contas, apenas uma adolescente sem pai.
“Cedo ou tarde os acontecimentos vão me dar razão.
E aí ninguém vai poder fazer mais nada.”
Eu aceito muitas coisas em livros, gostei da protagonista ter iniciativa, mas no fim das contas não entendi o que a história queria passar. É sério, eu não entendi. Não consegui me sentir ligada na história, nas decisões que elas tomaram. Nenhum personagem me convenceu em sua situação e isso me deixou frustrada. Às vezes pensava que estavam fazendo confusão por nada e quando deveriam fazer estavam calmos. Eu pra me conectar com o livro preciso entender os personagens, não preciso que eu aceite o que ele faz, preciso entender. Por isso que Escuridão foi vazio pra mim, espero que no próximo livro tenhamos mais nexo e que eu consiga me conectar com os personagens e a história. Comprei o segundo livro pelo mesmo preço, portanto vejo vocês em breve quando terminar a leitura dele.
ps: se você espera algo meio estilo Death Note vai ficar frustrado.
Que capa feia, o quarteto ali nem parece ter a mesma idade.
Obrigada pela resenha
Vocês vão na bienal?
Eu achei a capa horrorosa ‘-‘
E confesso, não tive aqueeeela vontade de ler o livro, mas quem sabe eu ponha ele lá no final da lista (se o segundo for bom)
A proposito, adorei a playlist :3
ow meio bizarro tudo aí