Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.
Esse livro foi totalmente uma surpresa, tinha alguns receios de lê-lo por causa das muitas comparações com X-Men e me surpreendi com a leitura de mais essa distopia. Ela acontece de forma bem lenta no inicio e, como já devem saber, eu gosto desse estilo. Contudo, vem bem poluída e com alguns excessos, porém devo informar que melhora com o decorrer da história. As coisas acontecem com um propósito e eu sinto que conheci bem a Julliete (nossa protagonista) e os seus medos e temores. Nos fazer entender o quão estranha é a situação dela é uma proeza para a Tahereh (autora), entender o quão duro é para ela ser o que é e ter sofrido tanto por algo que não foi sua escolha. Eu gosto de almas atormentadas, elas me atraem e esse livro tem algumas bem interessantes. E então ignorem a capa e podem ler o livro que é bem interessante
“Tudo o que tinha de fazer era abrir os olhos.Tudo o que tinha de fazer era abrir um livro para ver histórias sangrando de página em página.Para ver as memórias gravadas sobre o papel. Passei minha vida dobrada entre as páginas dos livros.Na ausência de relacionamentos humanos, criei laços com as personagens de papel.Vivi amor e perda por meio das histórias enredadas na história, experimentei a adolescência por associação.”
A história trata de Juliette, uma pessoa que possui um dom maldição, quando ela toca em alguém ela sem escolha vai sugar a vida da pessoa. Por isso seu toque pode matar/incapacitar/torturar fazer mal as pessoas. Quando tinha 14 anos ela acidentalmente matou uma criança e por isso foi encaminhada para diversos centros de detenção onde foi vítima agraciada com diversas tentativas de tratamento e cura. Nenhum deu certo e seu diagnóstico totalmente médico foi de que ela era um monstro. Com isso foi levada e abandonada num hospício condenada a não ver nunca mais a luz do dia e nem ter contato com outras pessoas. Até que Warner, um dos comandantes deste novo mundo, decide utilizá-la como uma arma de guerra. Quão poderoso seria ter alguém com essa capacidade em seu exército?
“A única existência que conheço agora é a que me foi dada. Um eco do que costumava ser.”
O que temos após a decisão de Warner é uma nova chance para Juliette, porém será que ela vai querer ferir pessoas? Para testar a sua sanidade e sua capacidade Warner coloca um companheiro na cela de Juliette que vem a ser Adam. Sem saber das circunstâncias Juliette acaba acreditando que Adam é realmente um dos loucos, como ela, e forma um laço com ele. Especialmente quando ela descobre mais sobre Adam e o envolvimento que ele tem em seu passado. Warner acredita que poderá utilizar Juliette e toma uma decisão que irá mudar para sempre a vida de todos os envolvidos.
“Você não faz ideia do quanto pensei em você. De quantas vezes sonhei – ele respira com firmeza –, de quantas vezes sonhei em estar tão perto de você. – Ele se move para passar uma mão pelos cabelos, antes de mudar de ideia. Baixa os olhos. Ergue os olhos. – Céus, Juliette, eu a seguiria para qualquer lugar. Você é a única coisa boa que sobrou deste mundo.”
A história é complexa, uma nova realidade onde quase tudo deu errado. O povo passa fome e não existem empregos suficientes para todas as pessoas que precisam. Nesse meio temos o Restabelecimento que é a força que controla o mundo. O que é certo? O que é errado? São perguntas que Juliette deve se fazer para tomar as suas decisões, ainda que ela não possa controlar o seu poder ela pode decidir se vai ou não ajudar Warner. O dilema entre o bem e o mal que Juliette tem foi uma das coisas boas no livro, sabe por quê? Se eu estivesse no lugar dela talvez não tivesse a sua humanidade, as pessoas querem te ferir por que não se defender? Como Juliette é me agrada. Imensamente me agrada. Só que não apenas ela me conquistou, de uma forma mórbida o Warner também o fez. Ele, não sei por que, parece para mim o mesmo que a Juliette. O mesmo confinamento, abandono do mundo, a mesma falta de crença e o mesmo tormento. É minha opinião, porém eu realmente gosto dele e isso não quer dizer que ele não me assusta como o diabo, só que ainda assim tenho curiosidade sobre ele. Ahh, deliciosamente complicado esses dois. E antes que me crucifiquem, sim eu gosto de Adam, porém ele é bonzinho demais pra mim e eu meio que cansei de pessoas boazinhas demais.
“Tentei tanto consertar o que eu tinha estragado. Tentei todo santo dia ser o que eles queriam. Tentei o tempo todo ser melhor, mas de fato nunca soube como. Somente agora sei que os cientistas estão errados.”
Estou ansiosa para o próximo livro e espero que com as novas perspectivas o livro melhore e me mostre que eu estava certa em acreditar nele. Quero ver a guerra, o sangue e como esse novo mundo vai se sustentar. Eu queria dizer que uma coisa que me prende são as pessoas, pra mim são elas quem fazem a história, portanto se não falo muito do quadro geral é porque ele não é tão crucial para mim. Pessoas que são interessantes rs. A diagramação está interessante, com muitos detalhes que fazem o livro um pouco complicado no inicio, porém cativante quando se acostuma, e que no fim torna o livro bem único e é um excelente trabalho da Novo Conceito. Então vamos que vamos para o Liberta-me.
“O mundo é achatado.
Sei porque fui atirada da margem do planeta e há dezessete anos ando tentando me segurar. Há dezessete anos tenho tentado escalar de volta, mas é quase impossível quando ninguém está disposto a lhe dar a mão.”
Eu não li esse livro, eu devorei. Oritmo dele é tão rápido e lógico adorei ♥
Adoro a escrita dela, acho bem único o jeito que ela escreve, apesar de ter ouvido por aí que muita gente não curtiu tanto assim.
“Liberta-me” tá na minha lista de livros pra ler!
Eu não entendia o inicio do livro, não conseguia me adaptar aquela forma de escrita. Mais é como você disse quando se acostuma fica tudo bem, vale a pena ler, excelente o livro.
opa animei nesse também, sangue já dá 10 pontos pra grifinória.