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28 maio 2017

Olhos Prateados – Five Nights at Freddy’s #1 – Scott Cawthon

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags3 estrelas, Editora Intrínseca, Five Nights at Freddy's, Jogos, Scott Cawthon

Autor(a): Scott Cawthon
Editora: Intrínseca
Nº de Páginas: 368
Comprar: Buscapé

CURTI

    • No popular videogame criado por Scott Cawthon, o jogador assume o papel de um segurança contratado para tomar conta de uma pizzaria durante a noite, enquanto os animatrônicos perambulam e ganham ímpeto violento. Mas o mistério por trás dessas criaturas e dos assassinatos que ocorreram ali nunca foi desvendado... até agora. Olhos prateados extrapola o universo que conquistou fãs no mundo todo e traz à tona os medos mais obscuros que só brinquedos sinistros são capazes de provocar.
      O primeiro livro da trilogia Five Nights at Freddy’s leva o leitor ao mundo de Charlie, uma adolescente que volta para sua cidade natal quando é convidada para participar de uma homenagem a um de seus amigos de infância, morto dez anos atrás, em circunstâncias misteriosas, dentro da pizzaria do pai dela.
      Tomados pela nostalgia e determinados a desvendar o crime jamais solucionado, Charlie e seus amigos acabam voltando à pizzaria, agora totalmente abandonada. Eles logo vão descobrir que as coisas lá dentro não são mais as mesmas. Os quatro animatrônicos mudaram. Os bonecos que antes encantavam as crianças agora guardam um segredo sombrio... e um plano mortal.

O que dizer deste livro cujo jogo me deu raivinha? Não que o jogo tenha sido ruim, é só que o último jogo teve um final aberto e eu simplesmente deixei a teoria da conspiração solta criando/lendo uma teoria enorme e complexa tipo CSI Sobrenatural, maaaaas aí veio o autor e disse que não, não é isso e sim uma coisa simples e boba. Decepção hahahaha. Com esse sentimento ainda forte recebi o livro da editora pra resenhar, e não sou mais a segurança do primeiro jogo ou o menino do outro. Agora temos uma história nostálgica de reencontro de amigos de infância para homenagear um amigo falecido de todos eles. Pra quebrar o clima chato do amigo morto, eles decidem relembrar as boas coisas e isso inclui a pizzaria Freddy’s. O grupo então vai em busca do local e descobrem que agora que a pizzaria está num shopping isolado e abandonado. É nesse ponto que pessoas normais iriam embora e seguiriam com suas vidas… Mas não os protagonistas. Eles continuam em frente e eu apenas quero que todos morram agora que não sou eu a protagonista. Team Foxy aqui!

“— Eu vi — ele insistiu, a voz mais fraca. – O Bonnie o levou.”

Deixa eu comentar sobre a franquia de jogos do Freddy’s que deu origem ao livro, o primeiro se passa na pizzaria e nós somos um guarda noturno que é obrigado a se defender dos animatrônicos que apresentam um “mal” funcionamento quando a noite chega. Aham, mal, sei… claramente os robôs estão possuídos pelo capeta in self (não isso massss tão ruim quanto se fosse). Os principais cape, digo, animatrônicos são Freddy Fazbear (urso), Bonnie (coelho), Chica (galinha) e Foxy (a raposa pirata). Você deve economizar energia e sobreviver por 5 noites. Antes da pizzaria ser abandonada eles eram animados e alegravam o lugar, mas as coisas mudam após um incidente envolvendo a morte de algumas crianças e agora eles meio que querem brincar de outras coisas. Além disso temos o Cara do Telefone que ajuda falando sobre o comportamento dos monstrinhos, mas eu sinceramente acho que ele é do mal. Cara, ninguém do bem ia dizer pra você permanecer no mesmo local que uns demônios desses. O jogo não é de terror propriamente dito, mas ele te deixa num estado de tensão o tempo todo que faz parecer que você está assustado. É inevitável dar gritinhos com os sustos no decorrer do jogo e é por isso que é tão divertido jogar. Dito isso vamos para o livro.

“Nunca sentira falta de nada na infância, mas naquele momento lhe parecia que a enormidade desnecessária da casa era uma espécie de pedido de desculpas; um homem que tinha sofrido tantas perdas tentando dar à filha tudo o que podia. Não importa o que fizesse, ele sempre tendia a exagerar.”

Começamos o livro com um evento acontecido em 85 na cidade de Hurricane, mas especificamente na Pizzaria Freddy Fazbear, e esse é o pontapé inicial do enredo. Neste ano um grupo de amigos de 7 anos se encontra na pizarria e Michael, um dos membros do grupo, foi sequestrado na frente de todos na Pizzaria Freddy Fazbear. Mas o misterioso foi que ninguém viu o criminoso. Daí temos um pulo no futuro com 10 anos passados e um reencontro de um grupo de amigos na mesma cidade. Eles vieram para lamentar por seu amigo e para resolver o peso do passado. Eles sabem que o seu amigo não foi a única criança desaparecida, e também sabem que o criminoso nunca foi apanhado. Charlie era a filha do dono da pizaria e esses acontecimentos além de terem destruído a empresa dele também levou a sua vida. O tempo passou e os crimes sem solução, sem corpos e sem esperança ainda são relembrados na cidade. Os amigos relembram o fato com suas convicções de 7 anos, o que nos demonstra um quê de fantasia e lembranças confusas de crianças. Quando um grupo de adolescentes se juntam todos sabemos o que acontece né? Merda. Os gênios decidem ir atrás da pizarria e visitarem o local que aterrorizou a infância deles. Mesmo tendo sido abandonada o local ainda se mantém inteiro e eles invadem o local onde encontram não só a pizzaria, mas também seus animatrônicos. Contudo o tempo não colaborou para a pizarria se tornar acolhedora, seus animatrônicos agora são assustadores com a tinta acabada, enferrujados e com partes faltando. Como era óbvio, ter ido a esse lugar desencadeia um monte de eventos sinistros e a vida deles corre perigo. Mas a dúvida é, quem está ameaçando eles?

” — O que está aprontando, Jason? — Lamar apareceu atrás dele de repente. Jason se virou e o observou por um momento, pensativo. Gostava de Lamar, ainda que ele pudesse estar sendo amigável apenas porque estava interessado em Marla. Lamar havia se abaixado para que ficasse cara a cara com Jason, que se inclinou para ele e sussurrou:
— Os desenhos estão se mexendo.”

Os personagens são bem interessantes, porém são um pouco rasos. Charlie é nossa protagonista e filha do dono da pizzaria Freddy Fazbear. Ela vai nos agraciando com suas lembranças aos poucos e vemos o quão perturbada foi a infância da jovem. Jessica é a bonita do grupo e não tem muito pra acrescentar. Carlton foi aquele que permaneceu na cidade e é o filho do xerife, eu adoro ele porque ele é da zueira sem limites. Doente mental? Sim, mas é um menino divertido. Marla é a menina sempre feliz, John era o rapaz que a protagonista gosta/va, Lamar é o inteligente e Jason é o meio irmão de Marla, ele foi obrigado e tem apenas 11 aninhos. Esse é o grupo que passa por todas as dificuldades do livro, mas ao mesmo tempo é o grupo que se dá bem por serem os protagonistas e não por merecimento verdadeiro. Se podemos dizer pontos fracos esse com certeza foi o que fez mais diferença pra mim. Sei que o livro é para um público mais jovem, porém eu queria que tivesse um conteúdo maior. Como o melhor do livro eu posso dizer que foram as descrições, eram bem precisas e davam medo na medida certa. Mas, tenho que considerar que eu já joguei os jogos e tinha uma noção do que esperar. No livro o clima de tensão é menor, porém ele ainda está ali e isso é muito bom. O jogo tinha seu brilho por ter tudobem planejado, mas acho que no livro algumas coisas foram menos trabalhadas. O viés profundamente psicológico não foi tão bem utilizado aqui, mas ainda foi bom.

“Havia mais alguém no depósito com ela, ajoelhado na altura dela. Era seu amigo, o menininho.
Meu irmãozinho.
Estavam os dois brincando e se escondendo juntos, como sempre faziam. Dessa vez foi diferente. O menininho olhou para a porta de repente, como se tivessem sido pegos fazendo algo que não deveriam. Charlie também ergueu o olhar. Havia uma figura à porta. Parecia que uma das fantasias estava de pé sozinha, mas estava imóvel, tão imóvel que Charlie não tinha certeza do que estava vendo.”

O que mais me encantou no livro foi ver as descrições do animatrônicos e as dicas de suas histórias, eu fiquei catando migalhas para ajudar a interpretar melhor este mundo de #FNAF. Além disso a diagramação tá maravilhosa, combina perfeitamente com a capa. O que dizer em resumo do livro? É um bom livro de terror para pessoas mais jovens, não é assustador do tipo quero morrer antes de virar a página, mas dá um medinho gostoso usando boas descrições e a imaginação do leitor. Deixa eu compartilhar um fato interessante sobre o nome do “Fazbear” acredita-se ser uma referência a Fozzie Bear dos Muppets, que recebeu seu nome em homenagem ao designer de efeitos especiais Faz Fazakas, o homem que criou o mecanismo que dá movimentação às orelhas dos animatrônicos.
Enfim, recomendo esse livro pra quem tá chegando no gênero ou quer uma leitura fácil e descompromissada. Mas de verdade indico pra quem jogou Five Nights at Freddy’s ou Sister Location, se você jogou algum desses você vai pirar com a história acontecendo. Agora é esperar ansiosa pelo próximo livro. Ei Intrínseca me dá o próximo por favor!

  • Este livro nos foi cedido pela editora Intrínseca, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

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  • Tubarão
  • Jantar Secreto
  • As Primeiras Quinze Vidas de Harry August
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• Postado por Angel Sakura
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em junho 3, 2017 às 11:13 pm
    autor: Fernanda

    Que medo desse livro!
    Apesar de gostar de livros de terror, e ter ficado curiosa, não sei se leria esse. Acho que perderia muitas noites de sono, rs
    Adorei sua resenha 🙂

    Responder
  2. postado em junho 4, 2017 às 12:36 pm
    autor: Marijleite

    Olá, ainda não conhecia o jogo. Pelos seus comentários sobre o livro e sobre o jogo, achei a premissa bem interessante. Leio poucos livros do gênero, mas mesmo com suas ressalvas, estou tentada a ler o livro pra descobrir o que mais acontece com a Charlie nessa pizaria com seres bizarros.

    Responder
  3. postado em junho 5, 2017 às 10:12 am
    autor: Débora Costa

    Deu um arrepio aqui esse enredo gente, como que faz? Eu não tenho coragem de pegar esse livro pra ler, confesso. Eu consigo ler até suspense, mas acho que esse livro é um pouco além do que eu tô disposta a me arriscar ficar sem dormir.

    Responder
  4. postado em junho 7, 2017 às 7:56 pm
    autor: Karine Fernandes

    EU nunca joguei, na verdade não sou ligada a isso, mas sua resenha, a minha amiga sempre está linda, adoro acompanhar sua opinião sobre cada leitura que faz. Mas uma coisa eu lhe digo: que gifs que me dão agonia. kkkk
    Adorei.

    Beijos

    Responder
  5. postado em junho 28, 2017 às 4:49 pm
    autor: Alexia Oliveira Macêdo

    Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas deve ser porque ele também não é meu estilo literário, nunca li nada relacionado com games e confesso que não me interessa muito, uma pena o livro não ter te agradado ainda mais, rs. Beijos

    Responder
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