Ser levada para uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.
A Ilha dos Dissidentes é um livro muito especial pra mim, talvez por este motivo eu tenha demorado tanto para resenhar ele. A autora, Bárbara, é uma amiga que eu realmente gosto e por saber o quanto ela valoriza o mundo literário eu tenho um apresso ainda maior pela sua criação. Ainda que eu esteja esperando ela terminar algumas coisinhas que ela escreveu ¬.¬
O fato é que A Ilha dos Dissidentes é um livro muito bom, com conteúdo e eu recomendo de verdade. Não vou pagar de hipócrita aqui e dizer que o livro é perfeito apenas porque somos amigas, mas para um primeiro livro é muito digno e digo isso como leitora.
Além disso quero dizer que: eu realmente gosto de distopias. Perdi as contas de quantos livros desse estilo já li, e agradeço que eles estejam na moda. A coisa boa das tramas distópicas é que todas são diferentes em algum ponto, em A Ilha Dos Dissidentes nós temos mutações genéticas. Super poderes? Estou dentro. Eu gostei muito de AIDD e acima de tudo eu estava viciada do início ao fim.
“Às vezes, a diferença entre a vida e a morte são alguns segundos. Segundos preciosos que as pessoas perdem ao ficarem surpresas ou temerosas.”
Nossa personagem principal é a Sybil Varuna, uma orfã da região central da guerra, para conseguir mais um tempo de vida ela consegue se tornar uma refugiada da União.
Ela se tornaria mão de obra, porém não correria o risco iminente de uma morte precoce na zona de guerra onde vivia. Dos males com certeza o menor e ela se sentia tão sortuda quanto um ganhador da mega sena no nosso mundo estaria.
Mas como todos nós sabemos, autores adoram fazer seus personagens sofrer, e a pobre da Sybil se dá mal novamente. O navio dela afunda. E, enquanto todos morriam, Sybil resistiu e, para a nossa alegria, sobreviveu. É claro que isso por si só era prova suficiente de algo que nós já sabíamos, ela era especial. Nesse caso o especial é ser uma anômala.
Anômalos são humanos que sofreram mutações genéticas, e isso fez com que eles ganhassem habilidades sobre-humanas inacreditáveis, eu sei que todos pensaram em X-Men aqui
“Não desvio o olhar. Em Kali, aprendemos desde pequenos que pessoas com poder – militares, políticos, ricos – gostam de intimidar. Se eu piscar uma vez, ele achará que pode me dominar. Não sustentar seu olhar seria dar permissão para que o abuso continue.”
Depois de passar por diversos testes,
cof cobaia, em uma instalação do governo da União, Sybil ganha o direito de ter uma nova vida em Pandora (que é uma cidade de Anômalos), ela vai ser adotada e treinará para descobrir sobre suas habilidades.
E então Sybil entra num mundo maravilhoso e desconhecido, quase um sonho. Ela é acolhida por uma família que a aceita de verdade, passar fome se torna uma lembrança distante e ela faz novos amigos em sua escola. Sybil está segura e feliz. Definitivamente é uma vida de sonhos na perfeita cidade de Pandora.
A questão é que nem tudo é como parece, e no colégio quando nossa protagonista é selecionada para a turma de Técnicas Especiais tudo começa a mudar. Sybil vai descobrir o preço por essa vida que ela possui agora e nós teremos que descobrir o que ela está disposta a fazer para manter essa sua pequena parcela de felicidade. O que você estaria disposto a fazer? O que Sybil estará disposta a fazer? Me perguntava isso várias vezes enquanto lia.
“A impressão que elas têm de você não é a verdade. Não é o respeito delas que vai fazer você melhor ou pior! O que os outros acham de você não a define, e sim como você se vê, a forma como pensa de si mesma.”
O livro trata de temas interessantes, como por exemplo, a segregação social, adoro histórias que focam na separação do povo.
A não aceitação de convívio é algo tão distante e ao mesmo tempo tão próximo na nossa realidade. Eu gosto de histórias que me fazem pensar, tipo a saga feios. No fim o que todos querem é ser incluídos, mas será que para isso as pessoas não se sentem mal em excluir? Enfim, o que são os anômalos nessa sociedade? Você tem que ler os livros para saber e, principalmente, para ver de que lado você ficaria.
Sobre o ponto negativo posso dizer que em certos momentos detalhes importantes deixaram de ser narrados da forma que eu queria, teve um foco muito grande no ato principal, mas os arredores não foi tão bem retratado. Eu gostaria de ter visto alguns personagens de forma mais aprofundada, porém tenho que me lembrar que é o primeiro livro e isso poderá acontecer no futuro. Algumas coisas são fáceis de se prever, mas isso não tira o brilho do livro. Pelo contrário, ainda é bem escrito e emocionante.
“São três regras muito simples: você não diz para ninguém o que se passa por aqui. Você não faz alarde que é parte dessa turma. E você sempre respeita os outros membros. Se você descumpri-las, sua vida vai virar um inferno, certo?”
Sobre o final… Ah aquele final aberto com todas as possibilidades na nossa frente.
Quando eu terminei o livro a primeira coisa que pensei foi, “Sacanagem parar aqui Bell!!!!”. A questão é que TUDO PODE ACONTECER e isso é o máximo. Eu espero que muitas coisas sejam revolvidas, já tenho meu personagem preferido para odiar, apesar de que sinto que posso estar errada nisso. O importante é que a Sybil já cresceu neste livro e espero que ela cresça mais, porém o que realmente quero é que ela seja feliz. Parabéns para a Bell por criar uma personagem carismático e que, nós leitores, nos importamos. AIDD é um mundo distópico impressionante criado de uma maneira que faz com que você entre de cabeça na história. Preciso dizer que já amo muito?
“Eu acho que, na verdade, ninguém nunca está a salvo. “
Em suma, é um livro que, apesar de ser introdutório neste novo mundo, tem muita ação, também tem seus personagens românticos e muito bem feitos na história, e um dos pontos que mais gostei foi o fato do amor não ser retratado apenas no sentido romântico, um amor no eixo familiar, entre amigos também é importante e nós vemos isso aqui, estava viciada neste livros desde a primeira página e preciso dizer que estou desesperada aqui pela continuação?
Estarei no lançamento do segundo livro na Bienal em Sampa com certeza!
A Ilha dos Dissidentes é um livro que desencadeia emoções, te fará rir, ficar com raiva, nervosa, você vai torcer pelos personagens e, embora haja, por vezes, algumas cenas pesadas, na maioria do tempo é um livro bem agradável. Porém pelo que fiquei sabendo o segundo livro não será tão gentil assim. Já estou sofrendo por antecedência. #euvistoamarelo
Ahhh, eu também AMO distopias! E dou crédito extra a todo e qualquer post que cite a saga Feios ♥
Eu já estava mega louca de vontade de ler o livro e ela só aumentou agora. A temática é super a minha cara – também sou da turma que curte superpoderes.
O negócio é que eu, milagrosamente, estou conseguindo não comprar livros esse ano e estou lendo tudo que eu tenho empacado por aqui. Mas, quem sabe, assim, a gente dá uma indireta pra receber de presente. porque claro que presente não conta.
anyway, invejinha master aqui de não poder curtir o livro também ;(
Quem sabe no futuro.
Beijitos
Toca aqui pra defender a saga Feios pra sempre o/
Leia o livro da Bell é realmente bom. Olha quando tiver uma promo ou um preço bom eu te aviso gabi =D
Parece interessante, temas interessantes. Vou esperar o segundo pra ver se vale a pena investir.
o segundo sai na bienal, o nme vai ser a ameaça invisível. ^^
ah! eu amo este livro, totalmente apaixonante! estou doido para que saía logo “A AMEAÇA INVISÍVEL ” o segundo livro da série, que está prometendo, por favor leiam, por que vale a pena, vamos investir nos nossos escritores porque eles também tem talento, não só os americano!
Siiiim, concordo com tudo que vc disse!
Acho fantásticos escritoras brasileiras que fazem livros assim, estamos precisando tanto!
Entrou pra lista =]
<3 vamos comentar sobre ele depois nathy!!!
Distopia é meu nome do meio =D Amei esse livro!!! É tão bom saber que os brasileiros estão conseguindo se sobressair no ramo editorial *-*
eu amo amo amo amo amo amo amo amo distopias tb rs.
E vamos juntas falar do livro rs!