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13 maio 2013

Insurgente – Divergente #2 – Veronica Roth

comentando sobre Livros Resenhas Resenhas de Livros Tagsdistopia, Divergente, Editora Rocco, Veronica Roth

Autor(a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Nº de Páginas: 509

CURTI

    • Segundo livro da trilogia divergentes protagonizada por Beatrice Prior, ou como chamada atualmente Tris.
      Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

É complicado falar de livros que gostamos, é como falar de uma pessoa que amamos, nunca é o suficiente, fica sempre parecendo faltar alguma coisa, que não está completo… Estou me sentindo assim com esse livro. Gostei tanto dele em pontos tão diferentes que não sei se vou conseguir abordar tudo de uma forma satisfatória. Vou começar dizendo que a continuação fez por merecer o bom nível do primeiro livro e tivemos muitas reviravoltas, e reviravoltas das reviravoltas, na trama. A história é desenvolvida todo o tempo e o final, ah esse foi muito admirável. Eu pensei se eu estivesse naquele lugar, se eu também descobrisse aquilo e o que eu faria? Me fazer pensar na natureza humana e me propor uma escolha, é um mérito enorme pra autora.

“Decido guardar a camisa, para me lembrar do motivo original que me levou a escolher a Audácia: não foi por eles serem perfeitos, mas porque estão vivos. Porque são livres.”

Após toda a reviravolta do primeiro livro Tris tem muitas escolhas para fazer, decisões a tomar. Ela terá que cuidar de si mesma, do que sobrou da sua família e das pessoas que estão com ela, além disso, tem que conviver com as decisões que tomou no final do livro anterior. Como ela vai poder viver com o peso das suas ações? Como viver com a culpa por Will, sua mãe, seu pai? Não existe opção, Tris tem que ser forte e seguir em frente. Só que ainda assim ela está em choque, e eu a respeitei por isso, por sentir, por ser humana.
Quatro neste livro parece outra pessoa, na maioria do livro eu quero bater nele por ser quem ele é, na outra metade eu quero parabenizá-lo pela sua conduta. Não sei se gosto dele, realmente é um personagem que eu não defini meu apoio, pra mim ele é só um condutor conveniente da história. Cruel, né? Talvez eu esteja pensando em escolhas, eu escolheria a Tris sem sombra de dúvida. Porém devo dizer que gostei da nova perspectiva de iguais entre ele e a Tris, só que ele não entendeu que a Tris precisava de um apoio maior devido os fatos acontecidos. O romance me convenceu um pouco mais e foi delicioso de se acompanhar porque não foi irreal e muito meloso (o que não combina nem com os personagens nem com a realidade do momento).

“A crueldade não faz uma pessoa ruim, da mesma forma que a coragem não faz uma pessoa boa.”

Neste livro quem cresce é o Caleb e o Peter, eles aparecem como os destaques fundamentais da história. E eu posso/devo dizer que a natureza humana me choca. Entre esses dois é gritante a famosa ação e reação que decorrem das escolhas feitas e demonstram claramente o que uma pessoa é capaz de fazer. A escolha de uma pessoa muda tudo, e esse livro é feito de escolhas, por isso me encantei tanto. Cada pessoa teve um papel importante, foi o somatório de pequenas escolhas, atos, decisões, que fizeram a história ser o que é e ter chegado aonde chegou. Eu adoro isso, adoro quando vocês ente que a história está acontecendo enquanto você está lendo, como se você estivesse ali, participando e vendo os resultados.

“Às vezes”, diz ele, deslizando o braço sobre os meus ombros, “as pessoas só querem ser feliz, mesmo que isso não seja real.”

Gostaria de ter tido a possibilidade de ler em alguns trechos o ponto de vista de Quatro (algumas vezes não entendia o porquê de suas decisões que não tinham nada a ver com a sua personalidade), da motivação de Caleb, Christina e especialmente de Peter. Podemos acompanhar neste livro o crescimento dos personagens e isso foi muito bom de ver, todos tiveram que se adequar nesta nova realidade, porém me irrita de forma sem tamanho as omissões de coisas importante ou bobas, das mentiras que os personagens contam uns pros outros sem necessidade e mimis. Esse quadro especialmente entre a Tris e o Quatro, porque não podiam ser claros um com o outro? Isso foi meio irritante e atrapalhou a história um pouco para mim. Especialmente com a gravidade da situação e com a morte sempre à espreita por uma chance de levar mais uma boa pessoa com ela. Sim, neste livro muitos morrem, afinal é uma guerra.

“Como um animal selvagem, a verdade é poderosa demais para ser mantida aprisionada.”

Por essas e outras que devo dizer, estou ansiosa pelo final desta série.

Minha teoria e opinião sobre o final aqui embaixo com spoiler – só continue se tiver lido o livro! Envolve a minha teoria e opiniões <3, por sua conta e risco
Sei que tiveram muitas dicas no decorrer do livro sobre o que havia acontecido e foi claro que existia “alguma coisa” fora dos portões. Só que eu não esperava que fossem os próprios seres humanos. Então, o que eu entendi é que os seres humanos chegaram num ponto onde a autodestruição era inevitável, onde não existia mais a compaixão humana e a vida não valia nada. Se algo não vale nada porque não destruir? E matar não significava mais nada, por isso a descrição da mulher matando o cara é tão fria e sem emoção. Eles guardaram as pessoas para que elas pudessem descobrir uma forma de considerar mais umas as outras, ver que as outras pessoas também são importantes. Presumo que criaram o sistema de facção para que as pessoas vissem que havia semelhantes e valorar seus iguais e respeitar os outros porque todos trabalham juntos para formar um todo. Eu fiz um link com o Nazismo, Hitler pregava que a raça dele era a única importante que as outras deviam morrer. Eles matavam judeus e faziam testes com eles, não os considerando como seres humanos, eu penso que o vídeo mostrado seja algo nesta linha. Imagine ver este vídeo e descobrir que TODOS os seres humanos estão de acordo com esse pensamento e agindo assim. Eu me sentiria nojenta, triste e sem chão. É por isso que é chocante, e olha que isso é na nossa realidade que já existe violência, imagine isso na realidade deles que não existiam essas coisas até pouco tempo atrás.
Acho que a questão aqui é sobre salvar o mundo, salvar a vida humana, salvar os valores humanos que são pregados pelas facções: a Abnegação, a Amizade, a Audácia, a Franqueza e a Erudição. Agora como isso vai acontecer, como o mundo lá fora está e o reflexo de tudo isso na sociedade atual é o que vamos ver no próximo livro. E eu estou ansiosa por isso

“As pessoas, eu descobri, são camadas e camadas de segredos. Você pode acreditar que as conhece, que as entende, mas seus motivos sempre estarão invisíveis para você, enterrados em seus corações. Você nunca as conhecerá de verdade, mas de vez em quando você decide confiar nelas.”

Você poderá gostar de ler essas resenhas também:

  • divergente
  • Sob o Céu do Nunca
  • Jogador no 1
  • Brilhantes
  • Playlist




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• Postado por Angel Sakura
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em maio 14, 2013 às 12:22 pm
    autor: Mia

    Nossa, que profunda a sua teoria. Esse video que tem o link, chorei vendo. Os seres humanos são assustadores. Obrigada pela resenha

    Responder
    • postado em agosto 5, 2013 às 5:51 pm
      autor: Angel Sakura

      ?Obrigada vc por ler!^^
      E sim dá medinho nê?!

      Responder
  2. postado em maio 16, 2013 às 4:48 pm
    autor: Barb

    Nossa, depois de ler a sua resenha estou vendo o livro com uma nova perspectiva. Seria essa o futuro/solução para a nossa sociedade? Fazendo a comparação com o nazismo e a realidade atual é bem chocante. Obrigada pelo excelente trabalho

    Responder
    • postado em agosto 5, 2013 às 5:52 pm
      autor: Angel Sakura

      Eu pensei nesse sentido, pq veja esse n~]ao pode ser um futuro próximo? Linkando com o ser humano quando ele perder a humanidade oq restará?!

      Responder
  3. postado em outubro 1, 2013 às 8:21 am
    autor: Vitor

    sério, ver a opinião dos outros é muito interessante. Para mim eu acreditava que eles apenas estavam ali protegendo o que restou da humanidade não pensei que pudesse ainda existir a humanidade, oq vc disse faz todo o sentido

    Responder
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