Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou, pelo menos, algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas estão em Melodia Mortal, estreia na ficção adulta de um dos maiores autores para o público juvenil do país. Escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Carlos Levi, o livro examina, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica. E quem conduz a investigação é ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o dr John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada. Talvez não seja possível, tanto tempo depois, elucidar a causa dessas mortes que a medicina da época não foi capaz de precisar, mas a diversão é garantida neste romance cheio de teorias científicas e enigmas que formam um intrincado quebra-cabeça, na tradição da melhor literatura policial.
Imagine que Sherlock Holmes e Watson realmente existiram, e que além disso, tudo o que viveram nos livros foi real, adicionando que eles também investigaram a morte de grandes compositores de música clássica. E que nos dias atuais um grupo de médicos estudem estes casos para entender o que realmente aconteceu… essa é a premissa deste livro. Confesso que curti a ideia no geral, o que desagradou mesmo foi como o Sherlock Holmes foi descrito, sua personalidade e os casos em si não foram tão interessantes de se acompanhar. Eu queria amar, mas não rolou.
“Sherlock Holmes! Ao registrar suas aventuras em vários livros e torná-lo mundialmente famoso, sei que houve quem me acusasse de parcialidade, de exagerar seus feitos por narrá-los através de um óculo que superampliaria as características da personagem. Mas posso garantir que essas suspeitas passam longe da realidade. Sempre tive o cuidado de ater-me ao frio relato dos fatos, pois, como afirma o próprio Holmes, os fatos são superiores aos sonhos.”
Este livro narra como seria se Sherlock e Watson estivessem envolvidos na resolução de alguns casos de famosos compositores. Tanto no presente deles como para mortes bem mais antigas. Temos dois pontos de vista, Watson narrando os acontecimentos junto com Sherlock e os médicos que estão nos dias atuais analisando as conclusões de Watson e Sherlock, cientificamente com a medicina atual. Temos desde a morte de Mozart até a de Beethoven, especulações sobre o que realmente teria acontecido tanto da parte de Sherlock e Watson e nos dias atuais com os médicos reunidos e a tecnologia disposta.
Os poucos casos do livro são resolvidos rapidamente e a narração de Watson passa a impressão de um Sherlock um tanto quanto insuportável de se conviver e extremamente convencido.
“A neve caía com rigor, branqueando Londres como raramente ocorria em outros janeiros, e o proprietário da casa, que recebia os médicos fanáticos pelas aventuras de Sherlock Holmes, azafamava-se para organizar tantos sobretudos, chapéus, casacos e cachecóis nos cabides do saguão.”
Vou direto falando que este é um livro curto menos de 300 pg é curto sim hehehe… que levei SEMANAS pra terminar. A leitura simplesmente não fluiu para mim. E sim eu adoro um bom livro de detetive, e talvez este tenha sido o maior problema para mim, porque se tratando necessariamente de um livro de detetive este deixa muito a desejar, especialmente quando é com um dos personagens que mais admiro. Então eu pensei que talvez o autor quisesse fazer uma sátira de Sherlock… o que não ficou bom, se é que esse era o propósito. Falo agora da parte que menos gostei… isso mesmo, Sherlock. Porque o personagem desse livro era qualquer um, menos ele. Não gostei da personalidade que ele deu pro personagem, por mais que Sherlock seja arrogante o deste livro estava insuportável. Sem contar que Watson não o trata com o desdém todo que o tratou aqui.
Ainda assim o conceito, e a ideia de se analisar mortes extremamente antigas foi um diferencial para mim. Gostei muito do grupo dos médicos, e amei a ideia de eles analisarem manuscritos de Sherlock e Watson, que no caso existiram assim como os compositores em questão.
“– Holmes, sinto muito, mas… Holmes! O caso é que… é que diretamente envolve… envolve quem não poderia ser envolvido!”
Sobre o livro físico… ele é lindo de morrer ♥. Amei a capa a diagramação está incrível, e ganhei um bloco de notas maravilhoso sou a louca dos blocos de notas hehehehe.
Enfim, apesar de não ter me agradado tanto acho que se você nunca leu nada de Sherlock Holmes, e não tem tantos parâmetros de como o personagem é nos livros, talvez as coisas que citei não incomodem tanto na leitura. E mesmo citando muitos pontos negativos ainda assim achei a ideia bem original, dos médicos analisarem os manuscritos de Watson e tal. Até porque, afinal, quem não gostaria de tentar desvendar mortes antigas com livros do melhor detetive, que neste caso, existiu?
Nossa… Também já li algumas histórias do Sherlock, e acredito que também me sentiria bastante incomodada com essa mudança de personalidade. A ideia do livro parece ser bastante interessante, mas isso realmente parece ter sido um ponto negativo para o livro.
Um beijo, Pri
Por Amor aos Livros
Oii. Eu já tinha lido uma resenha sobre esse livro e lá também estava escrito que é um Sherlock diferente de quem nós conhecemos.
Eu assisti a série e li o primeiro livro dele e sou apaixonadíssima, acho que eu não gostaria desse livro porque, apesar do Sherlock ser irritante, não chega a ser insuportável. E também tem as outras características dele que acho que só o autor sabe descrever.
Também gostei da ideia do Sherlock investigando sobre essas mortes, eu assisto autópsia de famosos e já cheguei a pensar na possibilidade do Sherlock estar fazendo esse trabalho rs.
Amei a resenha, ótima <3
Olá!
Eu te entendo quando você diz que um livro demora pra acontecer. Isso tem acontecido muito comigo e é terrível. Eu nunca li nada desse autor e, apesar de gostar dos personagens, não fiquei muito interessada em fazer essa leitura.
Acho que esse livro não é pra mim rs.
Beijos
Oiie
Eu adorei a premissa, fiquei bem interessada. Também adoro livros com detetives, pena que não fluiu a leitura contigo, isso é muito ruim né? Mesmo assim, vou dar uma chance pra ele qualquer dia. Espero gostar. Adorei a resenha.
Bjos, Bya!
Que pena que a leitura não foi tudo o que você esperava. Eu adoro o Sherlock, e tudo que cai na minha mão dele eu leio. Estou louca por este livro, que além de ser do detetive, ainda é do Pedro Bandeira. Espero gostar mais do que você apesar do seu alerta.
Bjs, Rose
Olá, não conhecia a obra e fiquei bastante curiosa, pois adoro o gênero.
Abraços
Não conhecia o autor, não fiquei tão curiosa com o livro, mas pode ser que algum dia dê uma chance. ❤
Uma pena que você não gostou tanto.
Amei o post. Beijos ❤
Oiii.
Adoro livros nesse clima da romance policial e detetivesco. Todos os livros que li do autor foram ótimo, acredito que esse também seja.