Uma trama de mentiras, segredos e desejo. Esse é o cenário que leva a adolescente Zoe a buscar uma amizade por correspondência com Stuart Harris, um prisioneiro condenado à morte. Por meio das cartas enviadas ao criminoso, Zoe narra seu dia a dia, seus envolvimentos românticos e os desencontros que a levaram a uma noite trágica, sobre a qual não ousa comentar com mais ninguém.
Através do ponto de vista de Zoe, que traduz sua realidade por meio de um olhar adolescente, a família da garota ganha vida. Com o casamento abalado, os pais da adolescente tentam manter-se unidos apesar dos atritos. Um segredo bem guardado é o pivô de muitas discussões entre eles, e as brigas constantes dos pais afetam a relação de Zoe com as duas irmãs mais novas.
A confusão familiar é o estopim para que Zoe comece também a ter uma vida cheia de segredos, culminando no seu envolvimento em um triângulo amoroso com consequências devastadoras na vida dela. Engolida por uma avalanche de emoções, a personagem se afunda cada vez mais na teia de mentiras, ilusões e fantasias que ela mesma criou.
Hey, Coroquitos! Cêis taum beim?
Deixa eu tomar cuidado com o português que a galera anda perigosa com os preconceito tudo, han?
Hoje eu vim aqui criar polêmica! Sim! Bom, não pra mim, que procuro respeitar o gosto alheio, mas sabe como é, sempre tem aquele fã maluco que não gosta de ver a obra que tanto ama não ganhar mil estrelas de outras pessoas.
Enfim, em toda resenha que li, esse livro só tem boas críticas. E, sinceramente, acho todas perfeitas. Afinal, cada um tem sua parcela de sensibilidade com uma história. Eu mesma altivo pra caramba histórias que muitos de vocês devem pensar: “Bah, que livro fraquinho pra ter cinco estrelas”. Essa é a graça de cada um ler e tirar suas próprias conclusões, além de debater sobre o livro e tals.
Nuvens de Ketchup foi perfeito até o fim, pelo menos na minha concepção. Mas me faltou algo que até agora não sei dizer o que é. O enredo é bem original e convidativo. Os personagens são adolescentes que não me irritaram muito – Zoe me irritou um pouco, mas foi compreensivo. Ainda assim, senti falta de alguma coisa.
Alguns dirão que senti falta de ter um coração no peito. xD~
“Está frio à beça e minha mãe me mataria se soubesse que saí da cama, mas é um bom lugar para escrever esta carta, escondida atrás de algumas árvores. Não me pergunte de que tipo são, mas elas têm folhas grandes que farfalham com a brisa. Shhhhhuishhh. Na verdade, o barulho não se parece nada com isso.”
Vamos começar do início, obviamente.
O que me chamou atenção nessa história foi, em princípio, o fato de que vi muita gente dizendo que chorou com ela. Eu adoro livros dramáticos. Essa é uma realidade. E eu sei bem que o que me faz chorar nem sempre o que é faz chorar 99% do mundo. Mas… lá fui eu ler o livro. Outra coisa que me conquistou é a trama bem diferente, pelo menos pra mim, de um mistério que é contado aos poucos através de cartas direcionadas à um presidiário.
Esse cara está no corredor da morte, aguardando seu fim.
Corocos, isso é muito legal. (não a morte do cara… o enredo… D:)
Zoe é a adolescente perturbada que está escrevendo as cartas para esse cara. Ela o escolheu aleatoriamente, através de um site na internet, por um motivo meio misterioso. Ela tinha um segredo que não podia ser dito a ninguém. Porém ela precisava desabafar. Sabendo que esse presidiário está para morrer, eis um bom ouvinte para contar sua história, não é?
Embora o leitor saiba que são cartas, datadas e tal, de Zoe para o presidiário (Sr. Harris), o livro é narrado de uma forma comum, em prosa. Zoe é uma personagem bem atípica até. Eu esperava uma garota chata, que segue os padrões da idade e do que se espera de “ser adolescente”. Porém ela tomou diversas atitudes das quais me orgulhei, mesmo sendo estúpidas algumas vezes.
Aliás, preciso comentar aqui, teve uma certa situação humilhante que ocorreu com a Zoe e eu já esperava uma certa reação, um drama. E, digo, acharia bem normal se acontecesse, afinal, não era pouca coisa. Só que a Zoe me surpreendeu tomando as rédeas da situação de maneira corajosa. Por essas e outras que algumas das cagadas da personagem passaram batido por mim. Ela foi muito bem caracterizada, na minha opinião.
“Contar para o senhor é muito mais seguro. E o senhor meio que me faz lembrar o Harry Potter, para ser honesta.“
A trama, assim como a maioria que trata de adolescência, contém diversos temas comuns: como problemas em família, falta de dinheiro, amigos festeiros, namoros, bebida, pressão dos pais para se preparar para o futuro. Falar da história assim parece um tanto superficial, pois todo o enredo foi realmente bem descrito. Para vocês terem uma noção, em poucas páginas (esse livro é fino), podemos ter uma ótima visão de todos os personagens. Da personalidade de cada um deles. Desde o avô enfermo, preso em uma cama, até a irmã mais nova de Zoe, que é surda.
Zoe nos conta de maneira divertida a cerca de tudo a sua volta, num mix de presente e passado, até chegar ao fatídico dia em que vai contar ao Sr. Harris o que de tão horrível ela fez.
Notamos que, apesar de Zoe ser bem calma, ela é uma adolescente que quer curtir a vida como qualquer outro de sua idade. Sua mãe é controladora, tem medo de deixá-la ir à festas. Mas Zoe sempre dá um jeito. E em uma dessas festas ela se encanta por um rapaz, que também demonstra interesse por ela. No entanto, acontecimentos fazem com que eles se separem após poucos minutos de papo e ela não o encontra mais. Nessa mesma festa, Zoe é paquerada por nada menos que um dos garotos mais populares e bonitos da escola. Assim como muitos adolescentes (vocês sabem que é verdade XD), ela acaba não perdendo a chance. Afinal, o cara por quem ela suspirou sumiu e o popular está dando em cima dela. O que ela perderia em ficar com ele?
Esse tal garoto é Max Morgan, o babaca bonitão da história. Que tem em todo livro teen. Bem, vocês já devem conhecer o tipinho. Assim como os outros personagens, ele também foi bem construído. E quando digo que os personagens foram bem feitos nesse livro, é bem o que eu acho. São pouquíssimas páginas, ou seja, em poucas palavras a autora conseguiu caracterizar cada um desses personagens. Bastando algumas ações, palavras, gestos.
“Ah, eu não sou a idiota aqui. Você é. Pensou que poderia jogar um charme e se livrar como se eu fosse uma garota boba que se encanta com uma piscadela do Maravilhoso Max Morgan. Por favor, né?“
Embora Max seja aquele típico otário, ele ainda assim demonstra carregar um fardo mental. Algo que o atormenta e ele tenta afogar da maneira que pode. De início, aquele “affair” com Zoe foi só besteira, uma garota que ele ficou e pronto. Mas ele acaba vendo nela alguém que poderia ser mais especial. Até que surge, novamente, aquele garoto misterioso com quem Zoe teve um papo de 10 minutos e tudo começa a zoar geral.
Não posso falar mais do que isso, afinal, o livro é para ser um mistério que vamos degustando aos poucos através das cartas de Zoe para o Sr. Harris. Aliás, o senso de humor e as descrições dela são muito boas. A forma com que ela se expressa para o Sr. Harris, um mero desconhecido, é fantástica. É tão concreta que nos faz gostar desse ser desconhecido, esse presidiário que vai morrer em breve. Eu tive a sensação de que, como a Zoe, eu criei um vínculo com outro ser humano desconhecido. Muito parecido com o que acontece conosco com pessoas na internet. Meros desconhecidos que muitas vezes nos ouvem e nos entendem, mas podem ser só mais um psicopata.
O Sr. Harris não tem palavra nesse livro. Isso não é um spoiler. Eu nem sei, na realidade, se os presidiários podem se corresponder. Os do corredor da morte, digo. O fato de não ter nada mais do Sr. Harris me deixou um pouco chateada. Em todo esse livro, o presidiário é o personagem que eu mais me afeiçoei. Chegando ao nível de rezar pela sua salvação. Mesmo ele sendo um assassino.
E acho que essa é a grande sacada da autora e de toda essa trama. Nos pegar pelo lado da curiosidade, nos puxar para um reconhecimento do lado mais humano de um ser.
Talvez eu tivesse gostado mais desse livro se o Sr. Harris tivesse dito algo. Talvez seja estranho eu gostar tanto de um assassino maluco que nem sequer tem falas no livro, mas creio que esse é o ponto dessa história. A forma com que colocam esse personagem nos faz pensar nele como um ser que pecou, está recebendo o que merece e, ainda assim, podemos sentir afeição pelo mesmo (lógico, eu aqui, que não tenho nada a ver com ele e tals. Afinal, ele não assassinou ninguém que eu conheça – ele nem existe XD).
Particularmente, e não estou querendo diminuir os problemas e traumas de ninguém, eu achei o desfecho e todo o ocorrido um tanto superestimados. Acho que eu criei muita expectativa, na realidade.
Quer dizer, o tal do mistério não é ruim. É de se emocionar, até. Mas ainda assim, não me fisgou. Eu fiquei com a mesma sensação de enganação quando li o livro Mentirosos. Não me taquem pedras, mas não achei Mentirosos um livro arrebatador. Achei bonito. Previsível, mas bonito.
“Às vezes, há bons motivos para se fazer coisas más. Pergunte para Guy Fawkes.“
Nuvens de Ketchup não me conquistou nesse mesmo sentido. Algo murchou em mim quando fui chegando ao fim. Eu não sei, acho que enquanto lia, fui criando milhões de motivos interessantes e reviravoltas malucas, então, quando chegou o fatídico motivo de tudo, achei muito MEH.
Sem contar o final que, sim, eu compreendi. Achei bonito. E ainda assim achei forçado. Parecia que eu estava vendo um filme dos livros de Nicholas Sparks, onde você sabe que aquela cena foi colocada ali pra você chorar.
Enfim, essa é a minha opinião sobre essa história. Como disse antes, tudo o que achei sobre esse livro foram boas resenhas e a minha é boa também, se acalmem. Só não achei tudo isso que todos acharam. Meu coração ainda dispara pelo Sr. Harris (eu não estou apaixonada por ele, só achei que ele era o melhor personagem, pelo mistério) e sinto que ele foi só uma ferramenta nessa história (acho que era a intenção também).
Espero que a autora faça um spinoff sobre ele.
Mil beijos!
Já li um livro com um personagem como o Sr. Harris!
Curioso como figuras assim conseguem o carinho do leitor, em parte porque nos identificamos como ouvintes da história, em parte pelo próprio mistério e curiosidade sobre eles.
Olá!
Puxa, vida! Que pena o livro foi gradativamente decepcionando.
Só li coisas boas a respeito desta obra até agora.
Espero que a leitura flua pra mim. Pois estou ansiosa para ler.
Beijinhos…
http://estantedalullys.blogspot.com.br/
Oiii Nana, tudo bem?
Infelizmente a obra resenhada dessa vez não despertou muito meu interesse, mas sua resenha está incrível <3
Beijinhos
Já tinha visto falar do livro, mas não sabia do que se tratava. E olha, eu fiquei bem surpresa com o enredo. Adorei sua honestidade durante a resenha e apesar dos pontos negativos – que tenho certeza de que vão ser os mesmos entre nós – quero ler pra descobrir mais da história. Fiquei triste com o fato de que o presidiário não tem voz :/
http://www.belapsicose.com
Oie, tudo bem? Adorei a resenha e achei muito legal da sua parte expor tão bem sua opinião e ser sincera quanto à classificação. Tem gente que precisa entender que nem sempre todo mundo vai amar aquele livro igual a ela. Não é só pq X livro está na hype ou é considerado clássico que todo mundo tem que amar ué, cada um tem uma opinião e ponto.
Oi Nanalees, sua linda, tudo bem?
Concordo muito com você, cada livro atinge uma pessoa de forma diferente, depende de tantos fatores. Por isso acho que devemos arriscar, às vezes podemos nos surpreender. Uma pena que o livro acabou não sendo tudo o que esperava. Confesso que não o conhecia. Mas darei uma chance a ele, vou anotar a dica.
beijinhos.
cila.
http://euinsisto.com.br/nuvens-de-ketchup-annabel-pitcher/
Eu acho a premissa do livro muito boa e original, já li sobre ele, bem também, o que só aumentou minha vontade de lê-lo!
Oi, tudo bem?
Eu também sempre vejo críticas muito positivas sobre esse livro, mas nunca li.
O seu ponto de vista e super válido na minha opinião e eu lerei o livro em breve para ter o meu ponto de vista. Espero gostar, é claro, mas já vou sabendo que também tem seu lado negativo.
Olá, tudo bem?
Como sempre encontro por aqui ótimas resenhas. Embora o livro não tenha me despertado interesse, a resenha ficou maravilhosa. Tanto na escrita quanto na sinceridade 🙂
Parabéns!
Gostei do livro, e mesmo tendo visto os pontos que você destacou acho que vou dar uma chance. A resenha ficou ótima, e você está certíssima em dizer se gostou ou não do livro (mesmo ele sendo o queridinho de muitos). Beijooos
Oi Nana.
Adorei a resenha, bem sincera.
Eu achei a história interessante e o misterio me deixou ansiosa. Mas se eu for ler vou sem muita expectativa, as vezes não me decepciono muito. hehehe
Beijos
http://aventurandosenoslivros.blogspot.com.br/
oi ^^
se tem uma coisa que me brocha é final forçado. a gente vai criando tanta expectativa porque é tanta coisa acontecendo na leitura e quando você vê o autor escreve algo tão forçado que a gente dá aquela morrida aos poucos.
gostei do título do livro, mas a premissa não me interessou nenhum pouco. por isso não leria.
Oiii
Quero muito ler esse livro. Também só li resenhas positivas sobre ele, o que despertou meu interesse.
Achei muito bem desenvolvida sua resenha. Bem realista e centrada em aspectos importantes. Me deixou mais curiosa.
Bjus