Seria possível transformar um feto humano em gestação num monstro?
Aqui foi possível, natural e triste, mesmo que nas mãos de um cientista louco.
Oi, para os meus Coroquinhos!
Essa resenha é polêmica, hein? Livro nacional e antigo! Ninguém achará facilmente. Mas coroca que é coroca faz questão de ler mesmo que em pdf baixado da net, pois esse livro é divino e… espantoso. Cassandra Rios, te dedico!
“As bocas se uniam num beijo arrebatado. O silêncio entrecortado por exclamações intraduzíveis, a penumbra, a lua brilhando longe, o cheiro característico daquela mulher, intoxicava-o. Compreendiam-se os dois e o carinho que trocavam jamais poderia ser explicado com palavras exatas.”
Começo dizendo que a capa colocada nessa resenha não é a mesma do livro que tenho em casa. Então, eu meio que fiz uma misturéba. Me perdoem, mas é para ter o máximo de informações. Então, os dados são do livro que tenho e a capa exposta é de outra edição. É bem difícil encontrar qualquer coisa desse livro, nem sinopse eu encontrei. No meu livro tem um texto meio estranho, então retirei só duas partes e coloquei na sinopse ao lado dos dados do livro. Não se assustem, o livro não é tão amedrontador. E a escrita não é tão difícil. Eu o li com 11 anos, então… por favor, né?
Como não há uma sinopse, vou fazer o possível para falar sobre o livro sem muitos spoilers (não que vocês encontrem pra ler. E sim… estou me gabando de ter uma relíquia ótima em casa, mesmo que se pareça com um leque, de tão velho que está o livro).
A obra conta a história de Gúpi, um cara que viveu boa parte da vida quase como um escravo órfão até que recebe uma herança da mãe que ele nunca conheceu. Com o dinheiro e as terras recebidas, ele planeja construir uma cidade com o nome da mãe. Um belo dia, Gúpi dá de cara com um pastor que quer comprar parte de suas terras. Parte essa onde ficava um túmulo sem nome. O tal do pastor some no meio do mato e Gúpi fica curioso (eu teria medo, mas… enfim).
“- Você mora aqui?
– Eu sou Sâni-do-mato.
– Não sabe dizer outra coisa?
– Você é o homem.
Gúpi calou. Conversa esquisita.”
Nessa onda, o cara vai atrás do pastor e encontra um castelo que parece abandonado e, dentro dele, uma moça… muito da estranha. Sâni é arredia, diferente e logo de cara conquista Gúpi, sem nada fazer pra isso. Quer dizer, se não contarmos o jeito estranho dela. E aí… vocês me perguntam: que jeito é esse? Sâni é estranha. Eu não sei explicar sem dar spoiler. Mas eu darei, porque eu sei que ninguém vai ler hé hé hé. Então parem de ler.
Sâni age como um animal. Não é que ela saia arrastando a bunda no chão depois de ir ao banheiro, é só que é perceptível que ela é um tanto desconfiada, impulsiva, violenta. Sem contar que segue seus instintos sem medo de ser feliz. O que significa que ela dormiu com Gúpi logo de cara. E, melhor do que isso, não demonstrou uma afeição rotineira depois, deixando o protagonista ainda mais intrigado. Sem contar que ambos são… hum… bem animalescos… naquelas horas. MAS A CENA NÃO É FEIA, GENTE!
Enfim, Gúpi, como um enxerido, vai bisbilhotando no castelo e percebendo diversas coisas estranhas. Inclusive um diário de um tal Bruxo Espanhol. E é aí que o negócio fico louco.
Partes do livro são apenas páginas do próprio diário, como se fôssemos Gúpi lendo. O tal do bruxo era, na verdade, um cientista. O intuito dele era criar uma espécie “evolução” de um ser humano misturando genes de humanos com outros de animais. Pelo que entendi, ele queria as qualidades de cada um. Para tanto, ele usava o material genético das mulheres que se apaixonavam por ele!!!! Afff… que cara ruim. E pior que ele era descrito como um homem bonito e se utilizava disso para conseguir suas mulheres e, caso não desse certo… bom… mata e pega outra.
“- Você sabe coisas da natureza, Sâni. Mas que explicações poderia dar do que sente, se eu que vivi entre gente, disso não compreendia nada até agora?”
Calmem, calmem… não tem nada explicito, não. O cara fazia as coisas “in vitro”… na maioria das vezes. E nada é citado realmente. A questão é que só o assunto mexe com o leitor, afinal, o cara era um doidão. E no meio de toda essa loucura, Gúpi vai descobrindo coisas sobre a Sâni e até mesmo sobre ele (opa… opa), sem contar o ser esquisito que vive enjaulado numa das torres no castelo, considerado um monstro (só pra constar).
Resumindo, o livro me lembra o cenário de Frankstein, só que tem uma pegada sexual e tal. Gúpi e Sâni são uns fofos e não há quem me convença do contrário. Embora Gúpi seja um safado, mulherengo e arrogante… Bom, ele muda depois de conhecê-la e existe lógica no fato. E a Sâni é muito engraçada só por ser ela. Não fazer nada, não falar nada e ainda dar uma de louca quando pega o Gúpi com outra mulher (a cena não é uma traição em si, okay?). E dar uma de louca significa sair arranhando, mordendo e se debatendo feito um animal. Querendo ou não, o fogo desse casal é contagiante. Além de ser legal ver o outro lado da moeda, no caso de Gúpi sempre assumir um amor louco pela Sâni, mas ela não dar a mínima (porque ela não entende dessas coisas, nem como reagir à elas).
Chega de falação! Esse é um dos livros que mais me influenciaram por ser tão… hã… diferente. Recomendo, mesmo assim. É nacional e muito legal. E não tem nada que eu, coroca, possa reclamar.
Beijos e até a próxima!
Paraceu bem interessante, adorei os nomes rs. Vou ver se acho ele, apesar de ser antigo
Talvez tenha em PDF xD Vale a pena, sério. Amei demais essa história.
Eu li essa resenha e achei a sua cara Nana ahaha
Achei interessante por já ter um cert tempo de publicação e ter um tema digamos mais ‘pesado’.
Sahushauhs cara de velha coroca, né? xD Na época eu não achei tãaaao pesado sexualmente falando, por ter lido Sidney Sheldon xD
Sabe o que eu pensei logo de cara quando vi a capa? Imaginei que fosse aqueles romances para mulheres, que vendiam muito antigamente, lembra?
O conto parece ser bem interessante, é como você falou, Frankstein Abrasileirado.
Quando era criança, minha mãe tinha o livro A Metamorfose, e a capa tinha o “jeitão” dessa aí, e caaaaara, como eu morria de medo…hehe
:***
Metamorfoseeeee! Do Franz Kafka? Sahushuahs as capas antigas são meio bizarras, né? Não valorizam muito xD a capa do meu nem tem desenhos…é roxa e tem a cabeça de uma mulher em preto e branco…bizarro xD
Gentem, quanto tempo que não venho aqui!
Nossa, fiquei com muita vontade de ler. Adoro essas coisas bizarrinhas, especialmente quando elas são assim, sabe, meio quentes. Gente, e os gifs são a melhor parte. Ai ai.
Vou catar aqui mesmo sendo bem antigo, vai que rola.
Beijitos
Leia!!!!! O relacionamento do Gúpi com a Sâni é bem engraçado xD embora não tenha piadas. Os gifs eu peguei por acaso…e mais acaso ainda acabei procurando essa tal de série Teen Wolf suhauhs – Beijooo
Gostei da postagem, li exatamente esta cópia do livro, com esta capa bizarra tirada da coleção de cabeceira da minha mãe. Eu tinha, talvez uns 14 anos quando o li e gostei do mesmo, das ideias loucas dos cientistas e do comportamento animalesco. O sexo selvagem, a loucura, os segredos eram intrigantes, mas talvez o fosse para um garoto jovem, em uma oportunidade futura lerei novamente.
Meu nome veio.por causa desse livrou e existem muitos coisas da personagem que sou parecida, loucura né?.