Cinco personagens, separados pelo tempo e aparentemente sem conexão entre si, contam a história da paixão das mulheres pelo diamante aliás, não só das mulheres! Revezando-se em uma ciranda de acontecimentos divertidos, infelizes, revoltantes ou surpreendentes, a extraordinária Frances Gerety que existiu de verdade e outros indivíduos muito especiais mostram que a história de uma sociedade é construída por meio das relações humanas, na intimidade dos lares. As transformações do mundo moderno nem sempre conseguem abalar aquilo em que se acredita com todo o coração mas as decepções com aqueles que amamos... essas podem mudar as nossas opiniões. Um livro diferente, que fala das muitas formas de viver o amor e que deixa no ar uma pergunta: os casamentos são mesmo feitos para durar?
Esse livro me deu um sentimento agridoce, enquanto em alguns momentos eu realmente gostei dele, em outros pensava que a história não estava me envolvendo o suficiente. Talvez isso tenha ocorrido porque eu o li logo após Incendeia-me que eu amei, e fica difícil competir com a Tahereh.
Temos a história de cinco personagens, separados pelo tempo e, aparentemente sem nenhuma conexão (mas eles tem uma ligação sim, e você deve ser capaz de adivinhar caso você tenha lido o nome do livro). A história se passa em 1972 com Evelyn, em 1987 com James, em 2003 com Delphine, em 2012 com Kate, porém o brilho do livro são as partes de Gerety, especialmente porque ela é uma pessoa real, e suas partes no livro são relatos da sua vida e como ela criou o slogan “Um diamante é para sempre”, basicamente inventando a “tradição” do anel de noivado de diamante. Sabe o que é engraçado? Ela mesma não casou, além de ter sofrido muito preconceito por ter sido uma mulher de negócios nos anos 40~50. Mesmo tendo sido marginalizada ela se manteve firme e foi homenageada pela Debeers em 1988. É agradável a forma em que a publicidade é utilizada na história, recomendo muito para quem segue ou gosta dessa área de atuação.
“Ela trabalhava para a agência de publicidade mais poderosa do mundo. Achava seu trabalho muito mais excitante do que qualquer homem que havia conhecido em muito tempo.”
Um dos pontos que merece destaque neste livro é o excelente trabalho de pesquisa que foi feito, vemos o cuidado com o conteúdo e as informações em todos os momentos. Me surpreendi de forma agradável com esse presente, adicionou um conteúdo inesperado e apreciado por mim. Além disso a escrita é fluída e fácil de se ler, é um livro que você basicamente acaba rapidinho. Também merece um ponto o além que a história vai, dando ao romance um par de momentos sombrios e temas mais profundos. Eu gosto disso, apesar de achar que a autora poderia ter se aprofundado muito mais. E enquanto as histórias vão e voltam, você vai entrando no clima e acaba sendo tocado delicadamente por suas vidas. Além disso o anel aqui, que representa o casamento, assume várias e divertidas facetas seja a de estar presa, já outros a liberdade e para outros é o de repugnância. É engraçado ver qual dos pontos de vista é mais próximo do seu.
“- No passado, tivemos bastante sucesso ao recuperar coisas que os nazistas tiraram do nosso povo, como contas bancárias, pinturas e coisas do tipo. São informações mais fáceis de rastrear. Com os instrumentos as dificuldades são maiores, mas acreditamos que seja uma tarefa essencial. Talvez a mais importante. Um quadro é algo que ficaria simplesmente pendurado em uma parede. As um violino conta a história do ancestral que o tocou.”
Como crítica negativa eu quero dizer que em alguns momentos a história é meio forçada, e com alguns personagens bem clichês a história se arrasta. Mas mesmo com essas críticas eu ainda recomendo o livro para algo casual. Existem alguns personagens que realmente detestei, mas é claro que isso é baseado no meu gosto pessoal. Portanto sinta-se livre em ler o livro e tirar as suas próprias conclusões.
” Nós deveríamos promover o diamante como objeto essencial através do qual um homem pode carregar seu sucesso.”
Por fim tenho que assumir que não sou uma das pessoas mais românticas do mundo, mas adoro histórias de amor. Sophie Kinsella está aí pra provar o meu amor por livros de menininhas. Gosto do sentimental quando decido por ele e não quando o autor quer me fazer descer pela goela seu romance, neste livro me senti livre em gostar e detestar quem eu queria. Por isso eu recomendo, como uma forma de ver que romance não é apenas felicidade, e que superar as dificuldades também faz parte de amar.
Não sei se é o tipo de livro que eu escolheria, mas pra quem gosta de romance parece uma boa escolha :3
Resenha muito boa!
Obrigada gata!!!^^
Gostei da parte em que são pessoas ‘aleatórias mas depois você descobre que possuem ligação entre si.
Pois é, isso é interessante. ^^