O capítulo final da trilogia Mistborn, de Brandon Sanderson Após subverter a lógica dos livros de fantasia tradicional e arrebatar uma quantidade incrível de admiradores, entre eles George R. R. Martin em pessoa, Brandon Sanderson encerra a trilogia fantástica Mistborn de forma no mínimo surpreendente. Para acabar com o Império Final e restaurar a liberdade, Vin matou Lord Ruler. Mas, em consequência, poderosos terremotos causaram o retorno das trevas, e a humanidade parece estar definitivamente condenada. Resta saber como Vin poderá se livrar da culpa e reverter este cenário. A conclusão da série promete não decepcionar os leitores dos dois primeiros volumes, já que está repleta de revelações e reviravoltas, dignas dos leitores mais exigentes.
O que dizer deste livro que eu amei com todo meu coração? Dessa trilogia que não me decepcionou e que tornou o autor um dos meus queridinhos? Só preciso dizer que o MUNDO precisa conhecer o Brandon e sendo bem sincera, no calor do momento, vou afirmar que Mistborn é minha saga de fantasia favorita atualmente e entrou no meu top 5 de livros favoritos no mundo. Sério, todo mundo PRECISA conhecer, e mesmo que as 600 e tantas páginas possam assustar, quem ler vai perceber que na verdade essas páginas ainda são poucas pra falar deste mundo maravilhoso que Mistborn nos apresenta. O livro tem uma história cativante, onde parece haver um propósito pra todas as coisas e não apenas fatos jogados ao acaso, pequenos detalhes do primeiro livro se tornam importantes no contexto geral e isso é ótimo. Sendo sincera, eu amei e me diverti com cada um dos livros desta trilogia. Os personagens são tão maravilhosos que irei levá-los comigo pra todoooo o seeeeeeeempre. Kelsier e Vin, vocês tem todo um espaço no meu coração. Não tenho como dizer que essa série apenas foi uma leitura, não foi. Mistborn marca uma fase e eu me apaixonei. É isso, posso resumir essa trilogia em uma afirmativa: Eu amo você Mistborn. (Terceiro livro da trilogia Mistborn: Nascidos da Bruma)
“Vin tinha uma tendência a ficar paranoica e supor o pior. Claro, também tinha o hábito de estar certa.”
Esse livro começa um pouco depois do final do Poço da Ascensão onde todo mundo percebeu que a merda tava feita. Vin tá se sentindo mega culpada por ter liberado Ruína do poço e ter sido enganada pela profecia adulterada. Agora o Elend é um nascido da bruma e junto da Vin eles tentam tomar as melhores decisões pra esse mundo que, agora é real oficial, tá uma merda. A névoa tá invadindo os locais mesmo durante o dia e a luz do sol quase não existe, o que isso significa? A curto prazo que tamos ferrados e a longo prazo que estaremos todos mortos. Sem sol não tem como plantar e alimentar o povo, o que garante 100% de certeza de morte no futuro, com as brumas matando algumas pessoas as pessoas sequer cogitam sair de suas casas e, além disso, ainda temos as guerras e os koloss juntos dos Inquisidores que estão trabalhando com Ruína pra dominar o mundo. Viu, suas atualizações de tamos ferrados, tenho certeza, foram atualizadas. Vin, Elend e o que sobrou da equipe também estão em busca dos esconderijos subterrâneos do Senhor Soberano. Sim, o Senhor Soberano aquele ser que odiamos e, de certa forma respeitamos, previu muitos dos problemas e fez o que podia para deixar ajuda para este momento. Para o confronto com Ruína. A situação está no limite, o povo com fome, as mortes são constantemente e com Ruína controlando o jogo nas sombras e enganando qualquer um sem que a pessoa perceba, o prognóstico pro futuro não é bom. Então, para evitar a morte lenta e certa, nossos amigos decidiram tomar a frente atacar. Mas, como lutar contra a destruição do mundo? Contra Ruína?
“— Precisa haver equilíbrio, Vin. Vamos encontrá-lo de algum jeito. O equilíbrio entre quem desejamos ser e quem precisamos ser. — Ele suspirou. — Mas, por ora — ele disse, meneando a cabeça —, precisamos apenas estar satisfeitos com quem somos.”
Como eu disse antes, a trupe está espalhada pelo mundo tentando obter os esconderijos subterrâneos do Senhor Soberano, mas além disso também querem conseguir apoio e cidades para o Imperador Elend. Eles trabalham arduamente e cada um vai cumprindo seu papel que foi, no fim das contas, escrito pelo Kelsier. E sim, vou falar do Kelsier pra sempre! Algumas vezes é um caminho fácil com o skaas tendo a sua fé na religião do salvador, mas às vezes difícil por ainda termos pessoas focadas na religião anterior do Senhor Soberano. Em especial a gente tem dois focos opostos nas cidades de Fadrex e Urteau. Essas interações de cidades administradas de forma diferente com uma odiando nobres e a outra querendo manter as tradições, ver isso foi muito divertidas. Sério, Fadrex mantém a aparência de que tudo está bom e nada de ruim está acontecendo, meio que entendo esse comportamento já que é tipo eu quando chegam as faturas das compras que fiz, que eu quero apenas fingir que não tem problema nenhum e que eu não vou ter que viver de energia solar até o salário entrar novamente. Já Urteau gosta de enfatizar as desgraças e a pobreza, além de estar matando as pessoas nobres. Preciso comentar que tivemos algumas cenas memoráveis e que não foram de batalhas, inclusive Elend me conquistou um pouco mais neste livro com a dança e o livro. Pequenas lembranças antes do mundo estar quase acabando.
“Quantas vezes preciso lhe dizer, Vin? Não podem vencer. Nunca puderam. Estive apenas brincando com vocês.”
Entre todos esses desenvolvimentos temos apenas um dos melhores personagens pra sempre retornando, Teesoon está vivo! Ele está vivo e tem uma enorme participação nesta história que condiz com a grandeza do personagem. E por participação enorme quero dizer que “PQP que dó dele”. O kandra não apenas se mantém firme em seu apoio e crença em Vin, como também muda o jogo todo. Existem segredos que precisam ser compartilhados e ele irá lutar contra a sua própria natureza para fazer o que ele acredita que é certo. Além disso o buraco é muito mais embaixo, Vin que não é burra já estava fazendo a ligação, mas com o kandra podemos entender melhor a relação entre os kandras, os koloos e os obrigadores. Foi muito boa essa parte, e eu só ficava dizendo “faz sentido, omg faz muito sentido”. Ter acompanhado essas conclusões me fez admirar mais ainda a escrita do autor. Pequenas coisas de fato importavam e faziam mais sentido do que eu pensava, e eu fiquei muito triste por ele. Quer dizer, no geral eu fiquei muito triste mesmo no final. E sim, sou muito mulherzinha que ama os personagens como se fossem reais e quando a galera morre eu sinto por eles. Eu sabia que pessoas iam morrer, é uma guerra afinal, mas sério que precisava de tudo isso? Assim, meu coração não aguenta. Faz essas coisas mais des.pa.ci.to por favor.
“Por ora, desejo apenas fazer um simples agradecimento à mulher que deteve o poder pouco antes de mim.
De todos nós que o tocamos, sinto que ela foi a mais merecedora.”
Se a gente considerar os livros anteriores temos muito sobre política, sobre o planejamento e o controle de pessoas, não é o caso aqui. Sendo sincera, não existe nem mais governo pra politicagem na maioria dos lugares rs. O que temos aqui de forma bem conflitante não é mais a política, seria algo mais como o valor da religião, mesmo que na maioria do tempo seja para questionar a razão de existir religiões. E eu gostei muito desses questionamentos, porque quando você acredita numa religião não é pela lógica dela e sim pela fé de quem crê e isso está okay. Adorei essa conclusão e esse raciocínio porque é algo que temos na nossa realidade. Eu mesma sou católica, mas não concordo com tudo que eles pregam. Mas, tenho fé em Deus e eu estou bem com isso, não preciso de uma prova de Deus pra crer nele e isso é a graça da fé. Era isso que o Sazed precisava, mas depois de ter passado por situações tão ruins ele acaba se questionando sobre se fé é ou não perda de tempo, sem Tindwyl e muitas outras pessoas é complicado pra ele aceitar que existe um Deus que permite tais situações. Adorei acompanhar a jornada dele e sua confusão. E se vamos falar de dor, que pena do Marsh. Esse é o típico cara que só se ferrou do inicio ao fim, ele é uma boa pessoa que no fim fez as piores coisas. Senti muito por ele e espero que ele tenha pelo menos uma lembrança feliz do mundo. Mas, no geral o que posso dizer deste livro? São muitas dores, o reflexo real do que é um momento duro. Muitos estão se sacrificando por um futuro melhor e eu os admiro e respeito por isso. E aqui eu preciso ressaltar um ponto importante nesta saga que eu amo, os personagens não são divididos entre bons e maus, existe mais do que isso. Alguém considerado mal pode não ser, no plano geral na verdade ele pode até mesmo ser considerado um cara bom, e podemos ver isso através do pensamento lógico que o livro nos apresenta. Sabemos que tal pessoa faz tal coisa por acreditar em uma verdade que, dependendo de quem olhe, pode ser boa ou não. Os inimigos pensam e raciocinam tão bem quanto os protagonistas. Eu adoro isso, porque a vida é assim também, às vezes o lado certo não é apenas o seu porque é o seu.
“— Ah, seja razoável. Você tem de admitir que é incomum, Vin. Uma mistura estranha de nobre, menina de rua e gato. Além disso, você conseguiu, em nossos parcos três anos juntos, matar não apenas o meu deus, mas meu pai, meu irmão e minha noiva. É como marcar três pontos num jogo homicida. Uma base estranha para um relacionamento, não acha?”
Por fim precisamos falar sobre a Vin e o quão fodona ela é. Ela foi uma protagonista feminina que eu pude me orgulhar, não é que ela seja perfeita, na verdade é justamente pelo contrário que a amei tanto. Eu amava o quão complicada ela era, o quão medrosa, orgulhosa e corajosa ela era. Era imperfeita em muitos pontos, mas desde o início deu seu melhor e por isso eu a amava. A personagem não precisa ser perfeita, basta que eu sinta que ela está fazendo o que pode e dando seu melhor. Esse era meu problema com o Elend, eu sempre sentia que ele estava se segurando e não fazia tudo que podia, especialmente pra Vin que oferece tudo dela pra ele e pra causa. Contudo, neste livro ele me mostrou que é capaz de dar mais pela causa, pelo que acredita e, principalmente, por Vin. Por fim, no enredo temos a conclusão com Ruína e sua rival batendo de frente. A conclusão foi um conjunto de situações que culminou no final do livro. E o final foi tudo que poderíamos desejar, sendo grande, inteligente e muito doloroso. Talvez eu não tenha conseguido que todos que eu amo permanecessem vivos, mas de certa forma foi um final feliz e isso foi mais do que eu esperava. O Herói das Eras foi um livro emocionante e agridoce, a luz chega mas o custo pra isso é tão alto e tão doloroso, mas vale a pena.
“Ter fé significa que, não importa o que aconteça, você pode confiar que alguém está olhando por você. Confiar que alguém irá fazer tudo dar certo no final.”
O final foi conclusivo e satisfatório, esse mundo tão complexo foi ricamente descrito e a história fez sentido como um todo. Foi um final de série que eu posso dizer com orgulho que fez jus à obra e que Brandon merece palmas por isso, mesmo que eu ainda esteja toda confusa emocionalmente por esse final e todas as revelações. Eu não posso nem mesmo funcionar direito depois da leitura, foi doloroso e eu estive muito apegada neste mundo, não quero dizer adeus. Mas, e aqui eu fico muito feliz, existem perguntas que não foram respondidas, ainda este ano deve sair aqui no Brasil a 2ª era de Mistborn que já foi lançada no exterior, quero mais da alomancia e deste mundo. Foi tão bom que não estou pronta pra dizer adeus, mas posso dizer com total certeza Mistborn é espetacular com toda a sua história que foi cuidadosamente pensada, bem traçada e bem executada. No fim, acredito que muitos possam pensar que é a história de Kelsier, mas estão errados caros amigos, toda essa trilogia é a história de Vin, de uma mulher humilde que se tornou o que precisava ser para ser a melhor versão de si mesma e no meio do caminho salvar o mundo. Ahhh, o que quero dizer depois dessa enorme resenha, resumindo é LEIAM, é um livro muito bom que vai te fazer pensar, sorrir, filosofar e criar teorias complexas para tudo que está lendo. Essa trilogia VALE A PENA!
Esse é um livro com potencial de ser um filme tão grande quanto senhor dos aneis. adorei a resenha e lerei o livro
Oi!
Conhecia essa série só de capa e sempre me pareceu uma história e tanto, o que confirmei depois da sua resenha. Me parece uma trama tão grandiosa quanto As Crônicas de Gel e Fogo o que por si só já é o suficiente pra me deixar curiosa.
Beijos!
Confesso que num primeiro momento eu não me atrai por esse livro. Eu gosto do gênero, mas alguma coisa me deixou com o pé atrás. Só que depois de ler a resenha eu fiquei bem animada em colocar esse livro na estante. Parece que vai ser uma leitura que eu vou gostar muito.
Oiii Angel, tudo bem?
Infelizmente dessa vez a obra não despertou meu interesse, não sou muito chegada a esse tipo de leitura, quem sabe futuramente eu dê uma oportunidade, além do mais a sua resenha ficou ótima e adoro esses gifts que coloca.
Beijinhos
Se eu adoro suas resenhas mesmo que não faca meu tipo de leitura? Simmm.
Adoro ver todas as vertentes da história e você sabe como expor isso. Adoro. Parabéns pela resenha e que bom que ela foi satisfatória para você.
Beijos.
Se eu adoro suas resenhas mesmo que não faca meu tipo de leitura? Simmm.
Adoro ver todas as vertentes da história e você sabe como expor isso. Adoro. Parabéns pela resenha e que bom que ela foi satisfatória para você.
Beijos.
Oii
Ainda não conhecia esse livro, mas como não sou muito fã de fantasia e por ultimamente estar preferindo livros únicos vou passar a dica dessa vez.
Bjs
Oi Angel, sua linda, tudo bem?
Eu gosto muito de livros de fantasia e os da Leya são famosos. Eu não conhecia esse ainda, mas sua resenha me deixou impressionada com o universo criado pelo autor. Não vejo a hora de ler. Sua resenha ficou ótima!!!!!
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/