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25 dez 2014

O Príncipe das Marés (1991) – Filme

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Sinopse:  Tom Wingo (Nick Nolte), um treinador de rúgbi desempregado da Carolina do Sul, viaja a Nova York para ficar ao lado de sua irmã. Lá, se envolve com a psiquiatra Susan Lowenstein (Barbra Streisand), enquanto tenta superar seus conflitos de família e traumas de infância.

Olá e seja bem-vindo(a) a uma sessão nostalgia aqui no Eu Insisto! haha 😛
Hoje vou falar sobre um filme de 1991 chamado “O Príncipe das Marés”. Posso dizer que tenho um caso de amor antigo com este filme. A primeira vez que assisti foi por volta de 1996 no Corujão da Rede Globo.
Naquela época eu tinha 10 pra 11 anos e lembro de ter ficado bem impressionada com o filme, por conta de uma cena específica. Também lembro de ter gostado muito do filme no geral. Passei muitos anos querendo revê-lo, mas sempre ficava naquilo de “algum dia eu paro e assisto”. E enfim chegou o dia em que eu finalmente comprei o DVD e decidi revê-lo, morrendo de medo de não gostar, mas aí já não tinha mais como voltar atrás. haha

 “Da minha mãe eu herdei o amor pelos idiomas e a apreciação da natureza. Ela poderia transformar um passeio ao redor da ilha em uma viagem de pura descoberta. Quando criança, eu achava que ela era a mulher mais extraordinária  da terra. Eu não sou o primeiro filho que esteve errado sobre sua mãe.” – Tom Wingo

Bom, como é de praxe, antes das minhas considerações vamos falar um pouco do filme em si, OK?

pot_tom02O filme conta a história de Tom Wingo, que é um treinador desempregado e mora na Carolina do Sul com sua família. Percebemos logo de início que sua relação com sua esposa está abalada desde que uma tragédia atingiu sua família. Para piorar as coisas sua mãe aparece para visitá-lo de repente e com um pedido um tanto quanto difícil para Tom: Ela quer que ele viaje até Nova York, cidade que ele de-tes-ta, para falar com a psiquiatra de sua irmã gêmea, Savannah, que tentara o suicídio. Tom pergunta à mãe o porquê dela mesma não ir até Nova York cuidar de Savannah e esta responde, dentre outras coisas, que está organizando a festa de aniversário do padrasto de Tom e por isso não pode sair da cidade.
Tom fica indignado com a atitude da mãe, mas o seu amor pela irmã fala mais alto e ele decide ir encontrar a psiquiatra dela. Além disso, sua esposa Sally acaba confessando que está pensando em se divorciar dele e por isso seria bom esse tempo dele longe de casa.

No primeiro encontro com a psiquiatra, Tom pergunta como ele pode ajudar sua irmã e a Dra. Lowenstein responde: “Sendo a memória dela.”, já que Savannah bloqueou de sua memória muita coisa que acontecera durante a infância deles.
Tom, em um primeiro momento, se mostra resistente à ideia de ter que se abrir com aquela mulher e desenterrar todos os fantasmas do passado que ele mesmo tentava afastar de sua memória. Porém, conforme ia convivendo com a Dra. Lowenstein, sentia algo diferente e apesar do relacionamento conturbado que tiveram no início, aos poucos conseguiu abrir seu coração para aquela psiquiatra.

pot_susan02Já a Dra. Lowenstein nunca imaginou que aquele homem, tão rude no início, fosse mexer tanto com ela e até mesmo com sua família.
Ela era casada com um famoso violinista (que era adúltero por sinal) e tinha um filho adolescente e que era também um violinista iniciante.
Mas como podemos ver, ela não era feliz naquele casamento, até que Tom Wingo apareceu como um furacão em sua vida. Ele acabou se aproximando de seu filho e aos poucos dela própria. Até que um dia eles não resistem e se entregam à esse amor. Era como se um fosse a cura da solidão do outro. É muito interessante ver como eles se entendem e como eles sabem no que aquele relacionamento vai levar.

“Você certamente tem senso de humor! Eu comecei a achar que tinha sido removido cirurgicamente.” – Tom Wingo

pot_tomsusan10Apesar de ser um filme longo, pouco mais de 2 horas de duração, você se envolve tanto na história de Tom e sua família e no relacionamento dele com a psiquiatra, que o tempo voa e você nem percebe que se passaram 2 horas.
Gostei muito de como as cenas que mostram as lembranças de Tom vão se intercalando com as consultas dele com a Dra. Lowenstein. Não são flashbacks maçantes e demorados, e sim cenas pontuais que mostram somente o que interessa para entendermos a dinâmica daquela família problemática e como esses momentos levaram para a personalidade de Tom nos dias atuais e nos problemas de sua irmã gêmea.

Também vemos em momentos intercalados do filme a relação do Tom com as pessoas à sua volta e as lembranças que tem em relação a elas em sua infância. Todas essas cenas funcionam como um quebra-cabeças e nos fazem entender como o Tom se sente. Todo o motivo da mágoa que ele sente de algumas pessoas e porque ele teve que trancar esses sentimentos para poder sobreviver. Só que no momento em que o filme se inicia sentimos que Tom está prestes a explodir, pois já tem tanto guardado na memória e no coração que conforme os acontecimentos do filme vão se desenrolando sentimos que tudo aquilo aconteceu na hora certa. A Dra. Lowenstein apareceu no momento certo na vida dele e ele apareceu na hora certa na vida dela. Eles salvaram um ao outro.

pot_tomsusan04Nick Nolte está fantástico como Tom Wingo, ele vai do deboche à ira e da ira ao sofrimento num piscar de olhos e é tudo tão crível e tão sensível. Ele consegue dar o tom certo ao personagem. Não é à toa que ele ganhou um Globo de Ouro de melhor ator e foi indicado ao Oscar nessa mesma categoria por “O Príncipe das Marés”. Ele só não ganhou porque quem estava concorrendo com ele era simplesmente Anthony Hopkins por “O Silêncio do Inocentes”. Ou seja, concorrência pesadíssima!

“Eu tenho que achar um bom garoto Judeu. Vocês estão me matando.” – Susan Lowenstein

Eu sou suspeita para falar, pois amo de paixão Barbra Streisand! Mas tiro o chapéu para ela que foi, além de produtora do filme, nada mais nada menos que diretora deste filme! Infelizmente ela não foi indicada à nenhum prêmio como atriz ou diretora, mas está fantástica na atuação. Ela consegue equilibrar a Doutora Susan Lowenstein que é forte e durona com seus pacientes quando precisa, com a mulher Susan Lowenstein que acaba se abrindo para o Tom Wingo e mostrando suas feridas, seus medos e o amor que ela guarda em seu coração.

pot_tomsusan01“O Príncipe das Marés” foi indicado a 7 Oscars, sendo eles: melhor filme, melhor ator (Nick Nolte), melhor atriz coadjuvante (Kate Nelligan), roteiro adaptado, direção de arte, fotografia e trilha sonora. Mas infelizmente não levou uma estatueta sequer. O ano de 1992 estava cheio de grandes filmes, como “O Silêncio dos Inocentes”, “Cabo do Medo” e “JFK A Pergunta que Não Quer Calar”. Foi um ano muito concorrido mesmo! haha

E como vocês podem ver nas indicações ao Oscar, o roteiro de “O Príncipe das Marés” é adaptado de um livro de mesmo nome, cujo autor é o Pat Conroy, que foi também co-roteirista do filme. Até eu começar a pesquisar o DVD para comprar, não sabia da existência do livro, e como bookaholic que sou, já comprei o meu e pretendo ler assim que eu tiver meu exemplar em mãos. hahaha 😛

“No final de cada dia eu dirijo pela cidade de Charleston e eu atravesso a ponte que vai me levar para casa. Sinto as palavras se construindo dentro de mim, eu não posso impedi-las, ou dizer o porquê de pronunciá-las, mas enquanto chego ao topo da ponte essas palavras vêm a mim como um sussurro. Digo essas palavras como uma oração, como um lamento, como um louvor, eu digo: Lowenstein, Lowenstein.” – Tom Wingo

Espero que vocês tenham gostado dessa resenha de um filme mais antigo, mas que é uma verdadeira jóia. E me aguardem que virão mais resenhas nostálgicas por aí! Se vocês gostaram, deixem um comentário. E se tiverem um filme mais antiguinho que gostem e queiram compartilhar comigo, por favor, comentem também! =D

Obs.: Uma curiosidade do filme é que o filho de Susan Lowenstein no filme é o filho de Barbra Streisand na vida real, Jason Gould. Jason é filho de Barbra com Elliot Gould, mais conhecido como o pai de Ross e Monica em Friends. 😉

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• Postado por Camila
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em dezembro 26, 2014 às 8:14 am
    autor: Angel Sakura

    Eu não me recordo se eu já vi rs. Mas acho provável!! quero muito ver ou rever já!^^
    E se o livro for bom conte tb!

    Responder
    • postado em dezembro 27, 2014 às 7:01 pm
      autor: Camila

      Hahaha Sim, reveja, porque a história é belíssima e as atuações ótimas! Já estou com o livro em mãos, está na minha lista de leitura para 2015. 😉

      Responder
  2. postado em dezembro 27, 2014 às 9:44 am
    autor: jose

    Filme da minha época, interessante ver retratado aqui. Recomendo igualmente.

    Responder
    • postado em dezembro 27, 2014 às 7:05 pm
      autor: Camila

      Oi, Jose. Obrigada pelo comentário! Eu amo esses filmes mais antigos. Como disse no texto, eles são jóias que o pessoal mais jovem ainda não conhece.
      Pode esperar que durante 2015 eu trarei mais resenhas de filmes antigos, que eu amo de paixão. 😀 Beijo!

      Responder
  3. postado em junho 7, 2016 às 2:08 am
    autor: Alex sander

    Olá eu já tinha assistido esse belíssimo filme gostei muito ,gostaria de saber se vc já assistiu entre dois amores com Robert Redford e Meryl Streep eu recomendo é mais antigo que príncipe das marés mais é um excelente filme um abraço !!!

    Responder
  4. postado em abril 8, 2017 às 3:22 pm
    autor: Iara

    Adorei a sua resenha. Esse filme foi passado como parte da minha aula de psicologia 101. O crescimento dos personagens é incrível. Obrigada por compartilhar.

    Responder
  5. postado em junho 29, 2017 às 9:11 am
    autor: Rossana

    AMO DE PAIXÃO!!!!!
    Já assisti muitas vezes e acho o filme excepcional.
    Amo Barbra e tudo que ela faz. Não gostava dela até assistir “Nasce uma Estrela”…ali me conquistou para sempre.
    Ótima resenha.
    Cheguei até você pesquisando o nome da ponte que Tom passa e fala: – Lowestein…
    Adoraria passar por lá….rsrsrs
    Um abraço

    Responder
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