O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. "O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa," explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.
Simplesmente uma das minhas sagas favoritas, Bernard Cornwell é incrível (este é o primeiro da série Crônicas de Artur). E eu amo ele, mesmo que ele não tenha a menor dó de matar qualquer um ou destruir qualquer coisa, e isso diz o tamanho do meu amor por ele. E eu tenho que dizer que já o vi na Bienal do livro, podem começar a morrer de inveja. O livro é baseado em fatos, mesmo sem sabermos se Artur de verdade existiu, o que torna a história mais verossímil, e se eu fosse escolher uma história para Artur ficaria com certeza com essa. Com um ambiente mais real, com as pessoas influenciando em toda a trama (mesmo a menor das pessoas pode fazer uma enorme diferença no mundo) e sem toda a fantasia que rodeia Arthur esse livro alcança uma leitura épica.
” Artur sonha com a paz, mas nunca haverá paz. Nunca! A britânia é um caldeirão, Derfel, e Artur vai agitá-lo até o horror.”
O personagem principal é o Derfel e não Artur, #chupasociedade, o livro é contado do ponto de vista de Derfel e o acompanhamos desde a sua infância, onde foi adotado por Merlin após a morte de sua mãe, até se tornar um soldado fiel, e grande amigo de Artur. A vida de Derfel, com as pessoas que lhe são importantes tais como Nimue e Merlin.
O primeiro livro conta a morte de Uther que era o Rei Supremo e, também, pai de Artur. Só que Artur nunca foi rei porque nunca fora reconhecido como filho de Uther, pelo detalhe de ser bastardo, e ele, Arthur, cuida para que Mordred possa assumir o reino e tentar a paz, com isso ele se torna o Rei da Guerra. Tudo ia bem até… até conhecer Guinevere que, em todas as descrições de Artur, sempre fode/ferra com tudo. E Arthur como o homem humano que é acaba entrando na guerra que vem junto com Guinevere, este acontecimento é de fato o enredo principal deste primeiro livro. Artur sonhava com a paz e acabou trazendo a guerra.
“Tampouco me lembro direito de rusga, porque tudo que eu queria fazer era olhar para Artur […] Para mim, fascinado com sua chegada, ele parecia um Deus branco e brilhante vindo a terra. Eu não conseguia afastar os olhos”
Gosto do fato da história mostrar as decisões e as suas consequências, Artur sempre foi nada menos que completo, um modelo de perfeição, coragem, força e inteligência. E que quando comete seu erro, justificado ou não pelo amor, é colossal, o que disso decorre e no que irá influenciar todo o futuro da Grã-Bretanha. Derfel nos mostra o lado da história sem puxar sardinhas, mostrando os erros e como Artur não era aquele que idealizavam, ele era apenas mais um homem como tantos que vemos por aí. E eu gosto de Derfel, ele é cheio de problemas, tem uma vida além de Artur, tem suas ideias e as pessoas que lhe importam, como a Nimue.
“Eu amava Nimue mesmo que ela nunca fosse me amar, e fizera o juramento da cicatriz para protegê-la. O que significava que devia ir aonde Merlin não ousava ir. Devia ir à Ilha dos Mortos”
Como estamos no ponto de vista de Derfel, que viveu aquilo e lutou as mesmas guerras, todo o livro é bem detalhado. Desde os cenários, as pessoas, até as roupas usadas. Tem muito sangue, selvageria, tem muita morte e batalhas épicas. Gosto deste Artur que no decorrer dos livros demonstra não ser aquele idealizado, gosto da realidade que temos nele, mesmo quando eu queria socar a fuça dele em certas ocasiões. Não existem romances bonitos aqui, mas existe amor.
E, que a verdade seja dita, nem todos tem a felicidade na sua vida. Derfel e sua lealdade conquistam os leitores e ficamos felizes por ser ele a pessoa que nos partilha não só a história de Artur, mas a sua própria que, pra mim, foi tão importante quanto.
“Sei que ele mentiu- disse Artur e em seguida estremeceu- Mas algumas inverdades são difíceis de se ouvir e impossíveis de se perdoar.”
Este é um livro que recomendo, que indico e que bato o pé para as pessoas o lerem. Porém tenho um amigo que leu e não gostou, mas tenho outros que adoraram, por isso não posso dizer que é um livro para todos. É um livro pesado, que trata da morte, loucura e da violência com menos valor do que deveria, só que as coisas eram assim ( Se bem que hoje em dia só mudou a forma, a violência continua aí todos os dias nas nossas vidas… ). Espero que mais pessoas leiam e me contem o que acharam desta versão e da mania do Bernard de matar pessoas queridas.
“As pessoas subestimam Artur. Vêem a bondade dele, ouvem sua gentileza, escutam sua conversa sobre justiça, e nenhuma delas, nem mesmo você, sabe o que arde dentro dele.
O que é?
Ambição.”
Muito muito muito boa a tua resenha. Estive fora do blog por uns dias, por isso não vim mais por aqui =/
Sua resenha foi incrivel, só de ler ela, pareci que li o livro. Parabéns =]
Apesar de não fazer meu gênero de leitura, eu adorei a história *O*
http://www.valeuapenaesperar.com/
Bernard é um autor que eu demorei para começar, agora sou viciada. Dê uma chance rs, as vezes nossos gostos acabam abrangendo outro!
^^
Eu só li as brumas de avalon, vou procurar este. Curti a sua resenha, muito completa e interessante
simplesmente amo rei artur, é pra mim dos maiores mistérios do mundo. existiu ou não? sabia que existem teorias que impõe que artur era um messias?
lerei com certeza
Esse é um dos melhores livros, eu realmente gostei da história e das suas facetas. A morte é tão próxima que você vive mais intensamente sem saber quando é a sua vez. Também me agrada Derfel ele é humano no mais amplo dizer.
Espero as resenhas dos próximos.