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25 jun 2020

O Silêncio da Cidade Branca – Trilogia da Cidade Branca #1 – Eva García Sáenz de Urturi

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags5 estrelas, crime, Editora Intrínseca, Eva García Sáenz de Urturi, suspense

Autor(a): Eva García Sáenz de Urturi
Editora: Intrínseca
Nº de Páginas: 416
Comprar: Amazon

CURTI

    • Duas décadas após uma série de estranhos assassinatos assolar a cidade de Vitoria, no País Basco, os bizarros crimes voltam a acontecer justamente quando Tasio Ortiz de Zárate, antiga celebridade local e o homem preso pelas mortes, está prestes a sair da cadeia. Casais começam a aparecer mortos em locais históricos da cidade, e o especialista em perfis criminais Unai López de Ayala, que vinte anos antes era apenas um jovem obcecado pelos misteriosos homicídios, é chamado para ficar à frente do caso.
      Todas as vítimas têm idades múltiplas de cinco, sobrenomes compostos originais da região e seus corpos são expostos sem roupas nos espaços públicos. Embora tenha que lidar com uma tragédia pessoal enquanto lidera a investigação, Unai está determinado a impedir que novos assassinatos aconteçam, mas seus métodos pouco usuais vão desagradar tanto autoridades quanto seus superiores.

O Silêncio da Cidade Branca é daqueles livros que peguei pra ler porque era thriller, e eu sou dessas que super aceita ler um livro só porque é um thriller. Mesmo pensando que seria somente mais um livro, me surpreendi ao encontrar uma boa história dentro dos padrões de livro de suspense. Foi uma grata surpresa.
Unai é um policial especialista em perfis criminais, e a cidade a onde mora é conhecida por uma série de crimes bizarros que aconteceram 20 anos atrás e na época uma pessoa foi presa. Então tudo começa a ficar estranho quando o mesmo tipo de crime volta acontecer, sendo que o criminoso está atrás das grades e muito perto de ganhar sua liberdade.

“(…) me negava a crer que a solução fosse tão simples e tão impossível a ponto de tê-la diante de mim: a charada resolvida antes mesmo de conhecer o enunciado.”

Em Vitória (uma cidade do País Basco) 20 anos atrás ocorreram assassinatos em série de um modo peculiar, com pessoas (homem e mulher) de uma idade específica e que tinham sobrenomes regionais compostos. E uma morte um tanto quanto terrível, assim como os corpos foram descartados em lugares específicos de um modo bem peculiar. Depois de algumas investigações Tasio era um dos suspeitos, e mesmo alegando que não era culpado todas as provas apontavam para ele, e assim um homem que tinha tanto prestígio vindo de uma família de renome, foi preso.
Nos dias atuais a cidade de Vitória se lembra da série de assassinatos como algo ‘turístico’ da cidade, já que aconteceu há muito tempo e o culpado foi pego. Sendo assim as pessoas não se preocupam mais com isso. Tudo isso até que os crimes voltam a acontecer e Tasio está há pouco tempo de sair da prisão.
Unai é um policial especialista em traçar perfis, e na época que tudo ocorreu ele era somente um jovem que acompanhava pelas notícias os crimes e o decorrer de tudo. Porém hoje em dia ele tem muita confiança que pode impedir que mais pessoas morram, mesmo eles tendo identificado o padrão das mortes ainda não se sabe quem realmente está matando as pessoas. Tasio ainda está na cadeia, e os crimes se parecem muito com os de 20 anos atrás. Unai precisa resolver logo este crime já que muitas pessoas estão morrendo e parece que o assassino está brincando com todos eles.

“- (…) Comecei a entender que realidade e ficção são irmãs gêmeas, uma se retroalimenta da outra. Em todas as histórias há um argumento, um nó e o desfecho. Um protagonista, uma força antagônica, os aliados, os inimigos, as provas… e um mentor.”

Thriller é um gênero de livro que leio o tempo todo, sério, eu realmente gosto. E eu sei que existe um padrão e que muita gente acha que é só uma história para encontrar o culpado e bla bla bla… mas eu não ligo para nada disso hahahaha. Eu gosto de ler não somente para achar o culpado, por muitas vezes nem penso nisso, mas eu gosto de saber os ‘como’: Como conseguiram resolver o mistério? Como chegaram naquela resposta? Como pensaram nisso?. É este tipo de coisa que me atrai num thriller. Se eu vou acertar ou não o culpado eu nem ligo, o importante para mim é que tudo tenha lógica e, claro, que eu goste dos personagens. E em O Silêncio da Cidade Branca temos um prato cheio disso!
Começando por Unai, como não gostar deste homem (apesar de ele ter uns errinhos aqui e ali ninguém é perfeito), gostei que a história de vida dele foi contada aos poucos, gostei de ele ser mais que um detetive (tivemos vários momentos de Unai como ‘pessoa física’), gostei por ele realmente acreditar em histórias antigas que foram passadas de geração em geração, por ele realmente querer aprender com a história passada. E o livro sendo narrado em parte do ponto de vista dele também foi muito agradável de se ler. Realmente um ótimo protagonista.
Na história ainda conhecemos sua parceira Estíbaliz (sempre disposta a ajudar), a subdelegada Alba (que chegou por estes tempos na delegacia), Tasio (que em breve ganhará a liberdade) e seu gêmeo Ignácio (ex-policial). Com os crimes que voltaram a acontecer (ou será que é tudo novo?) a investigação se intensifica à medida que tudo parece igual a 20 anos atrás, e por mais que tenham muitos corpos e detalhes (como o tipo de sobrenome e as idades irem avançado de 5 em 5), eles não parecem estar chegando a algum lugar. Aos poucos também conhecemos uma história do passado que está conectada ao acontecimentos atuais, tudo parece estar ligado, mas juntar as peças é algo bem mais difícil do que eles imaginam.

“- (…) Os assassinos, os delinquentes, os agressores… são previsíveis, e isso para mim está bem. Paradoxalmente, sinto-me seguro diante deles, porque espero sempre a pior reação possível, e não costumam me decepcionar.”

Este não e um daqueles livros que alguém é super inteligente nem nada assim, não temos um detetive tipo Sherlock Holmes, não é nada disso, tudo aqui é em volta de ir atrás de pistas, conversar com suspeitos e coisas que uma investigação normal tem que ter. O mais bizarro sinceramente é como as pessoas são mortas e como são encontradas (já aviso que achei um pouco ‘dramático’ o modus operandi do assassino). Ainda temos, lógico, toda a ligação com os crimes do passado e aos poucos Unai vai interligando tudo. Confesso que antes não entendia o porquê da história do passado (os capítulos alternam entre presente e passado) porém quando entendi, aprovei, tudo fez sentido hehehe.
De quebra temos um início bem impactante, acho que fazia um tempo que não me chocava com um primeiro capítulo assim (a autora tá de parabéns). Achei o máximo também conhecer uma cidade tão cheia de história, as descrições estavam boas o suficiente para eu imaginar (sem me entendiar) e por se passar durante uma semana festiva foi legal também conhecer os costumes do local. Preciso ressaltar que Eva escreve de um jeito que me prendeu muito, eu li muito rápido este livro, com toda certeza lerei o resto da trilogia e qualquer outra coisa que ela escrever. ♥

“- (…) Gosto de estudar os casos que vemos, as cenas do crime que me entregam, e pensar no modo prático como teria saído com vida diante de um agressor, mas não me engano: por mais preparada que me sinta, acho que a motivação dele sempre será mais forte.”

Outra coisa que preciso contar é que tem uma adaptação de filme (que está na Netflix), a qual não vi… eu raramente vejo adaptações, porém fui ver o trailer, não achei o Unai parecido (NOSSA NA MINHA CABEÇA É MUITO MELHOR) quem se arriscar em ver o filme me conta aí se é igual o livro! Consegui ler este livro praticamente em um fim de semana, mas não tenho paciência para um filme de duas horas (ou sei lá quanto tempo tem) hahahaha.
O Silêncio da Cidade Branca é muito, mas muito, recomendado para fãs de thriller, para você que quer ler algo que se passa em outro país da Europa, e lógico para quem gosta de entender os mistérios. É como Unai disse: “Quando quem sai matando em série é um baita de um gênio, só o que resta é rezar para que não sorteiem seu número na loteria da morte.”

  • Este livro nos foi cedido pela editora Intrínseca, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

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• Postado por Debyh
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  1. postado em agosto 5, 2020 às 6:13 pm
    autor: Ana Paula Lima

    Oii!

    Faz muito tempo que não leio um bom thriller e não acho que é sempre a mesma coisa não, pq o autor pode seguir a receita, mas se não fizer bem, não vai adiantar em nada, né?
    Gostei muito da sua resenha e fiquei animada para ler. Acho que farei isso antes da adaptação, eu tbm tenho preguiça e fico comentando toda hora que não é a mesma coisa, meu marido odeia!

    Dica anotada.

    Beijinhos,

    Ani
    http://www.entrechocolatesemusicas.com.br

    Responder
  2. postado em agosto 9, 2020 às 6:51 pm
    autor: PS Amo Leitura

    Ainda não conhecia esse livro, mas é tão bom quando pegamos algo só por conta de um gênero que gostamos e ele nos surpreende, né? Apesar de não ser o meu gênero favorito, confesso que fiquei curiosa para conhecer a obra, principalmente pelos mistérios haha.

    Responder
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