Ethan é tudo o que Alek gostaria de ser: confiante, livre e irreverente. Apesar de estudarem na mesma escola, os dois garotos pertencem a mundos diferentes. Enquanto Ethan é descolado e tem vários amigos, Alek tem apenas uma, Becky, e convive intensamente com sua família e a comunidade armênia. Mesmo com tantas diferenças, os destinos de Ethan e Alek se cruzam ao precisarem frequentar um mesmo curso de férias. Quando Ethan convence Alek a matar aula e ir a um show de Rufus Wainwright no Central Park, em Nova York, Alek embarca em sua primeira aventura fora de sua existência no subúrbio de Nova Jersey e da proteção de sua família. E ele não consegue acreditar que um cara tão legal quer ser seu amigo. Ou, talvez, mais do que isso. One Man Guy é uma história romântica, comovente e engraçada sobre o que acontece quando as pessoas saem de suas zonas de conforto e ajudam o outro a ver o mundo (e a si mesmo) como nunca viram antes.
Gente, querida. Voltei! Yeah! Então meninos e meninas e in between, prontos para um livro lindo e engraçado sobre como sair da conchinha? E não estou falando SÓ da concha de preguiça; estou falando da concha que esta lá por covardia porque somos seres humanos, e não super heróis. Que frase mais clichê… Mas enfim. One Man Guy é mais um livro com temática homossexual. Dessa vez com um pouco mais de delicadeza, e mais leveza, e mais alegria.
One Man Guy é um daqueles livros que você pega para relaxar. Para se deixar levar pelas palavras e se imaginar em um mundo não tão diferente do seu, mas um pouco mais brilhante e divertido. Afinal, imagina que apenas uma viagem de trem te leva à Nova York e tudo o que aquela cidade que nunca dorme te oferece? E imagina tudo isso sendo adolescente, e fugindo sem os pais terem ideia? Não parece um plano interessante para um sábado à tarde? Eu também imaginei. Especialmente aqueles que não conhecem esse mundo, que não entraram nele, ou não tiveram curiosidade. Te digo amigo, entre, conheça e apaixone-se (e não estou falando por Nova York).
Começo isso tudo com:
” – Não, o que quero dizer é que é como se toda a minha vida eu tivesse tomado frozen yogurt. E beijar garotos é sorvete.”
Para quem não sabe, frozen yogurt é essa coisa ruim que se acha sorvete, mas não é (para quem gosta, desculpe ai, mas eu não curto). Então, sorvete. O que não é, senão o sentido da vida? Descobrir o porque eu gosto de mais açúcar, ou o porque o saudável não me é atraente? E eu continuo não falando de Nova York ou Frozen Yogurt, meus amigos. Alek, nosso menino, o personagem principal, o qual a vida nós invadimos e acabamos querendo mais, é um adolescente de recuperação da escola no verão ensolarado de Nova Jersey. Ele é deixado para trás pela família que sai de férias, e nós o encontramos saindo de sua vidinha nerd confortável e meio tediosa, para acompanhar o rapaz bagunceiro do grupo dos “desistentes” do colégio, chamado Ethan.
Como diz a sinopse, Ethan é tudo o que o Alek não é. E ao mesmo tempo sim. Vejam bem, crianças, estilo, linguagem, poses e cores de cabelos não são nada mais do que o reflexo de quem você é, de onde você veio, ou para onde você vai. E eu não estou falando do tipo estereotipado de ser. Eu pelo menos não, mas o escritor escolheu assim, então assim será.
” – Quero que você me leve para fazer compras.
– Acho meio cedo para escolhermos cortinas. Afinal de contas, não somos lésbicas.
– Não é isso que eu quero dizer, Ethan. Quero roupas como as suas. Roupas descoladas.
– Não é porque estamos juntos que você precisa se vestir como eu, Alek. Gosto como você se veste. É nerd-chique.”
Vejo muito de Alek em Ethan, e vice-versa. Enquanto um tem uma vida “comum” com a família armênia “tradicional“, o outro é fruto de um casamento que “não deu certo“, e de um pai meio aéreo para o que acontece com ele (e sim, é tudo entre aspas, porque no final das contas ninguém sabe o que é o certo). Bem, os dois se encontram em certa etapa da vida que se estende por toda a adolescência até um pouco da vida adulta: a incerteza divina. E não estou falando sobre religião ou nada pelo estilo; estou falando da nossa procura incessante por nós mesmos. Acho que ela nunca acaba realmente. Alek se achou um pouco, de quebra achou Ethan, e com um pouco de sorte, achou verdades felizes.
” – (…) Mas agora, que beijei você, quero ser um homem leal do jeito que Rufus quer dizer. E sei que isso é novidade para você, que pode não querer assumir nenhum compromisso agora, mas é a única forma de eu conseguir embarcar nessa. Comigo, é tudo ou nada.”
” – Quantos garotos da sua idade que você conhece são de uma “família normal”? Só vejo minha mãe algumas poucas vezes por ano. Os pais da maioria dos meus amigos são separados, ou não se falam. Acho que está na hora de nossa ideia de família se equiparar à realidade – disse Ethan.”
A arte de lutar com os pais sobre o que é melhor, sobre o que é mais certo, sobre o que a gente quer e que eles não entendem é uma luta perdida para muito gente. Mas não para Alek. E como em todo livro de final feliz (meio, se você for analisar outros dois personagens), Alek inventa e dá um jeito de todo mundo sair ganhando, inclusive ele. Com um pouco de culinária armênia (deu até fome), amor e ajuda dos amigos, temos um final com um pouco menos de clichê, e um pouco mais de realidade. Afinal, eles são adolescentes, vivendo em um mundo ainda em crescimento, tendo um universo mais colorido que o nosso, mas ainda assim tendo de conviver com o que nós temos: a luta (the struggle is real).
” – Só sei que gosto de estar aqui com você e não consigo me imaginar querendo mais ninguém. Isso basta para você?”
E quem não queria mais momentos Alex-Ethan levante a mão e tenha a decência de baixar ela! Pode ser que o livro não tinha o propósito de expor a relação deles, de contar como foi e como seria, mas eu queria que ele tivesse. Eu queria porque o Alex entrou, ou melhor, saiu do armário agora. É um pequeno detalhe que para muita gente parece o fim do mundo; para muita gente deve parecer o momento em que eles param e pensam: tá, e agora? Sai. Eu corro? Eu volto? Eu grito? Pelo menos essa foi a impressão. Para 14 anos e levar tudo tão na boa, achei um pouco meio pesado. Bem, mas é a minha opinião, e experiência pessoal, não sei vocês; me contem.
Para fechar com lacinho rosa e cortina novas: eu queria mais Ethan. Quero mais Ethan encarando uma relacionamento imaturo e novo. Eu queria Ethan tendo que entrar de cabeça na monotonia da vida. Não me mal interpretem, sair da conchinha é legal, é maravilhoso, é purpurinado, mas e se voltar de vez em quando, com aquela pessoa que sempre vai te tirar dela, for uma bela experiência para os dois lados? Nessa história nunca saberemos. Mas pelo menos o que sabemos é lindo. E o que é lindo se lê, se vê e se comenta. Então comentem, leiam, vejam e vão atras meus queridos, porque a vida é curta.
Detalhe: me apaixonei pelo Rufus Wainwright. Músicas melancólicas estão no momento pré natal.
Oiii, tudo bem?
Eu me agradei bastante da capa do livro, e por mais que seja bastante fã dessa editora, não me chamou a atenção este livro :((
Beijinhos
Oieee!
Já ouvi falar muito desse livro! Só bons comentários.
Pelo jeito você gostou dele também. Vou ter que ler… hehe…
Beijinhoss..
http://estantedalullys.blogspot.com.br/
bem, apesar de curtir a proposta não consegui me cativar com a premissa da história. Não sei se é pelo fato dele ter uma veia juvenil demais, e prefiro romances homossexuais mais ‘adultos’, mas a verdade é que não me conectei com o enredo, nem os personagens…
de qualquer forma, é uma proposta válida acerca do tema…
Oi, tudo bem? Eu não conhecia a obra, mas me interessei. A capa do livro logo me chamou a atenção e depois ao ler sua resenha fiquei curiosa para saber o que vai acontecer com os personagens. Vou anotar a dica e também vou indicar para um amigo, que sei que vai gostar.
Beijos
Leitora Sempre
Nossa, eu adoro livros com essa temática…
Adorei sua resenha, achei sincera e interativa, fiquei com muita vontade de ler esse livro.
Beijos
http://myself-here1.blogspot.com.br/
Olá, esse parece um livro que eu gostaria de ler, quando vi entre os lançamentos já fiquei curiosa por ele, por ter protagonistas jovens e descobrindo a vida e se descobrindo.
Se pessoa tem uma família saudável, sair do ‘armário’ aos 14 é algo absolutamente tranquilo. Depende muito da experiência familiar e social de cada um. Curti sua resenha, leria o livro pela temática que muito me atrai.
Oi Ruchiaa,
Que resenha mais fofa mulher.
Fiquei muito, muito, muito tentada mesmo a ler o livro, que eu nem conhecia antes de ler a tua resenha, espero um dia ter a oportunidade de fazer essa leitura e curti da mesma maneira que você curtiu.
beijão, girl :*
Olá, tudo bem? Gosto muito das resenha do blog, são sempre bem escritas e detalhadas 🙂
Esse livro não me chamou atenção porque eu não curto muito essas histórias com núcleos familiares e relação entre as pessoas… gosto de uma pegada mais fictícia rs
Beijos
Olá! Adorei a temática do livro e sua premissa. Fiquei super curiosa para conferir a história.
p.s.: Acho que as músicas de Rufus vão ficar no repeat por um longo tempo rsrs
Oie
Nossa, esse livro deve ser bem legal, eu tenho bastante vontade de ler e espero poder em breve pois adoro romances assim haha sua resenha ficou ótima
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Eu achei esse livro interessante, sinceramente, mas ainda não tive a oportunidade de ler. Acho que vale muito a pena essa leitura pra mim.
Nossa! Que resenha incrível! Adorei! One Man Guy já me conquistou desde a sinopse, e depois de ler sua resenha com certeza vou ler! Precisamos sair da zona de conforto sempre! Estou encantada pela música do Rufus! Parabéns pela resenha! Beijos
http://eicarolleia.blogspot.com.br/