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24 fev 2017

A Porta dos Leões – Steven Pressfield

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags4 estrelas, a guerra dos seis dias, Editora Contexto, não-ficção, Steven Pressfield

Autor(a): Steven Pressfield
Editora: Contexto
Nº de Páginas: 480
Comprar: Amazon

CURTI

    • 5 de junho de 1967. O Estado de Israel está cercado por inimigos que desejam sua completa extinção. O resto do mundo vira as costas para a jovem nação diante do perigo iminente.
      10 de junho de 1967. Os exércitos árabes são rechaçados, suas divisões em solo, eliminadas, suas forças aéreas, destruídas. O ministro da Defesa Moshe Dayan adentra a Cidade Velha de Jerusalém pela Porta dos Leões, para juntar-se aos paraquedistas que libertaram o local mais sagrado do judaísmo: o Muro das Lamentações.
      Essa foi uma das mais improváveis e impressionantes vitórias militares da história.
      Imerso em centenas de horas de entrevistas com veteranos da guerra, Steven Pressfield conta a história da Guerra dos Seis Dias de modo inédito: pelas vozes de homens e mulheres que lutaram não apenas por suas vidas, mas pela sobrevivência de sua nação e pelos sonhos dos seus ancestrais.
      “Um relato que vai se intensificando da ansiedade dos dias que antecederam os ataques aéreos à entrada triunfante na parte antiga da cidade sagrada através da Porta dos Leões, que leva ao Muro das Lamentações.” - The Los Angeles Times

Esse livro foi uma surpresa, recebemos a proposta de uma editora que não é parceira e aceitamos por tratar de um tema muito interessante. Neste livro aqui encontramos testemunhos pesquisado pelo autor com pessoas que de algum modo estiveram envolvida na Guerra dos Seis Dias no Oriente Médio. Entre os mais diversos relatos, estão os de pessoas que perderam entes queridos ou estiveram muito perto da morte. Uma vitória improvável, mas que não deixou de ser sofrida com a perda de muitas vidas, afinal pode ter sido apenas por alguns dias, mas foi uma guerra e guerras matam.

“Tudo o que sabe é que cada dia que o governo passa sem tomar uma decisão é um dia a mais que o inimigo tem para se preparar, para arregimentar tanques e armas, para cavar trincheiras e túneis e se fortificar. Cada 24 horas passadas significam que mais dos nossos vão morrer.”


Vamos primeira deixar claro o que foi a Guerra dos Seis Dias, foi um conflito que de fato começou quando Israel atacou a base da força aérea do Egito no Sinai.
Israel em sua defesa disse que o ataque era uma defesa, já que o Egito se preparava para fazer um ataque contra eles, no fim eles alegam que era auto defesa. Até hoje esse ponto é motivo de discussão, tendo defensores dos dois lados.
Aqui temos a visão da Guerra dos Seis Dias com testemunhos de pilotos que destruíram a força aérea egípcia
, na qual as estatísticas eram contra essa vitória. Temos toda uma visão de um povo judeu, de Israel, que combateu o exército árabe sem ajuda alguma de outra nação. Relatos dolorosamente sinceros, mas ao mesmo tempo com orgulho.
Através de muitas entrevistas com ex-militares e familiares que lembram do ocorrido, o autor traça como foi este caminho para a inesperada vitória. Sob um ponto de vista judeu, muitos detalhes são compartilhados.

“Será uma falha do motor? Um inimigo surgindo do nada? (…) Ponha uma coisa na cabeça: algo inesperado vai acontecer.”

Antes de falar mais sobre o livro, deixa eu contar sobre o que sei sobre história do oriente médio… quase nada. Não lembro de ter estudado sobre isso na escola (se bem que acho que ninguém estuda muito sobre, né?), e se tratando de uma das civilizações mais antiga, lógico, que lá tem muita história. Então, eu fico meio perdida sobre que guerra ocorreu, aonde ocorreu e contra quem. Não sei se só eu sou assim, mas creio que nós aqui do continente americano entendemos bem pouco o que se passa por lá, ao menos é a impressão que tenho. Mesmo sabendo de umas coisinhas ou outras, eu SEMPRE levo um choque cultural (mais do que com coisas asiáticas). Seja por costumes, o modo como eles pensam… eu acho tudo muito diferente, e fascinante.
Então lógico, fiquei um pouco perdida aqui, mas dá pra entender o que se passa mesmo que você seja um leigo em história do oriente médio, como eu sou.
Lembrando que a Guerra dos Seis Dias se passou em 1967, às vezes eu tinha que me lembrar, por conta da falta de tecnologia e outras coisas que devem ser diferentes por lá. E, muito importante, temos que levar em conta que o autor pegou estes testemunhos anos depois, mesmo que seja com as pessoas que estiveram lá não tem como a precisão ser tão alta. Contudo, eu gostei de como ele descreveu essas entrevistas incluindo também no livro alguns mapas e fotos da época, foi bom para me situar no contexto do que estava acontecendo.

“A natureza da guerra é a estupidez, e avançar sob fogo em veículos abertos deve ser o cúmulo dessa estupidez.”

Não tenho tanto costume de ler livros com reportagens, mas eu gosto bastante do gênero. Este aqui tem toda uma pesquisa por trás, mas ao contrário de ser algo mais distante de envolvimento pessoal, dá pra perceber que o autor se envolveu. Mesmo que tenha sido testemunhos de pessoas que viveram a Guerra dos Seis Dias, não tem como ser 100% fiel, afinal faz muito tempo que ocorreu (o autor inclusive nos avisa sobre esta questão da fidelidade). Mas, pra mim talvez por isso tenha sido bem mais doloroso e cruel de se ler. Tipo alguns relatos eram estranhamente táticos e frios, e eu ficava: “mas isso é uma guerra, pessoas estão morrendo”. O que eu parava pra pensar mais um pouco e lembrava que grande parte dos entrevistados eram militares, eles são treinados para agirem assim.
Enfim, é um livro com relatos, mas ao mesmo tempo temos aquela parte pessoal do autor, afinal ele é descendente deles, não tem como não ser pessoal. Confesso que sofri um pouco na leitura dos nomes, sério, estava tenso hahahaha. Mas, fora isso gostei bastante. Recomendo para quem curte um livro mais histórico, uma não-ficção sobre uma vitória muito improvável, mas que aconteceu de verdade.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Contexto, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

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• Postado por Debyh
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em março 2, 2017 às 9:20 pm
    autor: Sandra Mendes

    Aaaaaaahhhh Debyh!

    Me apaixonei pela sua resenha!
    Eu amo livros desse tipo (e documentários também) tipo, adoro reportagens e estou, neste momento, desesperada pra encontrar esse livro que eu nem sabia que existia!
    Vou comprar assim que puder!
    Parabéns pela resenha, está maravilhosa!

    Beijos!

    Responder
  2. postado em março 2, 2017 às 11:48 pm
    autor: Daniela

    Oi.

    Também não leio muito esse gênero, pensando bem, acho que nunca li nenhum livro assim. Mas esse me interessou pelo seu conteúdo. Tenho certeza que adoraria ler e saber mais sobre esse assunto.

    Responder
  3. postado em março 3, 2017 às 9:42 am
    autor: Morgana Brunner

    Oiii Debyh, tudo bem?
    Menina eu fiquei apaixonada por essa obra que tu trouxeste, eu não conhecia a editora e nem a obra e sempre gostei de livros de guerra, então com toda certeza esse vai para a minha listinha.
    Beijinhos da Morgs!

    Responder
  4. postado em março 3, 2017 às 8:36 pm
    autor: Angel Sakura

    Impactante, já quero pra vida!

    Responder
  5. postado em março 4, 2017 às 3:28 pm
    autor: Aline Belloni

    Antes eu não dava muita atenção a livros assim, mas ultimamente estou gostando muito de saber sobre coisas assim. Ainda mais se tratando de um assunto como esse.
    Amei a resenha!

    Responder
  6. postado em março 6, 2017 às 9:47 pm
    autor: André

    Oi Debyh,
    Apesar da importância histórica, não gosto muito de livros jornalísticos, justamente pela falta de emoção. Mas, pela sua resenha, esse não parece ser o problema já que o autor é um descendente de judeu.
    Mesmo assim, vou deixar passar a dica. Obrigado.
    Beijos, André
    Garotos Perdidos || Participe do sorteio da série Stage Dive no IG do canal

    Responder
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