Helen Hamilton passou a vida inteira tentando disfarçar o fato de que é uma garota diferente, mas agora, aos dezesseis anos, isso está cada vez mais difícil. Não apenas por causa de sua força sobre-humana ou porque às vezes, sem motivo aparente, pessoas estranhas simplesmente a atacam, mas também porque ela teme que seu juízo esteja seriamente comprometido. Pesadelos recorrentes com uma estranha viagem pelo deserto e a visão de três mulheres derramando lágrimas de sangue a tem atormentado noite e dia. Ao mesmo tempo, um impulso inexplicável, incontrolável, passa a dominar seus pensamentos: Helen quer matar Lucas, um dos rapazes da glamorosa e misteriosa família Delos. À medida que descobre mais sobre sua verdadeira origem, ela percebe que a relação dos dois está submetida não só à sua vontade, mas a forças e tradições ancestrais.
Um livro que utiliza a mitologia grega e semideuses pegando um ponto de vista diferente da saga do Percy Jacson, estava claro que eu iria querer devorar esse livro, né? Fiquei enrolando devido à lista de leitura que eu tinha antes de poder ter um tempo livre, acabei fazendo o livro furar fila e não me arrependi. Foi uma leitura deliciosa e divertida. Ainda que tenha me irritado em alguns pontos (ó Helen perfeita, muitos comentários sexistas, a tendência de usar frases grandes e complexas, além do enredo meio louco em alguns pontos), a verdade é que serviu como entretenimento e isso já fez valer a pena.
” — Em qual deles você pulou? — perguntou Jerry, lutando contra um sorriso.
— No maior — respondeu Helen com um sorriso discreto se formando no rosto. Jerry olhou para Helen, assobiou e ligou o motor.”
A história trata de uma adolescente, Helen, que vive numa ilha com seu pai. Ela tem uma vida normal e rotineira, ela detesta arrumar confusão e chamar atenção. Por isso tenta ao máximo não se destacar. A sua vida calma é alterada quando uma nova família se muda para a ilha, a família Delos. Mesmo sem nunca ter visto nenhum deles Helen descobre ter um ódio mortal por eles e na presença deles ela vê as três fúrias (que de acordo com a mitologia são a personificação da vingança e servem para punir os mortais açoitando os culpados e enlouquecendo-os). E por esse motivo Helen perde todo o controle e tenta matar Lucas na primeira vez que o vê, com isso temos a premissa de nossa história. Com Helen como protagonista quem vocês acham que é Lucas?
” Ele era alto, pelo menos um metro e oitenta, e tinha o corpo forte, apesar de os músculos serem longos e esguios em vez de volumosos. Tinha cabelos curtos negros e um bronzeado forte de final de verão que destacava seu sorriso branco e os olhos azul-piscina.
Encontrar os olhos dele a despertou. Pela primeira vez na vida, Helen soube o que era o mais puro e venenoso ódio.”
A vida segue e a vida de Helen muda completamente sendo atormentada pelas fúrias, tendo pesadelos estranhos e, principalmente, por sentir coisas contraditórias sobre a família Delos. Porém, o destaque maior é sobre Helen descobrir quem ela mesma é, sobre as suas origens e sobre o quanto a Mitologia Grega era sua história de família, aceitar que ela sabia que era diferente e mesmo assim querer ser normal. Quase como qualquer pessoa no mundo inteiro rs.
” — Como você sabe tudo isso sobre mim? — falou Helen, abobalhada. Claire suspirou.
— Depois que a empurrei do telhado… — começou ela.
— Depois que você o quê? — gritou Lucas.
— Foi quando tínhamos sete anos! E ela não se machucou! — gritou Claire de volta. — De qualquer forma, eu sabia sobre o negócio da faca porque, bem, eu também tentei cortá-la uma vez — continuou, constrangida”
É dito no livro que os ciclos se repetem outra e outra vez, e nesse momento um padrão perturbador está começando e isso muda tudo. E então é aqui que conhecemos a verdade sobre os semideuses e a história se torna um pouco mais complicada, sangue por sangue, o inicio de uma tragédia.
Helen descobre seus poderes e que é uma semideusa, mas até mesmo isso pode não ser suficiente para desafiar as forças de um destino sinistro que envolve não só ela, como Lucas. E tudo é muito mais profundo do que Helen espera, não é apenas a sua vida, é o mundo que está em jogo. Claro que temos muitos sentimentos caóticos que vem despedaçar tudo que foi conquistado, repetindo novamente os destinos já definidos. É proibido para nossa protagonista se apaixonar pelo seu “Lucas”, vocês acham que existe motivo maior para que isso aconteça?!
” Havia uma infinidade de formas que ela poderia admirar essa pessoa e, por causa disso, havia uma infinidade de formas de ela se apaixonar por ele de novo e de novo.”
O grande destaque do livro pra mim são os personagens secundários, Claire foi uma deliciosa surpresa, uma amiga astuta e com consciência. Ela não sufocava, ao mesmo tempo agindo quando era necessário e dando um choque de realidade em nossa protagonista. A língua afiada e inteligência me conquistaram rapidamente. Gosto bastante do pai da Claire também, ele tem atitude e é um pai muito amoroso. Suas lições de vida davam um frescor na história (“Porque geralmente quando uma mulher passa horas cozinhando um prato complicado e então simplesmente senta à mesa com uma cara de quem está irada, isso significa que em algum lugar algum cara fez algo realmente estúpido.”). E devo dizer que me encanto muito com a Cassandra, ela tem um destino cruel, porém eu torço pra que no fundo todos possam ficar bem.
“Eu não me importo o quão difícil é ficar com você, nada é pior do que ficarmos separados.”
Por fim devo dizer que o livro é bem previsível em muitos pontos e a escrita é bem complicada, se perdendo em alguns momentos. O romance eu achei muito exagerado, não acreditei que deveria ter sido tão forte, porém eu aceito isso como sendo obra do destino. E também não achei legal esse lance de parear todo mundo, não precisava disso tudo rs. Espero que no segundo livro eles possam me convencer mais. Acredito que a história tem potencial para melhorar e eu vou continuar lendo confiando nisso.
OBS: Pra quem quiser ler sobre a história de Helena e Páris eu deixo um link muito bom AQUI e a Wikipédia sobre a Ilíada
lembra Percy Jackson??
Não, Percy Jackson, pra mim pelo menos, é comédia e aventura, Predestinados creio que seria mais romance e um pouco de aventura, o que tem em comum os dois é a mitologia grega, apenas isso. ^^/
Isso aí, nada a ver com Percy. O uso da mitologia é totalmente diferente e o foco é oposto. Enquanto em Percy temos ação com um pouco de romance, aqui temos Romance com um pouco de ação rs.
Já vi uma amiga lendo mas ela disse que não gostou? :/
Eu achei mais ou menos. Estou esperando que o próximo melhore, essa vibe de amores psicoticos tá muito tenso rs
Eu gosto da parte dos amores psicóticos ahahaha O que me irrita é intereferencia da familia ahahaha
cara oq irrita é não posso dar um passo sem vc, senão eu MORRO!!!!!!! shushushs
e não era pra ter um ponto de interrogação no final do meu comentário anterior. HAHAHA
hauhua Acontece rs
Ainda não conhecia o livro, mas não me interessei muito por ele não :/
é um livro mediano, porém vale a leitura rs. SE tive roportunidade dê uma chance!^^
Eu já tinha ouvido falar do livro, e até achei bem interessante, mas já estou com tanto livro pra ler que vou demorar um pra ler esse.
bjs!