É preciso responder a uma série de perguntas, passar por um criterioso processo de seleção e se comprometer a seguir inúmeras regras para morar no nº 1 da Folgate Street, uma casa linda e minimalista, obra-prima da arquitetura em Londres. Mas há um preço a se pagar para viver no lugar perfeito. Mesmo em condições tão peculiares, a casa atrai inúmeros interessados, entre eles Jane, uma mulher que, depois de uma terrível perda, busca um ponto de recomeço.
Jane é incapaz de resistir aos encantos da casa, mas pouco depois de se mudar descobre a morte trágica da inquilina anterior. Há muitos segredos por trás daquelas paredes claras e imaculadas. Com tantas regras a cumprir, tantos fatos estranhos acontecendo ao seu redor e uma sensação constante de estar sendo observada, o que parecia um ambiente tranquilo na verdade se mostra ameaçador.
Enquanto tenta descobrir quem era aquela mulher que habitou o mesmo espaço que o seu, Jane vê sua vida se entrelaçar à da outra garota e sente que precisa se apressar para descobrir a verdade ou corre o risco de ter o mesmo destino. Com um suspense de tirar o fôlego e um clima de tensão do início ao fim, JP Delaney constrói um thriller brilhante repleto de reviravoltas até a última página. Uma história de duplicidade, morte e mentiras.
Bom livro esse tal de Quem era ela, sabe aqueles filmes de terror em que tem algo muito errado com o local aonde pessoa está? Eu tive essa sensação no livro inteiro, o que acho que era a intenção do autor. Adorei isso. Jane precisa de uma mudança, algo que a faça espairecer, então decide mudar de casa. Folgate Street n°1 parece ser ótima, com sua tecnologia de ponta e seu minimalismo extremo a verdadeira casa moderna e perfeita. Porém, para ser inquilina desta casa é preciso passar pelo questionário rigoroso do arquiteto da casa, e também preencher requisitos antes e depois para morar na casa. Com uma tecnologia na casa inteira, Jane começa se perguntar o que aconteceu com os antigos moradores e fica curiosa sobre o motivo de não estarem mais na casa. Ela vai atrás de pistas e sua vida começa a entrar numa eterna dúvida se ela está mesmo segura naquela casa. Ela está?
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“- Há cerca de duzentas exigências no total. Mas é a última que gera a maior parte dos problemas.”
Emma era a moradora anterior. Ela morava antes de ficar desocupada novamente, e acompanhamos também a parte dela na história, juntamente com o ‘agora’ que é Jane. As duas com pontos de vista em primeira pessoa.
O arquiteto, Edward, é uma pessoa excêntrica, e sua casa e do mesmo jeito. É extremamente minimalista, e não é exagero, a casa é praticamente de uma cor só como se fosse uma caixa de vidro
jamais moraria lá com tecnologia de ponta na casa inteira, reconhecimento do morador com pulseiras, e a maior parte das coisas escondidas em compartimentos. Temos também a ressalva de não poder se levar muitos objetos pessoais para casa e nem mudar nada de lugar. Emma, que se muda juntamente com seu namorado Simon, ama a casa e por isso se mudam para lá, apesar de Simon não ter gostado muito de Edward.
No “agora” temos Jane que quer ser a nova moradora, ela acabou de sofrer uma perda e quer um recomeço. Acha as exigências um pouco demais, porém acaba aceitando. Mas, aos poucos ela percebe que aquele lugar viu muitas tragédias. Agora Jane está disposta a descobrir o que realmente aconteceu naquela casa, com todos os outros moradores. E temos desde um caso de invasão domiciliar, até a perda de pessoas, aos poucos as histórias vão se juntando e Jane entendendo o que realmente tinha acontecido ali, naquela casa. A verdade é que Folgate Street n°1 parece ser cada vez mais envolvida em mistérios, desde a sua construção até depois quando os moradores passam a conviver com toda a tecnologia que ela possui.
“A casa quer que eu saiba, tenho certeza. Se as paredes falassem, Folgate Stree, n° 1 me contaria o que aconteceu aqui.”
Antes de tudo tenho que deixar uma coisa clara, quando vejo/leio essas coisas de a casa inteira com tecnologia, quase um IA (inteligência artificial), só consigo chegar a uma conclusão… JAMAIS MORARIA NUMA CASA ASSIM. Não depois de tantos filmes, livros e outras coisas (não sei o que) de terror envolvendo casas/coisas inteligentes. Após essa breve confissão sobre meu terror de casas inteligentes, é óbvio que este livro já me aterrorizava né. Juntando a isso ao fato de Edward parecer um psicopata já viram, né? Porque não pode ser normal uma pessoa projetar este tipo de casa e exigir tantas coisas do futuros moradores.
Falando um pouco da vida delas, Emma estava traumatizada com o assalto que teve em sua casa, a qual morava com Simon, por isso procuraram outra casa, algo que a deixasse segura. Simon não gostou muito das exigências, mas fazia qualquer coisa por Emma, e aceitou então. Jane parece um pouco mais desconfiada do que Emma foi quando ela aceitou a proposta, mas mesmo assim aceitou, o que não a impedia de investigar sobre os acontecimento daquela casa. Como a narração é em primeira pessoa alternando entre a Emma e a Jane, tem que se atentar quando muda a narradora. Mas, achei que o autor conseguiu distinguir bem uma da outra, em um certo ponto do livro eu nem precisava ver no começo do capítulo quem era que estava narrando, as duas são bem diferentes uma da outra.
“14. Tento não deixar as pessoas saberem o que estou pensando.
Concordo ◘ ◘ ◘ ◘ ◘ Discordo”
Este é um livro de thriller psicológico, que para mim beira bastante o terror. Essa casa me assusta, as pessoas não serem o que aparentam também me assusta, e, acima de tudo, todos serem tão egoístas me assusta. Sendo sincera, eu devorei cada página desse livro por simplesmente querer entender a casa e todos os envolvidos, tudo era tão perturbador com o passar dos capítulos que não tinha como não ler rápido. Por mais que as coisas fossem se resolvendo aos poucos o autor conseguiu dar várias reviravoltas, até o final foi diferente do que imaginei. A intensidade da leitura me prendeu bastante, ficava me questionando sobre o que iria acontecer, e foi uma surpresa boa ter sido surpreendida em diversos pontos. Por fim, devo dizer que este é um livro que recomendo, vai ficar na sua cabeça por um bom tempo. E deixa te perguntar, você tem interesse em alugar a casa na Folgate Street n°1?
é na pegada da menina do trem? gostei muito da resenha e entrou na lista de leituras
UAL, amiga sua doida, eu não consigo, que resenha incrível a sua, mas se eu fiquei com medo? Provável. Adoro suas resenhas são tão bem elaboras, a história também me fez lembrar dos filmes que ja assisti sobre AI. Acho que eu moraria, por um tempo mas não sempre. kkk
Bela resenha. <3
Beijos
Não é bem o meu tipo de livro, confesso. Eu não leio muito do gênero Debyh, mas eu gostei muito da resenha, me animou bastante para dar uma chance do livro.
Oi Deby, sua linda, tudo bem?
Eu nunca que iria morar nessa casa. Se você sente que tem algo errado, caia fora enquanto pode, risos…. E vamos combinar que essas exigências além de esquisitas são muito suspeitas, risos… Para os fãs do gênero parece uma boa dica. Sua resenha ficou ótima!!!
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Olá,
Desconhecia a obra e confesso não ser um gênero que me atrai muito.
Porém, sua resenha me deixou bem intrigada e estou pensando em dar uma chance sim. Essa sensação de que tem algo muito errado durante toda a leitura parece dar uma agonia no decorrer das páginas, gosto disso.
Jane parece ser uma personagem bem interessante e quero muito saber como ela conseguiu passar por todos os testes realizados.
LEITURA DESCONTROLADA