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8 set 2014

Quem, eu? – Fernando Aguzzoli

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros TagsBiografia, Editora Belas Letras, Fernando Aguzzoli, nacional, não-ficção

Autor(a): Fernando Aguzzoli
Editora: Belas Letras
Nº de Páginas: 240

CURTI

    • Ele largou tudo que tinha – o emprego, a carreira, os estudos – para cuidar da avó com Alzheimer. E descobriu que compartilhar a dor não é sofrê-la no coletivo.
      É livrar quem dela sofre. Ao ver a avó que o criou enfrentar o triste dia a dia de um portador de Alzheimer, Fernando Aguzzoli decidiu largar tudo que tinha – o emprego, a carreira, os estudos – para tentar amenizar o sofrimento com amor e muitas risadas. Convivendo com a divertida, bonachona e, claro, sempre esquecida vovó Nilva, Fernando, um jovem aspirante a filósofo com um talento epistêmico para a comunicação, aprenderá uma lição de vida que doença nenhuma poderá apagar. A história real que emocionou o Brasil e vai fazer o leitor rir e chorar em cada página, mas nunca mais se esquecer dela.

Esse livro é uma história real e foi um dos motivos que me fizeram ler esta história. E enquanto lia minha cabeça sempre ficava me lembrando: olha isso aconteceu de verdade!
Mas isso não me fez sorrir menos enquanto virava as páginas. É um livro tocante com sábias lições de vida, lições partilhadas de avó e neto. Lições de amor e de superação, resumindo lições de vida.

“Eu não ia conseguir curá-la. Mas a gente iria rir à beça!”

Este livro conta a história de um neto, Fernando, que se dedicou a cuidar de sua avó, Nilva, a qual era portadora de Alzheimer.
Quando li a sinopse, achei a decisão dele um tanto quanto corajosa. Quem conhece alguém que tem Alzheimer ou até mesmo cuida de um, sabe o quanto é difícil e cansativo lidar com essas pessoas.
Não se trata de um simples esquecimento, é praticamente a regressão para a vida de criança. Creio que os mais afetado não seja o paciente e sim as pessoas próximas ao doente. Por mais que sejamos racionais e tentamos entender o que se passa, é difícil ver alguém que se ama se “perdendo” em suas lembranças e se esquecendo de coisas básicas do dia a dia. Quem já passou por isso sabe o quão doloroso é.

“Eu: Vó, tu sabes onde estão meus livros do colégio?
Vó: Ali em cima, meu amor.
Eu: Por que estão com as páginas marcadas?
Vó: Achei que poderia ser interessante a leitura.
Eu: A senhora leu meus livros do colégio?
Vó: Sim, eu li.”

O livro é dividido em três partes: história, fotos e diálogos.
Na história temos a um breve resumo da vida da vó Nilva, nada muito longo e da convivência de Fernando com a vó. O livro é narrado por ele, então, lógico, é do seu ponto de vista.
As fotos são variadas, mas sempre acompanhadas de frases bem humoradas. Os diálogos são as partes mais engraçadas do livro, me peguei rindo várias vezes.

“Todos somos passíveis de erros, e, acredite, todos vamos errar. Mas tão importante quanto levantar-se de um erro é fazer com a intenção de não mais cair.”

Mesmo se tratando de um assunto um tanto quanto pesado o livro é “leve”. Te emociona, e te faz rir nos momentos certo.
O livro é bem curto, e cativante por isso li rapidinho, por esse mesmo motivo a resenha não pode ser muito grande. Achei interessante ele ter características de internet, como hashtags e QR Code (vejam os vídeos que vale a pena!), e páginas coloridas, afinal é uma forma de incorporar mais coisas a ele.
Para quem já passou por uma experiência parecida com a do Fernando, ou quer saber sobre o assunto de um modo mais simples, ou simplesmente gosta desse gênero super recomendo! É lindo e tocante, além de ser emocionante poder entrar na vida desses dois que esbanjam amor e alegria. Eu Insisto que leiam e aprendam algumas coisas boas que essa vida nos oferece, mesmo que nas situações mais diversas.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Belas Letras, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

Você poderá gostar de ler essas resenhas também:

  • A Teoria de Tudo
  • Porta dos Leões
  • Playlist



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• Postado por Debyh
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em setembro 8, 2014 às 8:27 pm
    autor: Angel Sakura

    Lindo, parece ser muito tocante. Acho que por ter fotos deve aproximar muito né?
    Obrigada pela resenha

    Responder
    • postado em setembro 11, 2014 às 8:02 pm
      autor: Debyh

      As fotos são tão ‘familias’ que a gente fica mais próxima a eles.

      Responder
  2. postado em setembro 8, 2014 às 9:42 pm
    autor: Naathy ~

    Realmente, parece ser um livro lindo. Adorei o fato do livro ter três partes, te deixa mais ligado a história <3

    Responder
    • postado em setembro 11, 2014 às 8:00 pm
      autor: Debyh

      Sim, achei isso bem legal também.

      Responder
  3. postado em setembro 8, 2014 às 9:43 pm
    autor: Nanalees

    Tive esse mesma experiência com minha vó. Nunca me esqueço e sempre me emociono ao lembrar. Lindo livro!

    Responder
    • postado em setembro 9, 2014 às 7:59 am
      autor: Angel Sakura

      Deve ter sido barra heim Nad. Força.

      Responder
  4. postado em setembro 9, 2014 às 9:58 am
    autor: Nami

    Parece uma doença longe, não como um cancêr e então você percebe que é mais comum do que espera. Meu tio faleceu da mesma doença.
    obrigada pela resenha, e por trazer coisas boas ao invés das tristes.

    Responder
    • postado em setembro 11, 2014 às 8:00 pm
      autor: Debyh

      Também pensava a mesma coisa. Achei positivo ver outro lado numa situação assim.

      Responder
  5. postado em setembro 9, 2014 às 11:56 am
    autor: jose

    é um ato de amor incondicional que ele nunca vai se arrepender.

    Responder
    • postado em setembro 11, 2014 às 7:58 pm
      autor: Debyh

      Sim, acho isso muito bonito da parte dele!

      Responder
  6. postado em agosto 12, 2017 às 4:06 pm
    autor: Adriana

    Eu já tinha lido. Achei super fofo e emocionante o carinho desse neto por sua avó. Apesar de já saber o final do livro, me emocionei muitoooo! Amei, ainda mais os diálogos q são super engraçados!

    Responder
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