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9 ago 2017

Querida Filha – Elizabeth Little

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags4 estrelas, drama, Editora Rocco, Elizabeth Little, suspense

Autor(a): Elizabeth Little
Editora: Rocco
Nº de Páginas: 368
Comprar: Buscapé

CURTI

    • A relação mãe e filha – e os segredos que podem se esconder em seus meandros – é o combustível do bem-sucedido romance de estreia de Elizabeth Little, lançamento da coleção Luz Negra, que reúne o melhor do suspense feminino contemporâneo. O livro acompanha a ex-it girl Janie Jenkins, que, ao sair da prisão 10 anos após ter sido condenada pela morte da mãe, só deseja fugir dos holofotes e encontrar o verdadeiro assassino. Só há um problema: Janie não tem certeza absoluta de que não cometeu o crime. E, seguindo a única pista que possui, inicia um périplo que a levará a uma pacata cidade em Dakota do Sul e a um revelador encontro com o passado.

Eu gostei muito de Em Um Bosque Muito Escuro, que é da mesma coleção de livros deste aqui, o Luz Negra, então claro eu tinha uma expectativa boa (expectativas altas estou evitando huahauah) sobre este livro.
Com um suspense que te faz virar as páginas rapidamente, e um mistério que fica cada vez mais confuso, Janie nossa protagonista nada comum se perde entre lembranças desagradáveis e um passado que ela insiste em perseguir, afinal ela precisa descobrir o que realmente aconteceu com a sua mãe.

“Se eu cometesse um crime menor agora, será que seria pra lá que eu iria?”

Janie acabou de sair da cadeia após 10 anos. Ela foi presa pelo assassinato da sua própria mãe, porém ela não tem tanta certeza do que aconteceu quanto a morte em questão. Mesmo que Janie não fosse tão chegada a sua mãe, e que ela de verdade não tenha sido uma boa garota em sua vida (e nem tenha tido um lar estável por causa da mesma). Janie não tem a convicção de que a teria matado. Muitas provas a incriminaram, e levando em conta seu comportamento perante a mídia e a imprensa como causadora de problemas, Janie foi sentenciada a 10 anos de cadeia. Mesmo após tanto tempo, e enfim livre, sua memória do dia do assassinato ainda é completamente confusa, mas isso não a impede de ir atrás da verdade. Com inúmeras acusações da população, (e dela mesma) com uma mãe que não era uma pessoa assim tão agradável e fácil de se lidar, Janie está disposta a descobrir o que realmente aconteceu com sua mãe e com ela mesma.

“Ele ainda sonhavam em ser melhores do que isso e tinham aspirações de que um dia deixaremos tudo isso para trás. O melhor que se pode esperar é poder começar do lugar menos pior possível. O restante de nós vai ter que fazer dar certo.”

Antes de mais nada tenho que dizer que Janie não é uma personagem fácil de se gostar. E não, não digo isso por sua possível chance de ser uma assassina, e sim por ela ser autodestrutiva! Eu simplesmente não tenho paciência para pessoas assim, mas toda a mente confusa e a loucura que ela mesma se meteu compensaram para mim a leitura deste livro.
Apesar de este ser um suspense, não espere altas investigações e coisas do gênero. Temos aqui todo um terror psicológico, mas basicamente é a própria personagem se colocando nessa situação. Digo isso porque é ok ela querer saber a verdade, afinal ela pagou longos 10 anos na cadeia por isso, mas tipo ela acabou de sair da cadeia e você me jura que vai atrás de confusão? Por outro lado eu ficaria bem indignada de pagar por algo que eu provavelmente não cometi… mas vai saber né? Além de toda a mente perturbada de Janie (eu acho que ela já era meio hã… mentalmente instável antes de ser presa), podemos acompanhar também um pouquinho do passado dela pelas lembranças. Tudo cooperou para uma aparente loucura que ela apresenta. Ainda mais duvidando de si mesma sobre ter matado ou não a própria mãe, como ser sã assim?
Determinada a entender de uma vez por todas o que aconteceu, Janie vai atrás das poucas pistas que possui e acaba se deparando com problemas dos quais ela não parece não se dar conta. Em meio a loucuras da sua mente perturbada, Janie tenta descobrir o que aconteceu, descobrir a verdade.

“Mas, e se eu mesma tivesse feito? Como ela olharia para mim, então? E por que eu me importava tanto com isso?”

Preciso dizer que este não é o tipo de livro de suspense em que temos uma grande investigação ou até mesmo um grande mistério, e eu já disse isso ali em cima, estou repetindo pra ficar bem claro. Ok, temos um grande mistério mas não vá esperando muito por isso. Falo isso porque eu li inúmeras resenhas de pessoas que detestaram o livro, e eu não posso dizer que eles estejam errado, porque eles esperavam outra coisa. E eu entendo, porque quando eu cheguei ao final do livro achei digamos Janie meio burrinha e devagar em vários aspectos, mas para mim o que valeu na leitura foi a loucura e quanto a dúvida de se ela tinha matado a própria mãe a atormentaram. Como eu disse eu esperava o suspense que encontrei Em Um Bosque Muito Escuro, algo mais psicológico, mas sem grandes reviravoltas nem grandes mistérios. Talvez a história tivesse ficado melhor se fosse ou totalmente para ou drama ou para a loucura extrema do suspense… não sei, algo assim talvez. O quero dizer é que foi um bom livro, especialmente se focar no que é bom e não procurar o que não existe. Ela era uma mulher mentalmente instável que queria buscar a verdade, mas não tinha a habilidade de um investigador e usou as armas que tinha. Saber se ela era sã ou não foi a parte mais divertida de se acompanhar. Enfim, se você espera um grande suspense não vai encontrar aqui, mas por outro lado a loucura por não saber o que aconteceu e as consequências de todo uma vida são sofridas na pele por Janie em sua busca pela verdade.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Rocco, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

Você poderá gostar de ler essas resenhas também:

  • Névoa
  • Lugares Escuros
  • Em Um Bosque Muito Escuro
  • Playlist

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• Postado por Debyh
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em dezembro 4, 2017 às 6:10 pm
    autor: Sandra Mendes

    Hey, Debyh!

    Quando li a sinopse desse livro, não fiquei muito interessada, achei que seria chato. Agora, depois da sua resenha, tenho certeza de que eu odiaria… rsrs.
    Também não tenho paciência com personagens autodestrutivos, nem com suspenses com investigação fraca. Então, definitivamente, esse livro não é pra mim. Que bom que eu não solicitei! rsrs

    Beijos!

    Responder
  2. postado em dezembro 7, 2017 às 4:33 am
    autor: NIZETE RIBEIRO

    Pesado heim? Matar a própria mãe! Claro que esses questionamentos nos faz acreditar no oposto e junto com o personagem buscar a verdade. Adooooro suspense e mistério.
    Anotado a dica!
    Nizete
    Cia do Leitor

    Responder
  3. postado em dezembro 10, 2017 às 9:34 pm
    autor: Catharina Mattavelli Costa

    Olá
    nossa, esse é exatamente o tipo de livro que eu gosto pois adoro suspense psicológico e a resenha e o enredo já me atraíram horrores. Muito interessante os pontos ressaltados que deixaram a leitura tão fluida, então espero conseguir ler em breve

    beijos
    http://www.prismaliterario.com.br/

    Responder
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