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13 fev 2019

Robinson Crusoé – Daniel Defoe

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags4 estrelas, aventura, clássico, Editora Nova Fronteira, mestres da aventura

Autor(a): Daniel Defoe
Editora: Nova Fronteira
Nº de Páginas: 495
Comprar: Box | Mestres da Aventura

CURTI

    • Robinson Crusoé é a obra-prima de Daniel Defoe. Nele, o jovem protagonista abandona sua pacata rotina na Inglaterra para se tornar marinheiro. A partir daí, ele leva uma vida de aventuras e riscos mortais que culmina no mais completo isolamento. O personagem termina em uma ilha remota, onde vai permanecer por quase 28 anos, refletindo sobre o sentido da vida, aproximando-se de Deus e criando um mundo próprio do qual ele é o senhor absoluto e solitário.

Ao contrário de outros clássicos que estou lendo atualmente, este eu já tinha lido quando era mais nova. Porém a versão a qual tinha lido antes era bem resumida, e certas coisas eu não me lembrava ou na época tinha entendido errado porque faz tempo. Mas um sentimento continua o mesmo: essa história é muito triste.
Robinson Crusoé é jovem quando embarca em uma aventura para sair de sua rotina, então ele vira marinheiro. Porém devido a um naufrágio ele acaba se vendo sozinho em uma ilha deserta, e então sua vida solitária começa. Com o passar do tempo ele percebe que vai ter que viver sozinho por um bom tempo ou até mesmo pra sempre. Uma história sobre viver sozinho tanto tempo, e apreciar as pequenas coisas da vida.

“Minha vida solitária não tinha importância. Não pedi para livrar-me dela, nem mesmo pensei nisso. Era algo de todo insignificante em comparação com o resto.”

Com um status bom, uma família renomada e sua vida sendo relativamente mais fácil do que as de outras pessoas Robinson Crusoé está entediado, e nada tira de sua cabeça que ele precisa viver uma grande aventura no mundo ‘lá fora’ e isso vai acontecer viajando, é óbvio. Ele é jovem e não dá muita atenção a todas as advertências que recebe de sua família, então ele parte virando um marinheiro. As coisas não saem como ele imagina e Robinson se vê diante de muitas situações arriscadas.
Quando ele se depara com uma ilha deserta no momento em que praticamente estava sem esperança ele vê aquele lugar como sua salvação. Porém com o passar do tempo percebe que aquele lugar é muito isolado e que talvez um resgate seja praticamente impossível. Com o passar dos anos sua vida solitária parece ser algo eterno, e mesmo se acostumando ao lugar ele se arrepende de muitas decisões que tomou em sua vida.

“Na verdade, jamais temos perfeita consciência de nossa situação antes que circunstâncias contrárias as revelem para nós.”

Mesmo este livro tendo muitas aventuras de Robinson, boa parte dele, tipo uns 80% do livro é dele sozinho na ilha deserta. Porque assim quem sabe da história por cima não para e pensa que foram 28 ANOS em uma ilha SOZINHO. Eu acho que é muito tempo pra uma pessoa ficar afastada da civilização. Claro que temos toda a história de como ele chegou lá e de como ele aos poucos foi se virando sozinho. Não me canso de admirar o quanto personagens com tão pouco (numa época tão distante, a história se passa no século XVII) conseguem se virar bem com o que tem.
Aliás uma das coisas que preciso dizer é que o livro inteiro é como se fosse um diário da sua vida, toda a narração é feita em primeira pessoa pelo Robinson e quase não temos diálogos (isso é meio óbvio né hehehe). A narração algumas vezes pode ser do dia a dia dele mesmo na ilha ou lembranças, mas como boa parte do livro é sobre as aventuras dele por muitas vezes realmente é SÓ com ele mesmo na história. Como eu falei este livro pra mim tem uma história bem triste, porque além dele ter ficado por boa parte da vida sozinho, o protagonista começou a pensar todos os tipos de coisas sobre o porquê de aquilo ter acontecido com ele, convenhamos ninguém fica mentalmente são sem contato com outras pessoas.
Este livro, também pelas coisas que acontecem e por toda a sobrevivência do Robinson sozinho na ilha, é com certeza a base para muitas outras histórias de naufrágio e aventuras pelos mares, quando você lê dá pra perceber as diversas inspirações de outros livros/filmes/séries neste aqui, o que realmente faz deste livro um clássico. Um exemplo bem claro é aquela cena do filme Náufrago de quando ele volta pra civilização e acha ridículo o quanto é fácil obter fogo, aqui no livro Robinson fica assim quando se depara com uma faca a qual para ele fazer algo parecido o mesmo tinha levado dias (igual no filme só que com o fogo).De certa forma as duas histórias passam isso sobre o quanto algumas coisas não são fáceis de obter quando se está sozinho. Se naquela época já tínhamos este tipo de ideia imagina com a modernidade de hoje em dia? É algo a se refletir, especialmente as comodidades que são tão fáceis que sequer valorizamos.

“Devo confessar, depois de tantos anos de experiência, que, de todas as condições da vida, nenhuma torna o homem mais infeliz do que o contínuo temor.”

Como ponto negativo este livro tem certas passagens que são bem datadas, seja por algumas situações ou por certo tipo de pensamento, então lembrem-se quando forem ler que ele foi escrito no início do século XVIII, por isso algumas coisas são bem da época mesmo. Ainda falando da parte que não gostei muito achei que o final foi bem arrastado e por mim deveria terminado bem antes. A leitura não é rápida, mas creio que isso é por conta das passagens às vezes serem bem minuciosas sobre o dia a dia dele e coisas assim.
A edição que eu li é a do box Mestres da Aventura, da Editora Nova Fronteira e com esta resenha fecho esse box com leituras e resenhas, se você quiser ler as resenhas e conhecer os outros dois só clicar nos nomes: A Ilha do Tesouro e Viagens de Gulliver. Os livros são de capa dura com um acabamento bem bonito e super caprichado, recomendo pra você ter na sua coleção, afinal clássicos merecem ser lidos e é ótimo perceber as fontes que nossos livros amados se inspiraram. Uma história sobre um Robinson que queria viver grandes aventuras pelo mundo mas teve que passar boa parte de sua vida isolado e sozinho em uma ilha. Pegue seu kit de sobrevivência e tente permanecer vivo até o fim desta aventura.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Nova Fronteira, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

Você poderá gostar de ler essas resenhas também:

  • Viagens de Gulliver
  • A Ilha Misteriosa
  • A Ilha de Bowen
  • A Ilha do Tesouro
  • Playlist



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• Postado por Debyh
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Leia os últimos comentários também...
  1. postado em março 7, 2019 às 2:23 pm
    autor: Mari Barros

    Olá!

    Eu não conhecia este livro, mas concordo com o que você disse: me parece ser uma história bem triste. Não sei se faz meu tipo de leitura, já que pelo visto é um monólogo e acho que deve ser uma leitura um pouco densa de se fazer, mas adorei os elementos que colocaste na resenha, achei super interessantes.

    beijos,
    Blog Diversamente.

    Responder
  2. postado em março 8, 2019 às 10:52 am
    autor: Michelle

    Olá, eu sempre quis muito ler este livro, adorei conhecer um pouco mais dele em sua premissa, adorei sua opinião sobre a leitura, sincera e direta, beijos!

    Responder
  3. postado em março 8, 2019 às 2:22 pm
    autor: Larissa Dutra

    Olá, tudo bem? Ainda não conhecia esse livro, mas fiquei bem curiosa para ler, principalmente por imaginar que deva ser uma leitura bem reflexiva, pelo fato do personagem ter que viver tanto tempo sozinho e tudo mais. Adorei a resenha e dica!

    Beijos,
    Duas Livreiras

    Responder
  4. postado em março 9, 2019 às 9:43 pm
    autor: Beatriz Andrade

    Eu ainda não li o livro, mas conheço a história há muitos anos. Gostei bastante de ver a sua resenha sobre a obra e fiquei curiosa para ler também.

    Responder
  5. postado em março 11, 2019 às 7:11 am
    autor: Ana Caroline Santos

    Olá, tudo bem? Não conhecia o livro, porém pelo jeito parece ser uma boa história mesmo com as ressalvas. Confesso que clássicos não são meus fortes, justamente pelas passagens datadas que acabam me cansando. Penso ainda se um dia leria, mas isso não anula sua ótima resenha. Adorei!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com

    Responder
  6. postado em março 11, 2019 às 9:48 am
    autor: Lana Silva

    Realmente pela sua descrição e notório que se trata de uma história muito triste, porque a pessoa que fica muitos anos vivendo sozinha sem outro contato humano, tem tanto sua saúde física, mas principalmente sua saúde mental alteradas. Enfim, esse não e um história que me desperta interesse de leitura, principalmente porque e narrado em forma de diário e a vida do personagem não é nada fácil e acredito que deve ser angustiante acompanhar todos esse momentos. Além de que a leitura me pareceu ser lenta e densa em alguns momentos.

    Responder
  7. postado em março 13, 2019 às 12:24 pm
    autor: lilian farias

    Esse livro é uma leitura lenta, tem ritmo próprio como você bem menciona em sua resenha, é uma edição que gostaria de ter em casa.

    Responder
  8. postado em março 22, 2019 às 11:39 pm
    autor: Mayara Milesi

    Ola!

    Que resenha mais linda, completa e sincera! Meus sinceros parabens!

    Tive a oportunidade de ler esse livro há muito tempo atrás, mas era uma versao resumida e concordo contigo sobre ser uma história triste de sobrevivencia.

    Quer dizer que está focada nos classicos agora? Que demais! Porem, confesso que eles não são para mim! Não consigo me jogar em histórias arrastadas sabe? O que é uma perda lastimavel para mim.

    beijos

    Responder
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