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16 mar 2017

Sob o Céu do Nunca – Never Sky #1 – Veronica Rossi

comentando sobre Livros Parcerias Resenhas Resenhas de Livros Tags4 estrelas, distopia, Editora Rocco, Trilogia Never Sky, Veronica Rossi

Autor(a): Veronica Rossi
Editora: Rocco Jovens Leitores
Nº de Páginas: 336
Comprar: Buscapé

CURTI

    • Primeiro livro da trilogia Never Sky, Sob o céu do nunca segue a tradição dos romances ambientados num futuro distópico – no caso 300 anos após uma catástrofe que devastou a Terra – dominado por um governo autoritário disposto a manter o poder a qualquer preço. E Veronica Rossi, escritora brasileira radicada nos Estados Unidos, criou um universo apaixonante, um mundo perigoso e cruel, mas ao mesmo tempo belo e digno da tradição de Jogos Vorazes e Divergente. A trama acompanha a saga da jovem Aria, ex-moradora de Quimera, um núcleo de civilização protegido por um domo e sem qualquer contato com o mundo exterior, e Perry, um Forasteiro. Opostos em tudo, seus destinos se cruzam numa improvável aliança pela sobrevivência.

Eu estava de olho nessa trilogia fazia algum tempo (este é o primeiro livro da trilogia Never Sky), quando surgiu a oportunidade me agarrei com unhas e dentes. Eu só sabia de uma coisa sobre ela, era distopia e só isso já era o suficiente para eu querer ler. Então foi uma surpresa agradável quando descobri que a autora é brasileira e que eu gostei bastante da leitura. Olhando a capa eu criei uma teoria de que o livro seria no espaço, mas sendo bem sincera eu sou maluca. Não é no espaço, caso vocês estejam curiosos sobre isso. Em resumo, é uma trilogia distópica com um primeiro livro bem interessante e com personagens carismáticos que vão prender você no livro. Valeu muito a leitura.

“Ninguém em Quimera jamais morreu por um coração partido. Traição nunca levava ao assassinato. Essas coisas não aconteciam mais. Agora, eles tinham Reinos. Podiam experimentar qualquer coisa sem correr riscos. Agora, a vida era Melhor que real.”

Bem-vindo ao mundo após a destruição (que não sabemos bem qual foi), o que configura bem a distopia, mas no futuro para evitar que as pessoas sintam dor ou morram foi criado a realidade virtual completa com cheiros e gostos, que de acordo com o slogam é melhor do que o real. As pessoas possuem um olho mágico que as fazem ver as coisas da forma mais bonita e bela possível, tudo é perfeito. Inclusive a aparência das pessoas que, além de se melhorarem no virtual, ainda são aperfeiçoadas geneticamente. Ah, o futuro… como ele deve ser chato. Continuando, as pessoas vivem em núcleos, tipo os silos do livro Silo, sobrevivem enfurnados dentro da terra. Tem algo de muito assustador nessa noção de viver confinado pra mim, acho que a natureza humana é livre (mesmo que eu passe a maioria do meu tempo em casa hahahaha). Aria é a nossa protagonista, ela é uma moradora de um desses Centros. Ela é bem feliz levando a sua vida nessa realidade virtual sem dor, a vida de fantasia é boa pra ela. E tudo ia bem, até que sua mãe, uma cientista genética, que estava em outro Núcleo desaparece e ela acha uma boa ideia tentar conseguir informações com o filho da sua idade de um dos Conselheiros do Núcleo. Não foi.

“As pessoas podem ser mais cruéis para aqueles que amam.”

O guri maluco acha que é uma boa ideia hackear um dos sistemas e levá-los para uma aérea abandonada por ter dado defeito, mais alguém achou que é uma péssima ideia? Pois é, eu também. Nesse local Aria e seu grupo descobrem como é dura a realidade, como as cores não são tão perfeitas e nem o mundo é tão brilhante. Mas, o pior chega quando as coisas saem do controle e eles descobrem que a dor não é como eles conheciam: indolor. Aqui no mundo real as coisas doem pra caramba e quando as coisas saem do controle Aria conta com uma ajuda inusitada para sobreviver. Ela deu sorte, porque nem todos conseguiram. Ah sim, por sair do controle quero dizer loucura, violência e até tentativa de estupro. Vamos fazer uma pausa aqui, existem duas realidades neste mundo: os selvagens e os tatus. Os tatus são humanos mais frágeis porém com tecnologia de ponta, eles não conseguem sobreviver no mundo fora de suas paredes e ar purificado. Já os selvagens são pessoas mais fortes, algumas dotadas de um super poder, que sobrevivem no mundo fora das conchas sem tecnologia na maioria das vezes. Sabe-se que lá fora temos algumas disfunções climáticas que torna a sobrevivência muito complicada. A pessoa que salva Aria é Perry, um selvagem. Preciso nem dizer que os dois lados não se falam e sentem algo como desprezo/repulsa/nojo uns pelos outros, né? Enfim, após sobreviver Aria se sente frustrada porque.. a) pessoas morrem; b) ela não descobriu nada de sua mãe; c) um selvagem a salvou e d) as consequências pelo que fizeram vão chegar. Óbvio que Aria não foi burra e gravou parte do que aconteceu no seu olho mágico, mas a pessoa que deu causa nisso era filho de um dos Conselheiros e adivinha quem vai se dar mal no lugar? Pois é, nessa parte nada de novo no futuro… os poderosos continuam se favorecendo em cima dos mais fracos. O resumo da ópera é que Ária se ferra e é banida pro deserto, o que e uma forma bonitinha de dizer que ela recebeu uma pena de morte. Mas ela é brasileira e não desiste nunca, ela é inteligente e está certa que vai arrumar um jeito para sobreviver. Aham, claro que vai Aria, claro que vai.

“Na vida, ao menos em sua nova vida, as chances eram sua melhor esperança. Eram como suas pedras. Imperfeitas e surpreendentes, e, a longo prazo, talvez melhores que as certezas. As chances, pensou ela, eram a vida.”

No outro mundo mais selvagem, porém não menos problemático, temos Perry. Ele é uma pessoa muito dura para quem não conhece, mas é um amorzinho depois que você quebra o muro de concreto que ele colocou ao redor dele. Perry é muito orgulhoso, mas ele precisa ser. O mundo fora dos Centros é bem brutal, com a luta sendo a arma usada para dominar e controlar as pessoas nas vilas espalhadas. A regra é que o mais forte se torna do líder, porque o mais forte tem mais chance na sobrevivência, faz sentido mesmo que seja cruel. Temos nesta realidade fora dos núcleos um desenvolvimento humano denominado de soberania do sangue, que é quando pessoas desenvolvem um sentido além do normal. São eles os videntes, olfativos e auditivos, acho que prum futuro teremos mais, porém só isso já é bem apelão. Voltando pro livro, Perry acaba tendo um problema com seu irmão e tem que sair da vila para resgatar seu sobrinho que tanto ama. É nesse contexto que se alia com Aria, mesmo que um não considere o outro humano, mesmo que não tenham nada em comum. Mas eles farão o que tem que ser feito para resgatar as pessoas mais importantes das suas vidas.

“Todos se sentem perdidos às vezes. É a maneira de agir de uma pessoa que a distingue das demais.”

Perry e Aria acabam formando uma parceria muito louca para conseguirem seus objetivos de salvarem as pessoas que amam e a jornada deles é muito boa, começando no auto conhecimento, partindo pra superação, até chegar no ápice que significa esperança de um futuro melhor. Lógico que dá tudo errado depois, mas eu torci por eles e isso foi importante. As questões que eles se deparavam e a forma como tudo que eles acreditavam ia ruindo pouco a pouco foi, de certa forma, dolorido de se ver. Não existem certezas quando você é traído por todos os lados e é isso que esse livro representa. Mas, acima disso eles se encontraram e pouco a pouco seus preconceitos, suas crenças e seus sentimentos foram mudando. A autora conseguiu juntar bem os objetivos deles num ponto comum e fez um crescimento lento entre a necessidade mútua até chegar na compreensão profunda da perspectiva entre Aria e Perry. Aqueles que chegam nesse ponto, tendem a respeitar e entender melhor o parceiro, eu gostei porque achei bem maduro e coerente.
O que mais me agradou neste livro foi que não ficamos apenas num romance distópico, tem um mundo acontecendo e os personagens participam disso. Além do mundo como está ser o tipo que eu gosto de ler numa distopia, em resumo a história é atraente. Contudo, sobre o mundo tenho uma crítica para fazer, as coisas não ficaram claras, seria bom que no próximo o mundo fosse mais explicado. A história não é tão profunda, mas é bem divertida. Estou ansiosa para ler o próximo livro, o que quero dizer é que não é impecável, mas ainda vale a pena e eu vou recomendá-lo. Ah, informação importante até o momento nada de triângulos amorosos.

  • Este livro nos foi cedido pela editora Rocco, porém as opiniões são completamente nossas e sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora em nossos comentários.

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• Postado por Angel Sakura
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  1. postado em março 23, 2017 às 8:05 pm
    autor: Priscila Dutra Sá Gonçalves

    Se eu te contar que nunca ouvi falar dele vc acredita? Comecei a acompanhar e entender distopias a pouco tempo, acho interessantissimo como as coisas vao se resolvendo. Esse esta anotado, não li a resenha toda pq gosto do suspense, rsrs
    Beijos floooooor

    Responder
  2. postado em março 24, 2017 às 8:23 pm
    autor: Bruna Costabeber

    Olá!
    Ainda não conhecia esse livro, mas gostei de conhecer suas impressões. Achei legal, principalmente, ser um livro mais leve e divertido, deixando de ser profundo. A autora parece que conseguiu dividir muito bem essa trama e gostei disso.
    Beijos

    Responder
  3. postado em abril 4, 2017 às 9:37 am
    autor: Alice Martins

    Ola, tudo bem?

    É normal terminar a leitura da sua resenha e já desejar este livro ardentemente. Eu sou fissurada por histórias distópicas, pois gosto de ver como cada pessoa imagina o futuro e suas implicações. Com toda certeza, leria este livro, pois parece ser do tipo que prende completamente o leitor em sua teia de aranha e vai trazendo algo novo. Quanto a existência de pontos encobertos, gosto disso, acho que é algo que vai ser trabalhado nos demais livros. Amei sua resenha!

    Beijos!

    Responder
  4. postado em abril 4, 2017 às 1:17 pm
    autor: Kelly alves

    Oi Angel!!
    Eu já tinha visto a capa desse livro e já tinha me encantado com ela, mas não imaginava que fosse nacional, o que já acrescenta vários pontos na lista de leia kkkkk.
    Amo uma distopia e fiquei bem curiosa com a trama, de certa forma ela me lembra o seriado The 100, na questão de tudo que acontece quando eles enfim chegam na terra.

    Dica mais que anotada, espero curtir muito a leitura!
    Beijokas

    Responder
  5. postado em abril 4, 2017 às 3:47 pm
    autor: Natália cunha

    Para começar o nome da autora já me confundiu, pensei que era a Veronica Roth e já estava surtando rs, não conhecia a autora, mas já conhecia o livro pela capa, tenho o marcador dele a um tempo e acho lindo, mas não conhecia a história que por sinal adorei.
    Amo distopias e gostei de saber que pelo menos nesse livro não tem triangulo amoroso, coisa que já deu né?
    Espero ter uma oportunidade de lê-lo.

    Bjs e amei o blog :*

    Responder
  6. postado em abril 6, 2017 às 5:39 pm
    autor: Camila Mondaini

    Olá tudo bem?
    Eu ainda não conhecia a obra e apesar de já conhecer a autora ainda não tive oportunidade de ler nada dela., mas gostei de saber que você gostou da obra e saber que mesmo em meio a esse cenário distópico é uma leitura leve e fluida. Os personagens parecem ser bem cativantes também. Já adicionei a minha listinha.

    beijinhos!

    Responder
  7. postado em abril 7, 2017 às 11:45 pm
    autor: Renata Souza

    Olá
    Nossa não fazia ideia que a autora é brasileira, que da hora!!!!
    Achei a premissa muito boa, sou bem fã de distopias e essa com certeza entrou na minha lista. Espero um dia conseguir conferir o livro.
    Beijuh

    Responder
  8. postado em abril 9, 2017 às 2:33 am
    autor: cila-leitoravoraz

    Oi Angel, sua linda, tudo bem?
    Eu não sabia que a autora era brasileira. Eu gostei muito dessa capa e você não é maluca o título do livro realmente engana, risos… Adoro tramas de distopia, geralmente dizem muito do comportamento humano, tema que me fascina. Gostei muito da sua análise do livro, ficou ótima!!! Não vejo a hora de ler.
    beijinhos.
    cila.

    Responder
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