Em Terra Morta: Fuga, o leitor acompanhará uma saga de sobrevivência ao terrível mal que assolou o interior de São Paulo e agora se dirige à capital. Tiago é um rapaz introspectivo que sempre sonhou em viver na megalópole de São Paulo e buscar novos desafios. Só não imaginava que sua chance chegaria da pior maneira possível.
Jaboticabal, sua cidade natal, é o cenário de um terrível apocalipse zumbi, uma tragédia que parece saída de um videogame ou filme de terror. De repente, o jovem acostumado a treinos de parkour e muito trabalho precisa lutar para sobreviver. Nenhum local é seguro, ninguém mais é confiável, água e comida não são mais garantidas no dia a dia. Mesmo que a mente custe a acreditar, não há tempo para duvidar da realidade. A única opção é fugir. A cada pessoa que Tiago encontra, uma surpresa. Aliado ou inimigo? Nunca uma certeza.
Tiago e seus companheiros deverão enfrentar o passado e seus medos, e em meio a um mar de zumbis canibais, descobrirão que o maior inimigo ainda são os humanos. Descubra a origem da infecção enquanto corre sem parar, uma aventura dramática que é sucesso na internet e agora se torna uma série de livros. Pegue apenas o necessário e corra sem olhar para trás.
Não, não são zumbis no sentido que estamos acostumados a ver em filmes de Hollywood (isso você vai entender no segundo livro). Esse é o primeiro livro da série Terra Morta de Tiago Toy que conta a história de (tchanan) Tiago que esta fugindo dos infectados que atacaram Jaboticabal. E obviamente eu li, porque obviamente gosto de livros com sangue e coisas esquisitas, que para nossa sorte, não acontecem na vida real. Ao meu ver a história não ganharia um prêmio literário, mas ganhou minha atenção ao ponto de comprar o e-book (e com esse dólar em alta meu bem, é triste).
É clichê, é solitário, é acelerado e até em alguns pontos engraçado. Te chama para ler algo legal, enquanto a indústria não lança nada novo e suficientemente bom como foi Resident Evil 3… Ou bem por aí.
“Os infelizes parecem não se cansar. seus olhares vazios, sem brilho. os grunhidos que emitem me fazem sentir pena, admito. Mesmo não querendo, imagino qual deve ser a sensação de ser devorado por essas coisas com seus dentes podres, mas poderosos, enquanto me dilaceram brigando por minha carne.”
Li a série depois de ter lido A Menina Que Tinha Dons (resenha aqui). Eu sou encantada por zumbis e tudo o que eles representam: sangue, fome, confusão, devastação e por ai segue. Não que eu goste de ver sangue real ou algo pelo estilo… O suspense e a angústia que os personagens nos fazem sentir cada vez que correm como loucos fugindo desses bichos malditos com suas bocas cheias de sangue e dentes apodrecidos (
ugh) é emocionante se bem descrito (como nesse livro).
O Tiago do livro é um personagem comum, não é metido a herói e nem é o crápula que sacrifica os outros sobreviventes. Logo no começo do livro ele narra o inferno que tem vivido desde que sua cidade, Jaboticabal, no interior de São Paulo, foi convertida no paraíso dos “zumbis”. Alguns poderiam considerar o personagem egocêntrico no começo, mas eu considero que ele seja um ser humano normal com vontade de viver (
e não ser comido vivo, o que deve doer pra caramba se quer minha opinião). Um detalhe importante de Tiago é que ele sabe parkour. Sim, parkour. Ele sai pulando que nem um sapinho por toda a cidade, aproveitando que os “zumbis” são meio lerdos e nada inteligentes pra pular atrás e talvez por isso ele era um dos únicos sobreviventes do “mini apocalipse”. Vamos ser sinceros, se o cara tivesse uma arma (ele não tem, btw) seria o novo “Alice” brasileiro.
“Você acha que qualquer um tem a mente estruturada o bastante pra segurar uma dessas? Acha que o tesão não pode dominar e cegar qualquer um? Um homem fraco e armado vai querer chegar ao orgasmo. E você? Deixa o tesão te dominar?
Ao longo do livro ele encontra com outros personagens como Daniela, uma personagem meio bipolar que no começo é a mulher foda do livro, mas que depois se torna uma pilha de nervos desvairada. Pessoalmente eu não gostei dela, não sei se pela construção da personagem no livro ou se porque ela foi desenvolvida pra ser detestável mesmo. Ela acaba seguindo Tiago em sua “jornada”. Outro personagem foi o Ricardo, um pirralho chato e inteligente, que no fim das contas é digno da minha piedade. E como sempre tem o vilão, chamado Abigail. Não fica claro a história dela no primeiro livro, então suprise-suprise leia o segundo.
“- Daniela, para o carro um instante – peço, me preparando para abrir a porta e ver se o menino está bem, mas ela mantém a velocidade e vai direto pra cima dele.”
Terra Morta não é um livro de terror, mesmo que tenha capítulos recheados de ansiedade e correria. A ação preenche as folhas desse livro, acelerando em vários pontos da narrativa, e não deixando que o leitor se canse ou até desista dos personagens facilmente. O clichê começa quando aparentemente o exercito aparece envolvido com uma indústria farmacêutica; além do óbvio aparecimento de pessoas desumanas que tentam fazer coisas desprezíveis com o Tiago e especialmente a Daniela (são obrigatórios esses personagem de passagem, que são malvados e alguns outros adjetivos nada bonitos, eu os odeio).
“Helicópteros sobrevoam a grande São Paulos em meio à fumaça. A destruição começou a se espalhar.”
Uma curiosidade desse livro/saga é que começou a ser postada na internet e adquiriu adeptos no Blogger, Orkut e outros sites onde o autor divulgou. Como já disse, pode não ser merecedor (por enquanto) de um prêmio literário, mas é uma historia que me deixou com aquele maldito gostinho de quero mais.
É um dos livros que mais me interessei nos últimos tempos. Grande resenha
Eu dou muita fé em livro de zumbi, sabe. Li poucos, e dos poucos que eu li, são ainda uma pequena parcela que eu li todo (porque se eu não gostar, pra terminar de ler… sofrimento). Só que eu li aquele A menina que tinha dons, e eu fui no embalo, já que eu gosto do tema. Acabei me surpreendendo positivamente.
Oi, Adriana.
Obrigado pela resenha do meu livro. Gostei dos pontos positivos apontados, e dos negativos também, pelo fato de você explicar porque não curtiu. Críticas construtivas (e moderadas, rs) são bem vindas.
Notei que você usou um trecho de Terra Morta: Infecção (a parte do “tesão”). Já o leu? Gostou?
Mais uma vez, valeu pelo espaço e divulgação. Fico feliz que tenha gostado.
Abraço!
Em primeiro lugar, obrigada por ler, em segundo, obrigada pelo comentário e em terceiro: faniquito de o-autor-leu-minha-resenha. x]
O trecho do “tesão” que usei foi exatamente um flashback que aparece no primeiro livro, que o Tiago acaba narrando no segundo. E eu li o segundo, e eu adorei. Os personagens me fizeram envolver com a história de uma maneira que eu terminei de ler em dois dias. Mais comentários do segundo livro fica para a próxima resenha! xD
Preciso dizer que necessito este livro pra ontem?
Pela resenha me animei muito em ler, vou dar um jeitinho e comprar logo =D