Marie-Laure vive em paris, perto do museu de história natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.
Coroquinhos! E aí?
Hoje teremos resenha de livro denso e com contexto histórico dramático da Segunda Guerra. Triste, mas muito pertinente. Quem aí curte livros com essa temática? Eu amo, por mais parado que eles possam ser. O mais interessante de se ler essas obras de guerra, ou de uma guerra em específico, é ver o grau de vertentes que existem numa mesma situação.
Quando falamos em Segunda Guerra, o natural, pelo menos para mim, é pensar em Hitler, Alemanha e judeus. E o resto? Existem vários livros, inclusive que li, que mostram outros países no meio dessa Guerra. A resenha de hoje mostrará o cerco de Paris através de dois personagens maravilhosos.
“- Sabe a maior lição da história? A história é aquilo que os vitoriosos determinam. Eis a lição. Seja qual for o vencedor, ele é quem decide a história. Agimos em nosso próprio interesse. Claro que sim. Me dê o nome de uma pessoa ou de um país que não faça isso. O truque é perceber onde estão os seus interesses.”
Para quem tem preguiça de ler ou está afim de ouvir minha voz delícia-sqn, dá o play no áudio. Juro que sou mega divertida xD
Werner, garoto órfão que mora com a irmã, Jutta, numa escola com outras crianças, é curioso, inteligente e pacífico. Ele passa seus dias tentando descobrir coisas, inventar coisas, junto de sua irmã. De tanto ler, pesquisar, questionar, Werner acaba desenvolvendo um talento especial com a engenharia dos rádios. Item muito útil para a guerra. Mais interessante da narração da vida dele é a forma como são aplicados os ensinamentos, desde o início, sobre o que é ser patriota, sobre defender a nação. Toda uma campanha de mídia enfiada na cabeça de milhares de alemães, desde a infância.
“Eles se amontoam pelos portões juntos, engolem ovos fritos juntos no refeitório juntos, marcham pelo quadrilátero, passam por revista, fazem continência para a bandeira, atiram com rifles, tomam banho e sofrem juntos. Cada um é uma porção de argila, e o ceramista, que é o imponente comandante, está moldando quatrocentos jarros idênticos.”
Ainda assim, Werner é bom. Mas muito inocente, ingênuo. Preso ao que seria um futuro sendo um mineiro, a saída que ele vê para si mesmo é adentrar na escola militar e poder estudar e suprir sua curiosidade de ensinamentos. Jutta, mais nova porém mais realista, discorda totalmente. Ela e outras garotas, mesmo sendo crianças, trabalhavam para os alemães, costurando roupas. E nas conversas que ouvia, Jutta percebia o que de fato significava tudo aquilo. Em vão, tentou alertar o irmão. Só que Werner era sonhador. Mesmo que ele percebesse o clima de tudo aquilo, ele não conseguia tirar da cabeça que poderia ser um grande engenheiro e que o exército não poderia ser tão ruim.
E é aprendendo o que é ser um soldado que Werner ganha passe livre para trabalhar nos laboratórios do exército, ajudando, inclusive, nas pesquisas sobre o rádio. Porém ele começa a entender no que tinha se metido. Ainda mais ao lado do novo amigo, Frederick, que, apesar de bom e quieto, não se deixava obrigar. Ou seja, castigos a dar com o pau.
Já Marie, filha de um homem que trabalha num museu, cresce em meio a fantasia. Fica cega desde nova e seu pai faz de tudo para ensiná-la a ser independente, construindo uma maquete da cidade para ela decorar todas as ruas e poder se sentir livre. Embora exista todo o drama sobre a guerra, o pai de Marie nunca falou nada a respeito disso, deixando no ar todas as coisas que aconteciam. A menina só podia imaginar. Porém talvez isso seja a coisa mais linda de Marie. Mesmo que ela entendesse do perigo, ela não se atormentou tanto quanto qualquer outra pessoa. E eu esperaria o contrário de uma pessoa que não pode ver, afinal, tudo pareceria mil vezes pior.
Em meio a tudo isso está o mistério que saiu do museu junto com o pai de Marie. Na fuga para Saint-Malo, ele carrega consigo algo que muitas pessoas já quiseram.
“- Seu problema, Werner, é que você ainda acredita que a sua vida lhe pertence.”
No geral, essa é a história do livro todo. Um relato muito bem construído sobre diversos acontecimentos da Segunda Guerra, não apenas a batalha em si. São as pessoas que se rebelaram, as escondidas. As pessoas que faziam travessuras, no intuito de se sentir no direito de ser o que eram e não o que queriam que elas fossem. Ou até mesmo as pessoas que estavam naquela mecânica de guerra e resolvem se livrar disso, acabam salvando vidas e se sentem livres novamente. Se sentem humanas.
Além disso, mostra que muitos alemães foram “obrigados” a seguir com isso. Quantos morreram por isso, não por estar na guerra, mas por estar contra ela. Ou seja, todos, não só os judeus, ou parisienses, ou qualquer outro, foram fantoches nas mãos de um pensamento tirano.
Ou vocês está conosco ou está morto.
Já pararam pra pensar nisso? O que é ser contra uma coisa e ser obrigado a entrar nela para não morrer? Ou para que alguém que você goste não morra?
Porém, embora eu tenha me emocionado com alguns acontecimentos, não curti a resolução. Talvez por não ter entendido realmente o que o autor quis dizer com tudo isso, tirando toda a história maravilhosamente contada. Não saquei o lance do “artefato” do museu. Pra mim, foi como se aquilo não fosse necessário na história, sabe?
Se você, leitor, espera algum romance nesse livro: dê meia volta. Não tem.
Enfim, indico a leitura para as pessoas que amam entender esses detalhes da nossa história. O autor demonstrou muita autoridade em tudo que escreveu. Lembrando que história depende da perspectiva de quem conta, nunca confio 100% em nada do que dizem, afinal, existem fatos, mas existe quem deturpa os fatos.
Beijos, coroquinhos!
Nana, eu não gosto muito de livros que são ambientados em guerras, não é um contexto em que a leitura me agrada, mas as resenhas desse livro são tão boas que eu estou ficando balançada pela leitura.
Quem sabe mais pra frente.
Lisossomos
Nana, eu não gosto muito de livros que são ambientados em guerras, não é um contexto em que a leitura me agrada, mas as resenhas desse livro são tão boas que eu estou ficando balançada pela leitura.
Quem sabe mais pra frente.
Lisossomos
Eu também vi muitas críticas boas dessa história. Elas não são infundadas. Mas junte bastante vontade de ler, pois é um livro forte!
Olá!
Não gosto de livros que se passam em períodos de guerra, então esse seria um dos livros que eu não leria. SERIA, mas desta vez vai ser lido porque essa resenha me deixou absolutamente louca para ler esse bendito livro!
Apesar de não ter romance ~adoro um amorzinho~ o livro parece ser ótimo!
Adorei tua resenha e com certeza vou ler esta obra!
Beijos!
Hhaahha eu também adoro um amorzinho =’/
Esse livro é bem mindblowing xD acho que por isso eu curti, mesmo sem o romance.
Beijão.
Eu adoro livros sobre a Segunda Guerra, do contexto e as realidades ímpares. Eu lembrei de O menino dos Fantoches de Varsóvia, o enredo é realmente muito interessante e reflexivo, não conhecia e gostei da super dica…
Ohhhh…acho que vou procurar esse aí que você falou pra ler, hein xD eu não conhecia!
Olá, tudo bem?
Eu sempre tenho muita vontade de ler livros com essa temática, mas não sei se sou forte o suficiente. Quando leio livros mais fortes dos quais estou acostumada, fico de ressaca literária por semanas. Estou com Anne Frank aqui em casa há séculos e não crio coragem de ler. Claro que um dia vou ter que sair da minha zona de conforto e ler, mas por enquanto, só vou anotando os livros.
Beijos <3
Eu te entendo!
Menina…quando terminei Anne Frank eu fiquei mal shuahushas Tô te ajudando muito na vontade de ler, hein?
Mas é muito bom sair da zona de conforto. Dói, mas é bom.
Beijo!
Oi Elisabete! Eu comprei esse livro e ainda não li essa fofura, fiquei com medo de ler sua resenha e pegar spoiler. Mais eu gostei tanto da sinopse e todo mundo falando desse livro que vamos dizer né, que capa linda!
Eu amo livros sobre guerra, acredito que a gente absorve o conhecimento que eles transmitem, mesmo que a gente nunca precise.
Beijo
Mila-Scraplivros
Oiê! Aqui é a Nana xD
Não dei spoiler nenhum na resenha, não se preocupe shuahushas quando eu dou spoiler, eu aviso. Juro =x
Esse livro explica bastante de várias facetas escondidas por trás da guerra!
Espero que leia e goste tanto quanto eu!
Beijo!
Oie Nana!
Esse é um livro que quero ler desde o lançamento, mas não imaginei que a história fosse tão densa e bem escrita. Fico animada em saber que o livro não é só guerra e sim sobre mais acontecimentos. Gosto muito de livros que relatam a guerra com a autoridade que o autor parece relatar nesse livro e continuo querendo ler muito, ainda mais depois da sua resenha!
Beijos!
LuMartinho | Face
Que bom que gostou da resenha!
Olha, o livro retrata tanta coisa que acontece por trás dos panos…gente! Não que a gente não saiba…mas sabe quando a gente fica doente só por ver que realmente acontece…que, no fundo, todos saem perdendo na guerra… Um horror!
Esse livro vale a pena.
Beijos!
Eu estou ultimamente muito interessada em livros com esse tema. A segunda guerra mundial.
Eu ameiii a premissa, com certeza essa foi a resenha mais bem escrita que eu já li desse livro e já anotei aqui e vou procurar esse livro em promo para comprar.
É bom saber que os capitulos são curtos, pois o livro que eu li essa semana com essa mesma temática, tinha capitulos grandes.
Recomendo que você leia, acho que vai amarrrrr.
Link da resenha do livro UMA SAGA NA TOSCANA: http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/07/resenha-uma-saga-na-toscana.html
O fato de ter capítulos curtos foi muito gratificante, tendo em vista que é um livro pesado…difícil de ler. Então eu acabei mais rápido do que eu esperava xD
Oie, haha, eu estou num momento lendo mais livros leves, chick-lits, e etc, haha, então não acho que iria ler esse livro :p
http://www.guildadosleitores.com
Amo chick-lits xD mas li um muito ruim esses dias que me deixou desencantada =_=
Oi,ainda não conhecia esse livro e a sua é a primeira resenha que leio dele e gostei muito, gosto de livros com essa temática e acho que esse iria mexer muito comigo,sempre choro em livros assim ou filmes. Quando puder o lerei com certeza.
Já leu ou assistiu Olga?É muito bom e chorei horrores.
bjs
Menina! Sempre fujo de assistir Olga por saber que vou me debulhar =/ E olha que amo filmes tristes, mas tem uns que fujo xD Depois de ver “O pianista” e não conseguir dormir…acho que esse foi o último filme de guerra que vi xD shuahushas Mas eu sou como você, amo. Só que ando fugindo deles.
Bjo!
Olá
Tudo bom?
Mesmo você tendo gostado da leitura, infelizmente não me atraiu, pois não curto livro com esse tipo de temática.
Beijos
Ahh, eu também tenho alguns estilos dos quais eu fujo xD mesmo sabendo que eles são bons!
Então eu te entendo perfeitamente!
Bjo!
Caralha que resenha foda essa!!!
Por que o livro seja bom e tal, eu não curti livros nesse gênero, não vou dizer que não li, já li alguns, mas passo longe. Mas em especial esse são tantos comentários positivo que to começando a ficar na duvida, ler ou não ler, eis a questão?
http://odiariodoleitor.blogspot.com.br/
Aew! Obrigada pelo elogio xD acho que foi elogio shuahyushas
Olha! Tem que ter pique pra ler esse livro. Ele é bem descritivo. Mas ao final, vale muito a pena!
Beijão.
Oi, flor!
Sempre que venho aqui fico contente, as melhores resenhas que leio são as que leio aqui 😀
Amo história da 2º guerra mundial e esse livro tem todos os pontos forte que uma linda história acontece.
Amei os gifs que você escolheu, acho tão divertido. 😛
Obrigada pela dica.
Beijocas da Deebs!
Que lindo!!!! Obrigada pelo apoio! E preciso ser sincera que são minhas lindas amigas do blog que escolhem os gifs xD eu sou mto ruim nisso! E acho que elas encontram os gifs perfeitos!
Leia o livro que é bem legal!
Beijão!
Oi, tudo bem?
Não conhecia o livro, acredita?
Não me interesso por ser sobre a Segunda Guerra…
Bjs
http://a-libri.blogspot.com.br
São livros bem densos! Tem que gostar pra ler!
Bjão!
Oi!
Amei a resenha.
Eu gosto muito de ler livros que se passam em alguma guerra, porque os acho interessantes.
Eu gostei muito deste livro, e ele já entrou na minha lista de desejados.
A gente aprende muito com livros assim, né? Eu também adoro!
Oii, tudo bem?
Eu vi esse lançamento da intrínseca, mas ainda não sabia do que se tratava. Achei interessante a premissa dele, por tratar de guerra, e até que gostei de saber que não tem romance, rsrs. Ótima resenha, que bom que você gostou.
Beijos da Jéss ♥
http://brilliantdiamond-bg.blogspot.com.br/
Eu sou meio apegada a um romancinho xD nada Romeu e Julieta…não curto “melosidade”…mas o fato de não ter um romancinho nesse livro me brochou um pouco xD embora ele seja fantástico.
Bju!
Oi, tudo bem?
Eu acho a capa desse livro simplesmente linda e compraria o livro só por ela, e lendo a sua resenha posso ver que novamente meu senso julgador de livros pela capa foi bom kkkkkk Enfim, acredito que esse livro iria me agradar bastante também, mas no momento estou atolada de leituras, então ele vai ter que esperar :/
Beijos :*
Larissa – srtabookaholic.blogspot.com
A gente sempre acaba julgando pela capa, né xD
Olha, esse é um livro meio pesado e de leitura densa. Tem que ler quando tiver no pique mesmo!
Beijão!