Separados pela guerra, ligados pela memória: uma história envolvente e instigante no rastro da Segunda Guerra Mundial.
Na Praga do pré-guerra, Lenka, uma jovem estudante de arte, apaixona-se por Josef, um médico recém-formado. Eles vivem cheios de ideais e de sonhos para o futuro, mas também são judeus e muito ligados à família. Casam-se, mas, pouco tempo depois, como tantas outras famílias, são separados pela guerra. As escolhas impostas pelo destino os afastam, mas deixam marcas permanentes: o caos e as informações truncadas dos tempos de guerra os levam a crer que o outro morre.
Na América, Josef torna-se um obstetra bem-sucedido e constrói uma família, apesar de nunca esquecer a mulher que acredita ter morrido. No gueto de Terezín, Lenka sobrevive graças aos seus dotes artísticos e à memória de um marido que julgava nunca voltar a ver. Apesar de todas as provações e dos infortúnios, mantém a chama daquele primeiro amor acesa, guardada em seu coração.
Da glamorosa vida em Praga antes da ocupação aos horrores da Europa nazista, Um Amor Perdido explora o poder do primeiro amor, a resiliência do espírito humano e a eterna capacidade de recordar.
Eu não sou muito fã de ler histórias que aconteceram em algum momento histórico ou que nos remetem a realidade, e neste livro temos isso já que se passa no holocausto. Então não me vi muito empolgada no início, mas aí li o título e todo o resto parecendo tão dramaticamente romântico me deram um pouquinho mais de vontade de ler. Romances dramáticos (ficcionais, é claro) são o tipo de história que eu curto ler.
Lenka é uma jovem que ama pintar e pretende se formar na faculdade de artes em breve. Possui uma boa vida, estável e tem uma boa família, uma jovem com muitos sonhos e uma enorme vontade de realizá-los. Quando conhece Josef se apaixona perdidamente e os dois desejam ter uma vida juntos. Mas então a realidade acontece e tudo ao seu redor parece estar mudando para pior, agora cabe aos dois tentarem juntos pensar no que fazer com todo o caos da guerra que está se iniciando na vida deles e dos outros judeus.
“Josef e eu nos entreolhamos. Ele sorriu. Meu rosto corou. E de repente, pela primeira vez na minha vida, tive a sensação de que eu mal conseguia respirar.”
Antes vamos nos situar aqui, a história do livro se passa na antiga Tchecoslováquia (não sou muito boa em história, mas sei que este país não existe mais, creio que no livro estamos na Tcheca de hoje em dia) por volta da década de 30 e indo até o ano 2000.
Josef vem de uma boa família e faz medicina assim como seu pai, sua irmã é a melhor amiga de Lenka, é assim que os dois se conhecem. Já Lenka vive com seus pais e sua irmã mais nova, está terminando a faculdade de artes e ama muito pintar, sua paixão desde criança. Lenka conhece Josef por ele ser o irmão mais velho de sua amiga da faculdade e assim os dois se apaixonam. Os dois vêm de famílias judias e possuem uma boa situação financeira, mas quando a guerra parece estar deixando tudo mais complicado,decisões precisam ser feitas e uma separação entre Lenka e Josef parece ser inevitável.
Nessa história conhecemos a vida de dois jovens que se amavam profundamente, porém suas decisões em um momento de crise mudaram todo o rumo da história deles, que praticamente nem tinha começado direito. Duas vidas que foram modificadas pela guerra de formas totalmente diferentes, mas que não deixou de ser menos triste.
“O tempo inteiro eu tinha a sensação de que estava segurando o fôlego. Parecia prestes a soluçar em questão de segundos.”
Peguem seus lenços que vamos falar de uma história de amor triste. Preparados? jamais estou, mas vamos. Quando você começa a ler este livro de cara você percebe o quão triste vai ser tudo, seja por saber que vamos acompanhar a história de um casal que acontece durante a guerra ou por todo o resto que parece ser tão doloroso. E que sim, é mesmo doloroso. Lenka tem uma ótima vida e vai a faculdade para se formar em artes, desde sempre gostou de desenhar/pintar e está quase acabando a faculdade, ela tem uma boa personalidade e é muito apegada a sua família. Então quando ela toma certas decisões eu meio que entendi, eu entendi principalmente porque ela não sabia exatamente o que estava acontecendo, temos que levar em conta que ninguém sabia o quão horrível seria o holocausto e viver nele como judeu. Quanto a Josef, como ele tomou uma outra decisão que foi oposta a da Lenka, ele teve uma vida com mais saudades dela do que poderia imaginar.
Entre os anos se passando e todo o resto caindo aos pedaços, era claro o quanto um amava o outro. E acho que por conta disso tudo era um pouco mais doloroso de se acompanhar, e mesmo assim ainda foi muito romântico, seja pelo modo de como Josef lembrava de Lenka ou pela ideia de toda uma vida que praticamente nunca existiu entre eles. Com o passar dos anos Lenka se torna ao mesmo tempo mais forte e menos esperançosa quanto a rever Josef, já ele fica preso à lembranças de uma época que foi totalmente destruída por conta da guerra e do nazismo. No livro acompanhamos toda a vida de Lenka e de Josef que se amavam muito, mas tiveram que ficar separados e assim um amor se perdeu.
“(…) minha solidão parece uma escuridão que ameaça me engolir por inteiro. Meu único consolo é saber que você está a salvo.”
Enquanto eu lia este livro eu tentei me imaginar no lugar de Lenka, e me perguntei se eu teria tomado as mesmas decisões que ela, mas não cheguei numa resposta. Porque a ‘eu’ aqui e agora na época que estamos sei o que aconteceu durante o holocausto (ao menos por cima) e posso imaginar o quão horrível deve ter sido conviver com a decisão dela, mas Lenka não tinha ideia aonde estava se metendo então eu realmente não sei o que faria. Pelo que ela passou durante todos os anos posso afirmar que algumas decisões foram sábias, outras corajosas e que tudo isso acabou com quem ela era, como se no final tivesse sobrado um resto de uma pessoa, pessoa essa que nunca se recuperaria de tudo que passou. Era tudo tão triste e tão ‘real’ porque muita gente viveu pra contar a história e outros tantos morreram na mesma situação, e mesmo no fundo do poço em que ela se encontrava ela ainda tentava ajudar outras pessoas. Então sim, Lenka tentou se manter fiel ao que acreditava, mas não vou mentir que boa parte dela ‘morreu’ vivendo tudo aquilo, vendo o que viu, e passando pelo que passou.
Quanto a Josef ele viveu outra coisa e não foi um ‘mar de rosas’, mas creio que foi menos doloroso do que as coisas que Lenka viveu. Ele fez parte daquelas pessoas que praticamente perderam tudo, mas ainda estavam em melhor posição que outros judeus da época. Ao contrário de Lenka a qual vemos toda uma vida, com o Josef os anos parecem ter passado mais rápido, o maior sofrimento dele foi o ‘e se’ que ele ficou remoendo sobre o que poderia ter feito de diferente. E toda a sua vida nunca foi exatamente completa por conta de também ter perdido um pouco do que era durante aqueles anos.
Apesar de todo o sofrimento este ainda é um livro que fala sobre o amor, um sentimento sincero e único. O amor dado a outra pessoa pela qual você faria qualquer coisa, o amor por aqueles que estão na mesma situação que a sua e a amizade que nada mais é que uma outra forma de amar. Neste livro conhecemos as vidas de duas pessoas que tiveram seus futuros mudados pela guerra e por suas decisões, mas que nunca esqueceram o quanto se amavam. Duas pessoas separadas fisicamente, mas cujos corações sempre estiveram juntos. Mesmo não sendo meu gênero favorito foi uma leitura engrandecedora e eu super recomendo.
Oi Debyh, quem gosta de ler histórias que se passam no período da segunda guerra, é minha filha. Eu acho legal quando tem história nos livros, pois a gente aprende de uma maneira gostosa. Tua resenha ficou muito boa e completa, fiquei com vontade de ler.
Bjos
Vivi
http://duaslivreiras.blogspot.com/
Olá!
Ao contrário de você, eu amo livros que se passam em guerras, pelo menos se eles forem romances, isso porque eu simplesmente amo sofrer durante a leitura. Sei que isso soou beeeem masoquista, mas é uma verdade irrefutável.
Adorei a premissa da história e acho que ia chorar e amar. Dica super anotada!
Abraços
Oiii Debyh
Também não é meu gênero favorito, mas é sempre impactante ler esse tipo de história e sempre muito sofrido, eu termino livros assim sempre com umas lágrimas grandonas preparadas pra cair….rsrs
Acho que de momento não leria, ando numa vibe diferente pra leitura, mas quem sabe futuramente.
Beijos
http://www.derepentenoultimolivro.com
Olá, como vai? Faz alguns meses que eu li a primeira resenha sobre esse livro e fiquei apaixonada por essa história, infelizmente, quando fui comprar estava esgotada mas, depois eu acabei esquecendo dele…rs! Apesar de ser uma ficção estou muito interessada em ler vários livros sobre o holocausto e como as pessoas sobreviveram naquela época. Eu amei a sua resenha e mesmo não sendo um gênero que eu leia com frequência, com certeza darei uma chance para esse livro.
Beijos e Abraços VIVI
Resenhas da Viviane
Eu gosto muito desse tipo de livro, ainda não conhecia esse e a sua resenha me deixou completamente curiosa para ler. Gostei muito de ver a tua opinião e espero poder ler em breve.
Esse livro é lindo demais! Pra começar, o kit que ele veio é incrível, ne? Sem contar que logo no inicio já ficamos com o coração na boca, é impossível nao se emocionar com esse casal, apesar de me arrancar tantas lágrimas, essa é uma história que vale a pena ser contada.
Olá, eu desejo ler esse livro a muito tempo desde que eu vi a prova dele no Instagram. Mais depois desistir de ler mais sua resenha me animou de novo e já sei que esse livro vai me fazer chorar dica anotada
Olá, ao contraria de você, eu amo histórias que tem um pouquinhonde contexto histórico e minhas favoritas são sobre a segunda guerra.. mesmo eu nao gostando muito de drama/romance/ tragédia e muito choro haha gostei muito do que vi aqui na sua resenha, daria uma chance para essa leitura com total certeza de ama-la! Obrigada pela dica!
Beijos,
Ao contrario de você, eu já me empolgo logo de cara com esse livro, pois amo essa premissa histórica. Sabendo o quão triste pode ser amores separados em meio a guerra e assim como você, nunca estou preparada para histórias de amor triste, mas amo acompanhar leituras no estilo. Vamos deixar a dica anotada, quero conferir esse romance regado de sofrimento e dores.
Olá, ficou ótima a sua resenha. Eu até gosto de histórias que tenham fatos históricos como pano de fundo, mas romances dramáticos sobre casais que se separam pela guerra, por exemplo, já não me despertam tanto o interesse, ainda que eu confesse que até fiquei tentada a ler esse livro.
Oie, tudo bom?
Eu adorei esse livro, pois amo livros
Oie, tudo bom?
Eu amo livros que se passam em períodos históricos reais, e as guerras são a temática principal de todos os meus livros aqui em casa. Recomendo, caso não tenha lido ainda, A menina que roubava livros. É meu livro favorito!