Spindle Cove é o destino de certos tipos de jovens mulheres: bem- nascidas, delicadas, tímidas, que não se adaptaram ao casamento ou que se desencantaram com ele, ou então as que se encantaram demais com o homem errado. Susanna Finch, a linda e extremamente inteligente filha única do Conselheiro Real, Sir Lewis Finch, é a anfitriã da vila. Ela lidera as jovens que lá vivem, defendendo-as com unhas e dentes, pois tem o compromisso de transformá-las em grandes mulheres, descobrindo e desenvolvendo seus talentos. O lugar é bastante pacato, até o dia em que chega o tenente-coronel do Exército Britânico, Victor Bramwell. O forte homem viu sua vida despedaçar-se quando uma bala de chumbo atravessou seu joelho enquanto defendia a Inglaterra na guerra contra Napoleão. Como sabe que Sir Lewis Finch é o único que pode devolver seu comando, vai pedir sua ajuda. Porém, em vez disso, ganha um título não solicitado de lorde, um castelo que não queria, e a missão de reunir um grupo de homens da região, equipá-los, armá-los e treiná-los para estabelecer uma milícia respeitável. Susanna não quer aquele homem invadindo sua tranquila vida, mas Bramwell não está disposto a desistir de conseguir o que deseja. Então os dois se preparam para se enfrentar e iniciar uma intensa batalha! O que ambos não imaginam é que a mesma força que os repele pode se transformar em uma atração incontrolável.
Eu não conhecia essa série e estava na Bienal inocentemente quando a Val, que estava comigo, pegou esse livro no estande da Gutemberg e disse apenas: Compre. Eu como tenho amor pela minha vida fiz o que? Comprei. A Val costuma me indicar livros muito bons, então respeito muito as indicações dela e dessa vez não foi diferente já que ME APAIXONEI PELA TESSA DARE. Quem me acompanha sabe que não sou muito de romance de época, apesar de gostar de alguns, mas uma das metas do ano era sair da zona de conforto e ler livros diferentes. Com isso ganhei mais uma série pra acompanhar com o coração: Spindle Cove, que é muito deliciosa. Mulheres que estão à frente do seu tempo, mulheres que não se encaixam e, principalmente, mulheres que querem ser elas mesmas. Foi feita pra mim.
“-Deixe-me tentar entender, disse ele, enquanto massageava discretamente a coxa dolorida, fingindo que estava tirando poeira. -Você sugere que nós nos retiremos porque a vila está cheia de solteironas? Desde quando você reclama de excesso de mulheres?
-Essas não são solteironas normais… São …. São incontroláveis. E excessivamente instruídas.”
Eu sempre quis ter uma ilha e levar todos os meus amigos pra lá, e a história desse livro é basicamente isso. Suzanna montou uma vila onde as mulheres podem ser elas mesmas, não importa o seu problema Spindle Cove é pra você. As famílias não querem lidar com mulheres problemáticas que não se enquadram no padrão de perfeição da época, o pior é quando eles tentam curar tais mulheres com os tratamentos absurdos da época. Para proteger/esconder essas mulheres ou apenas para se livrarem delas o destino de Spindle Cove é bem popular. O que as pessoas não sabem é que lá elas levam uma vida livre, sem julgamentos e com liberdades que não teriam em outros lugares, na verdade Suzanna tem um espaço onde mulheres são tratadas como merecem: com respeito, segurança e educação. Ela tenta ajudar as mulheres que não tem um lar ou que não se encaixam em lugar nenhum, e isso se dá por ela mesma estar incluída neste roll. Tem como não adorar uma mulher com um pensamento desse? Já me ganhou ali Suzanna. E não só ela, toda a vila é muito espirituosa e interessante, não ficamos apenas com Suzanna, todo mundo é amor.
“Não é o meu medo que está colocando […] em risco. É o seu, não percebe? Você contyinua presso a essa ideia de que não pode ser um homem por inteiro, de que não vale nada a menos que possa provar que tem duas pernas perfeitamente funcionais para conduzi-lo a uma batalha.[…] Mas não diz respeito a você Bram.”
Suzanna é uma mocinha muito decidida e que mesmo sendo jovem já passou por poucas e boas, infelizmente é chocante como se tratavam às pessoas que não estavam no padrão antigamente. Para dar segurança à mulheres ela montou a vila e faz de tudo para que elas aprendam o necessário para se defenderem física e mentalmente. Na vila ela tem um calendário bem fechado onde temos aulas de tiro, descobrir e treinar seus talentos naturais, caminhadas, natação em mar aberto e etc. Todo o cronograma é planejado para ajudar as mulheres em sua saúde e confiança, para que elas sejam capazes de se defender fora dali e para que possam lutar pela sua felicidade através da segurança e confiança desenvolvida. Eu amo tudo isso, porque ainda que seja hoje em dia eu já quis estar em um lugar assim. Um lugar seguro sem a guerra competitiva que temos aqui fora. Talvez por isso eu me interesse tanto pela Suzanna e pelas mulheres que estão em Spindle Cove.
“-Você sabia que tem um cordeiro aqui?
-Não tem importância. É só jantar.
Susanna sorriu para a ovelha e a acariciou.
-Olá, Jantar. Quem é a coisa mais fofa?
-Jantar não é o nome dele, é a… função que vai desempenhar.”
Do outro lado temos o Tenente Coronel Bram, que foi ferido numa batalha e por isso sua brilhante carreira teve um pausa obrigatória. Ele levou um tiro e mesmo que tenha conseguido sobreviver ele está manco, o que não é bem aceito pelo exército real. Desde o momento em que foi afastado ele só tem um pensamento: retornar ao seu posto e à guerra. Para isso ele foi à Spindle Cove e recebeu a missão de montar e treinar uma milícia, para obter sucesso nisso ele não medirá esforços. O Bram é interessante, mas a arrogância dele me fartava e em diversos momentos eu queria chutar a perna manca dele. Claro que o mundo dele era o exército e portanto era mais machista que o normal, mas quando ele se deparou com o local ilógico que era a vila ele entrou em choque e no início foi um babacão. Pra sorte de todo mundo ele melhora bastante no decorrer da história e eu adoro crescimento pessoal em livros (e na vida também). Além disso vê-lo se dobrando à realidade foi bem engraçado, ver Bran descobrir o que era importante de verdade foi muito divertido. Demora, mas a ficha dele cai.
“-Suzanna, que diabos está fazendo?
-Não sei quem é Suzanna. Mas eu Stuart James Finch, vou me alistar na sua milícia.”
Quando Bram chega na vila e recebe a missão de ter que montar sua milícia ele percebe que as coisas são bem diferentes do que ele imaginava. O “homem da Vila” era na verdade Suzanna, ela decidia tudo e controlava tudo, desde as mulheres bem como os poucos homens. Ele pensa que ela faz isso por ser uma solteirona mal amada, porém descobre que na verdade não é por um desejo egoísta de controlar e sim um desejo altruísta de ajudar, para que outras mulheres não passem o que ela passou. E conforme eles vão se conhecendo, entre brigas é óbvio, ambos percebem que cada um tem mais pra oferecer do que apenas a superfície indica. Então, quando o prazo se aproxima Suzanna e Bram terão que se ajudar para conseguir salvar a vila, surpreendendo todos com o trabalho em equipe. As coisas dão errado? Muito, mas isso é o charme pra quando coisas boas acontecerem. Além disso adoro as disputas de poder entre eles, Suzanna não dá o braço a torcer e muito menos o faz Bram. É tão legal acompanhar quem vai se submeter primeiro, ahhhh. Força Suzanna!
“-Ajoelhar? – ele bufou -Sem chance, Srta Finch. Só existe uma razão pela qual eu ajoelharia diante de uma mulher, e esta não é uma delas.
-Espero que seja para propor casamento – um brilho demoníaco acendeu os olhos dele
-Não…””
Sobre a parte ruim, não gostei muito das cenas de sexo. Elas eram um pouco repetitivas, mas nada que tire o brilho do livro, até porque as cenas de insinuação sexual eram bem instigantes. O charme desse livro foi a forma em que a Tessa adiciona ao livro os problemas de cada um, os medos e a fragilidade que temos em nosso interior. Bram tinha seus traumas, assim com Suzanna, assim como todo mundo. O relacionamento familiar de Suzanna, seu pai com seus desejos egoístas disfarçados de boas ações e todo o contexto de uma vila que serve para ajudar foi muito bem tratado. É um livro que trata de temas delicados com leveza, te faz pensar em como você está agindo com os outros, pensar sobre os laços da amizade, confiança, segurança e a força necessária para sair da nossa zona de conforto. Foi isso que me fez gostar bastante do livro e dos personagens. Já estou ansiosa para ler a continuação, até porque tem dinossauros e tudo que tem dinossauro tem que ser obrigatoriamente legal.
Oie, gente me apaixonei pela resenha e o livro parecer ser muito bom ♥ Não conhecia ele.
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog / Facebook In The Sky
Confesso que nunca li romances de época embora viva rodeado de pessoa que devoram esse tipo de livro, porém esse me interessou bastaente, adorei a ideia de Spindle Cove, uma vila onde as mulheres podem ser elas mesmas (uma coisa que deveria comum mas infelizmente no mundo que vivemos não é).
Adorei a resenha.
A princípio, ao ler a resenha (que ficou muito boa, por sinal) e a sinopse, lembrei do Vagão rosa, do metrô. Mas, o enredo causou bastante curiosidade, então, vou comprar para ler.
Que resenha! Sério, a resenha ficou muito boa! Não conhecia o livro e confesso que não faz o meu gênero, mas é sempre bom está atualizada. <3
http://luxuosoestilo.blogspot.com.br/
pela premissa, ela me soou diferente dos romances de época que vejo ultimamente sendo publicados, talvez esse motivo seja o suficiente pra em aventurar com a leitura do livro, mas não no momento… de qualquer forma, a dica foi anotada…
Olha, faz tempo que livros de época não chamam minha atenção. Esse livro parece que traz algo de novo. As outras séries famosas há algo de muito repetitivo. Esse não, parece que traz problemas bem mais intenso sobre a vidas das mulheres de outros séculos.Vou procurar para ler.
Beijos!
Achei mega interessante esse livro, principalmente por causa da vila, isso me cativou a querer comprar o livro! Como querer não é poder, ele estará na minha lista de desejados!!
Abraços e até!!
http://lendoferozmente.blogspot.com.br
Oi, tudo bem?
Quando uma amiga minha fala para eu comprar um livro, também compro na hora por amor a minha vida 🙂
Não sou muito chegada a ler romance de época, mas este me chamou atenção e a sua resenha está ótima, expressa bem o que achou do livro!
Beijos, Larissa (laoliphant.com.br)
Uau, esse livro desse ser super bom. Não sou fã de romances, mas os romances de época são basicamente meu tendão de Aquiles rsrs… Adoro um!
Vou deixar esse na minha listinha de desejados!
Olá 😀
Eu tenho adorado os romances históricos que tenho lido e minha intenção é ler ainda mais do gênero no próximo ano. Ainda não li nada da autora, mas as chances são grandes depois de ler sua resenha. Adoro mocinhas fortes e também o crescimento dos personagens masculinos.
Beijos <3
Uau, nada sabia sobre esse livro, mas como ignorá-lo? Amém à sua amiga que o indicou para você. Gostei de saber que poderia existir um lugar assim… Sabe que, na África, há uma vila feita para mulheres que sofreram violência? O problema é que a vida é bastante pobre e mal consegue se manter. Mas a ideia é essa que você apresentou e muitas mulheres que assisti na reportagem se diziam satisfeitas, mesmo em condições precárias, por terem escapado da morte certa nas mãos dos maridos. Enfim, gostei do enredo e gostei de saber que a ficha desse tenente manco cai em algum momento, hahaha. Anotei a dica.
Beijos!
http://www.myqueenside.blogspot.com
Caramba! Quero ler esse livro pra ONTEM! AMEI sua resenha! Está de parabéns! Eu não conhecia a Tessa e também não curto muito romances de época, mas a sua resenha me conquistou e já vou correndo procurar esse livro pra ler! Beijos.
http://eicarolleia.blogspot.com.br/
Olá
Poxa, que bom que o livro te agradou tanto, parece ser uma bela dica para amantes do gênero, não é meu caso mas vou indicar a alguns amigos, bela capa
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Nossa, já gostei do livro! Ainda mais dessa parte: “Mulheres que estão à frente do seu tempo, mulheres que não se encaixam e, principalmente, mulheres que querem ser elas mesmas.”
Parece que traz uma discussão bem rica e diferente do que vemos por aí em romances de época! Eu já gosto desse gênero, mesmo sendo bem repetitivo. Quando surge um diferente, me ganha mesmo! hehehehe
Olá Angel, adorei a capa desse livro *-* Pela sua resenha o livro parece ter sido bem desenvolvido, só fiquei incomodado pelo detalhe sobre as cenas de sexo, se elas não são bem trabalhadas o livro acaba perdendo toda a graça para mim e as vezes acho melhor que ela não fosse feitas… Bom vou anotar a dica e quem sabe eu não o leia em breve.
http://meumundo-meuestilo.blogspot.com.br/
Oi, tudo bem?
Achei a premissa do livro bem interessante, fiquei com muita vontade de lê-lo.
Faz muito tempo que não leio um livro de época… Mas sou apaixonada por eles..
Amei sua resenha
Bjs