Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas?
Logo, o movimento Vamos Juntas? conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado.
Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao Vamos Juntas?, a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.
Corocada! E aí? Como estamos hoje?
Faz tempo que não posto (muita correria, queridos), então prometo não fazer textão (sempre prometo… xD)
Acontece que o livro de hoje é curtinho e bem auto explicativo.
Como fiz um post IMENSO sobre feminismo (aqui), não quero fazer dessa resenha um apanhado do que eu já falei, né? Não tanto, pelo menos…
Então vamos falar sobre uma coisa que falta existir entre nós, queridas mulheres, um pouquinho mais?
SORORIDADE!
“O masculino representar o feminino é considerado normal e aceitável em nossa sociedade. E o verdadeiro significado disso é bem pior do que pode parecer.“
Babi Souza é uma mulher comum, assim como todas, que estuda, trabalha, vai à feira (eu odeio feira) e por aí vai. Acontece que um belo dia ela se deu conta do quanto todas nós estamos juntas, em pensamento pelo menos, em diversos casos de preocupações e medos cotidianos.
Como por exemplo: andar sozinha em uma rua erma (não precisa nem ser tão deserta assim). Ela, a autora, saindo muito tarde do trabalho e tendo que passar sozinha por uma praça tenebrosa, se revirando com pressa para poder chegar ao outro lado em segurança. Quem nunca?
Então ela percebeu que não era a única. Notou que outras moças tinham a mesma pressa em atravessar o lugar, tinham os mesmos receios.
Por que elas não foram juntas?
Muitas vezes nos deparamos com esses temores sozinhas, sendo que poderíamos nos unir para lutar contra isso. E não estou nem falando de sair feito um bando soldados do filme 300 (hahaha), mas de proteção e amizade. Sororidade.
” Quando a população está preocupada brigando entre si, não sobra capacidade ou energia para refletir sobre os abusos de poder. Como diz a letra de uma música: “O povo contra o povo satisfaz o inimigo”“
E o que significa essa palavra, tia Coroca?
Algo bem simples: É a união e aliança entre mulheres, baseada em companheirismo e empatia, para alcançar objetivos em comum.
Mas se acalmem. Ter sororidade não é sair metendo o loko nos homens. NÃO.
É ser amiga e companheira das mulheres, é entender que, em sua maioria, todas tem os mesmos medos e problemas que escondem, por conta dessa segregação que fazemos de nós mesmas.
Isso significa que tenho que defender mulher “ruim”?
Como disso no outro texto sobre o livro da Chimamanda, ser feminista não significa ignorar que mulher é um ser humano imperfeito e comete todo o tipo de bosta como qualquer pessoa. Aliás, bem pelo contrário. Ser feminista é tirar a objetificação da mulher e torná-la humana aos olhos do mundo. Não um pedaço de carne.
“Existem diversos movimentos sociais que discutem os perigos da violência de gênero a que somos expostas, mas nenhum tinha como essência estimular as mulheres a olharem para as companheiras nas ruas a fim de mostrar que não estamos sozinhas.“
Sororidade é nos tornarmos irmãs, humanas, umas paras as outras.
É ver aquela mulher com a expressão aterrorizada no meio da rua e perguntar o que houve. É se colocar no lugar dela em um momento de dificuldade (assim como deveria ser com todo mundo, né?). É lutarmos juntas para que o mundo seja melhor para todas nós.
Vocês bem sabem que pessoas separadas tornam-se dispersas, frágeis. E é assim que o mundo nos ensina a ver o correto. Nos faz crer que outras mulheres são inimigas, que devemos lutar por nosso espaço de “gostosa” à “elegante”. Sendo que isso não passa de showzinho para expectadores ridículos.
Você não precisa ser salva, só precisa se dar conta do seu poder. Do nosso poder. Aqueles que dissipamos ao nos xingarmos por aí, ao fazermos o papel de mulher “histérica” que briga por causa de “linguiça”. Nem preciso dizer quem sai vitorioso dessa “disputa”…
Estou com a linguagem meio “chula”, não? hahaha Sejamos chulas, pois podemos, amadas.
E se não quiser, também pode.
Vamos nos amar, okay?
Vamos nos apropriar de nós mesmas.
Beijos.
Sororidade!!
Oi!
Tudo seria tão mais simples se as pessoas entendessem que unidos somos mais fortes…a rivalidade não nos ajuda em nada, é pura energia negativa que cansa a nossa beleza e atrasa a vida haha.
Beijos!
Por Livros Incríveis
Aeee, você manteve sua palavra não fez textão, rsrs;
Brincadeira, não me importaria também, tenho que lhe dizer que, gostei bastante da sua resenha sobre esse livro, eu sempre vejo ele em promoção mas nunca parei para ver ele realmente nem ler sobre o que se tratava, gostei bastante, parabéns.
Beijos
Já tinha visto falar desse livro antes e adoro o título, a proposta, tudo!
Ótimo texto. Sempre dinâmico e informativo.
Oi. Li esse livro e usei em sala de aula para falar de gênero, corpo e sociedade, foi uma experiência enriquecedora.
Eu adorei o livro, mais ainda a ideia proposta pela autora.
E isso sem nem falar nas questões que ela levanta que, nós mulheres precisamos parar e ser inimigas uma das outras – coisas que só favorecem os homens e o machismo.
Eu gostei do livro, mas para mim, ele poderia ter mais depoimentos. Mesmo sabendo que os depoimentos são a maior parte da página do face, acho que o livro ficar mais completo se trouxesse mais histórias de pessoas que aplicaram a ideia e tiveram momentos que poderiam ter dado muito errado…
Beijinhos,
Lica
Amores e Livros
OI Nana, tudo bem? Amei a sua dica de hoje. O empoderamento da mulher é um tema super importante na sociedade de hoje. Para que as mulheres possam conhecer o poder que tem e lutar por seus direitos e para que os homens possa conhecer e respeitar o papel da mulher. Dica super anotada. Beijos
Olá,
Desconheço muita coisa acerca do feminismo e sua postagem me fez refletir sobre alguns pontos que achei bem interessante.
Todas enfrentamos esses medos no cotidiano e achei bem legal o movimento Vamos Juntas?
Anotei a dica para conferir o que mais a Babi tem a nos dizer sobre o assunto.
http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/
Olá, eu já conhecia o livro e a ideia da autora, sem não me engano começou esse “projeto” em uma página do Facebook, além de ser uma ideia simples ela é muito boa *-* Ele já esta na minha listinha de desejados *-*
meumundo-meuestilo.blogspot.com.br
Oi, tudo bem?
Já li este livro, quando comecei a acompanhar o movimento na internet e a página, percebi o quanto sororiedade é importante e o quanto faz falta para nós.
Gostei muito da sua resenha!
Beijos, Larissa (laoliphant.com.br)
Oi, Nana ^^
Que texto incrível!!!
Deveras, a união precisa ocorrer entre as mulheres. Nada de tentar enfrentar locais isolados sozinhas quando se tem a opção de andar ao lado de outra desconhecida que está passando pelo mesmo temor que o seu. E nada de ficar brigando uma com as outras pelo espaço de gostosa! O que mais me deixa revoltado são as brigas ocorridas por macho e isso é muito comum nas escolas, principalmente. Existe coisa mais fútil do que isso? Cadê a união para dar na cara do guri trairá ??? kkkk
Esse livro me parece ser incrível para abrir mais a mente daquelas gurias que estão isoladas em seu mundo e não vem outra alternativa para superar e destruir essa objetivação dos homens.
Parabéns pela resenha, Nana. Continue falando sobre o feminismo e lutando até enfiar na cabeça dos homens ridículos que mulher é um ser humano igual a eles mas com certas restrições físicas. Só.
Bjs